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Reportagem

Seca em Viseu. Como uma cidade enfrenta a falta de água

06 dez, 2017 - 08:00 • João Carlos Malta , Teresa Abecasis (vídeo e fotografia) e Rodrigo Machado (infografia)

Primeiro o fogo devastador, depois a falta de água. Em menos de um mês, Viseu foi mártir das alterações climáticas, mas também da falta de planeamento e investimento. A cidade não pode perder mais tempo, mas muitos acham que este não é um problema seu.

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Seca em Viseu. Como uma cidade enfrenta a falta de água
Seca em Viseu. Como uma cidade enfrenta a falta de água

O racionamento de água foi uma hipótese que esteve em cima da mesa. Isso faria com que em Viseu, durante um par de horas, quem abrisse a torneira tivesse como resultado: nada. Não aconteceu, mas o perigo está sinalizado: a cidade terá de mudar, mesmo que a velocidade a que ocorrerá essa mudança ainda não seja certa. Entre as pessoas encontram-se formas muito diversas de reagir: ou assustadas ou como se o problema não fosse delas.

Em três dias, ao falar com muitos viseenses sobre o problema, há quase dois mundos que se abrem: o do “on” e o do “off”. Quando o gravador e a câmara estão desligados o mais comum são frases como: “Não mudou nada”, “o civismo deixa muito a desejar” e ainda “isso não é um problema que me aflija porque tenho um furo.” Mas não quer gravar? “Isso não, como já lhe disse não tenho esse problema”.

Numa conversa com o responsável de um grande hotel do centro de Viseu, onde todos os dias a água é um recurso usado intensivamente, ele confessa que não mudou nada na lavagem de roupa e de loiça. “Não podemos poupar aí, não é?”, responde. Depois, diz que deixaram de regar o jardim desde o Verão. Essa foi a única medida.

A menos de dois quilómetros, num restaurante emblemático da cidade, o mesmo tom. “Sempre tivemos água, isso não é problema.” Ou noutro espaço de restauração: “Temos um furo, isso não nos afecta.”

Quando a câmara de filmar acende a luz vermelha, o discurso muda. Nesse caso, já a água é uma preocupação. Já se fazem poupanças nos banhos, na lavagem da loiça e dos dentes, nas regas. E termina-se com a conclusão de que este é um tema que já não vai sair da agenda.

Mas saltando dos retratos impressionistas e dos discursos de intenções para os números, há um dado que leva a crer que os comportamentos começaram a mudar.

Diariamente, desde que a 31 de Outubro a crise começou e se iniciou a maior operação logística de transporte (cerca de 84 camiões a transportar diariamente água para a barragem de Fagilde) que a redução de consumo atingiu os 3 mil metros cúbicos (m3), ou seja, menos três milhões de litros. O número talvez tenha de ser balanceado e compreendido com a redução de pressão na rede contabilizada em 25%, que, entretanto, a autarquia decretou.

O presidente da Câmara de Viseu, Almeida Henriques, garante que a população está assustada.

“As pessoas abordam-me na rua e querem saber qual a gravidade da situação, e eu próprio não a tenho escondido. Acho que é importante que saibam que este problema é grave e o que sinto é que a população está fortemente sensibilizada”, diz.

O penico das Beiras

Jorge Reis foi presidente do Conselho de Administração do Hospital de S. Teotónio, em Viseu, até que há 13 anos a reforma lhe trouxe uma nova vida. A dimensão dessa aventura são mais de 15 hectares, dos quais 4,5 hectares são de vinha de onde extrai o vinho Quinta de Reis.

Nado e criado na zona, sempre se lembra de em Viseu chover na Primavera, no Outono, no Inverno e às vezes no Verão. Tanto que Viseu era na boca do povo o “penico das Beiras”. É verdade que ouvia falar das alterações climáticas, mas nunca pensou que chegassem tão rápido. Mas está a ser marcante. Tanto que chover passou a ser um acontecimento.

“Esta noite [22 de Novembro], à uma da manhã fui para a rua apanhar chuva. Foi uma sensação de alegria como já não tínhamos há muito tempo. Este ano só choveu uma semana. Não me lembro de uma situação assim”, recorda.

“Este é o primeiro ano de seca no Dão. Não se falava disto. Se as pessoas forem responsáveis estão assustadas porque com as alterações do clima não é de prever que as coisas melhorem”, lembra.

A vinha até é das culturas que menos sofre com a falta de água por ser uma planta de sequeiro. “Tivemos de a regar até há uma semana, caso contrário iam morrer. No futuro, vamos recorrer à rega das vinhas todas, o que implica investimentos avultados”, afiança o agricultor. Diz que é necessário adaptar-se às novas circunstâncias, o que até pode passar por sistemas de rega gota a gota.

Segundo o balanço do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), os meses de Setembro, Outubro e Novembro tiveram o valor médio de temperatura máxima mais alto desde que há registos em Portugal (1931).

A análise sublinha que estes três meses foram os segundos mais secos desde 1931: menos chuva que em 2017 só em 1971.

Todos os dias desce um bocadinho

As pinguinhas de água que caíram no fim de Novembro não fizeram com que a barragem de Fagilde deixasse de ser o centro do palco logístico e mediático da grande operação de abastecimento de água a Viseu.

Amadeu e Henrique são “amigos de canas”. Duas vezes por semana, fazem os pouco mais de 20 quilómetros que separam a barragem da vila de Sátão. Conhecem aquela zona do rio Dão de trás para a frente.

“Nota-se muita diferença na água. Todos os dias baixa, mesmo com os camiões a virem cá. Tenho a impressão que o peixe vai morrer todo”, afirma temeroso Amadeu, de 65 anos. “Eles não conseguem trazer água para estabilizar”, reitera Henrique.

Aquilo que os dois pescadores vêem à vista desarmada, está também bem visível nos dados que o autarca de Viseu, Almeida Henriques, fornece. Mesmo com a poupança conseguida, são consumidos 17 mil m3 diariamente. Com o furo a que a câmara vai buscar agora parte da água, mais o transporte dos camiões, há 3 mil m3 de água em défice na barragem todos os dias – o equivalente a uma diminuição de três milhões de litros diários.

“O que notamos é que nestes últimos dias, com a transvase da (barragem da) Aguieira, a barragem que estava a baixar a 0,3% está a baixar 0,1%. Hoje tínhamos a barragem com 228 mil m3 [a entrevista com Almeida Henriques foi feita a 22 de Novembro]. São 8,4% da sua capacidade a que acrescem mais 100 mil m3, que são o último recurso da barragem. Isso já implica uma plataforma a sugar o resto da água que a barragem possa ter”, afirma.

Os dois pescadores apontam os incêndios de 15 de Outubro como razão próxima da falta de água em Fagilde. Nesses dias, os aviões abasteceram-se naquele curso de água. “Se não fosse isso, a barragem tinha muita água. Também por isso, o peixe fugiu todo”, lembra Amadeu.

Almeida Henriques diz que essa operação retirou do Dão cerca de um milhão de m3. Esse volume de água, garante, “daria para que não houvesse problemas até Janeiro do próximo ano”.

Conjuntural, estrutural e um interior sem sinal de prioridade

Os incêndios são a causa próxima da falta de água, mas estão longe de explicar o problema todo. Quase ao ritmo de cada testemunho há um lamento com um travo de incompreensão. “Como é que uma cidade com três cursos de água nas imediações [Vouga, Dão e Mondego] pode ter problemas de abastecimento?”

Luís Simões, especialista em recursos hídricos e professor do departamento de Ambiente do Instituto Superior de Tecnologia e Gestão do Politécnico de Viseu, afirma que o acesso à água é um problema estrutural do território que só conjunturalmente se resolveu, em meados do século passado, com a construção da barragem de Fagilde e com a ETA (Estação de Tratamento de Águas).

“Chegamos a este ponto por a captação e distribuição ser suportado apenas pela barragem de Fagilde, no rio Dão”, identifica.

“Tem dado resposta até agora, mas ao ser a única fonte trouxe problemas a partir do momento em que há um ano anormalmente seco. Os últimos cinco anos têm tido precipitação sempre a baixar”, clarifica.

Um estudo que o departamento de Ambiente do Politécnico de Viseu está a realizar sobre os últimos 90 anos mostra claramente a redução em meses tradicionalmente de grande precipitação como Março e Novembro. A quebra já chega aos 50% em relação ao que acontecia nos anos de 1960 e 1970.

O autarca de Viseu não tem dúvidas de que o Estado falhou. “Se o poder central tivesse olhado com mais atenção para a região não estávamos a passar os sacrifícios que estamos a passar neste momento”, defende.

E esse olhar traduz-se em investimentos que ficaram por fazer: uma nova barragem no Vouga (projecto que está há décadas no papel), o desassoreamento e o aumento de capacidade da barragem de Fagilde, algo que Almeida Henriques garante que está a pedir desde 2013.

Como noutros casos em Portugal, de que os incêndios são o baluarte, só quando o problema bate à porta é que se tomam medidas.

“Evoluímos mais nestas três semanas do que nos últimos quatro anos. O que demonstra que quando as coisas são necessárias não têm de ficar presas na burocracia. Até se põe a possibilidade de Viseu gerir a barragem, já que a APA [Agência Portuguesa do Ambiente] não faz melhorias. E assim deixamos de pagar taxas”, critica.

Luís Simões pensa que esta é uma situação endémica. “Estamos sempre atrasados. Esta é uma visão estrutural, é uma conversa nacional que devia ter começado no pós-2005 (ano da seca). 2003 e 2005 foram anos anormalmente quentes e anormalmente secos. Foram anos de grandes incêndios florestais. Mas em 2004 a precipitação já foi normal e em 2006 também. Rapidamente se esqueceram os incêndios florestais e à mesma velocidade se esqueceu a falta de água”, relembra.

A precipitação dos últimos dias fez aumentar a percentagem de água no solo, sobretudo no litoral Norte e Centro, mas em alguns locais do interior Norte e Centro e na região Sul os valores são ainda inferiores a 20%, anormais para esta época do ano.

Preparar a seca

Em Junho, a autarquia começou a enviar para casa dos munícipes um prospecto informativo, com o título “Viseu ajuda a poupar”, com várias ideias:

  • reutilizar a água das lavagens de fruta e legumes para regar plantas e pequenos jardins;
  • fechar a torneira quando se lava os dentes e banhos menos demorados;
  • utilizar as máquinas de loiça apenas na capacidade máxima;
  • cobrir piscinas para evitar evaporações;
  • ou evitar descargas desnecessárias.

No centro da cidade encontramos o professor Salomão Carvalho, de 48 anos. Está preocupado. Vive com o pai e diz que no dia-a-dia quando fazem a barba não deixam a água a correr, tal como quando lavam os dentes. Os duches estão a ser mais rápidos.

O docente garante que a água é tema de conversa na escola de Sátão, em que lecciona Educação Visual. Mas das palavras à acção ainda vai uma grande distância. No estabelecimento de ensino local não foram ainda tomadas medidas sistémicas.

“Na escola, ainda não há nada de concreto. E custa-me porque não temos os tais autoclismos com regulação de descargas. Da nossa parte tem havido uma sensibilização, mas faltam actos concretos”, lamenta.

Mas não é só naquela escola que as coisas ainda não começaram a mudar. Filipa Ferreira, funcionária do restaurante Bodegon Latino, no centro de Viseu, relata uma ida ao Hospital S. Teotónio.

“Quando fui à casa de banho percebi que as torneiras por mais que se tentasse controlar ou fechar, não fechavam. Estavam constantemente a verter água. Não era uma torneira, eram três. Estamos numa cidade em que temos tantos alertas para a falta de água e ir a um hospital e depararmo-nos com essa situação é surreal”, relata.

No mesmo restaurante, Juan Carlos, de 26 anos, que chegou há poucos meses da Venezuela, afiança que a equipa já incorporou algumas mudanças depois de ser ter começado a ouvir a hipótese de racionar a água.

“Quando temos de lavar as loiças e fazer a preparação dos alimentos fazemos alguma poupança. Tentamos que isso não ultrapasse entre um e dois minutos. Se calhar ainda menos.”

O professor Luís Simões defende que qualquer racionamento de água tem impactos na economia, na qualidade de vida das pessoas, na estabilidade do dia-a-dia, mas “ou as instituições se adaptam” ou o racionamento é “inevitável.” Almeida Henriques não afasta essa possibilidade.

O especialista defende que as medidas que os governos e as autarquias tomam vão ter de se adaptar a uma nova realidade que se vai impor. Questiona se as cidades ou as populações, por exemplo, não mais poderão ter jardins. “Claro que têm de ter, faz parte da qualidade de vida de uma região e de uma população. Temos é de ver a qualidade do recurso que se usa na rega. Uma das medidas é separar a rede de rega automática dos jardins da rede de abastecimento público”, concretiza.

20 ou 100 litros, eis a questão

Lavar carros num “jet wash” foi um dos exemplos que a Câmara de Viseu usou para alertar para a necessidade de se ser mais austero. “Sabia que ao utilizar a lavagem ‘self-service’ gasta cerca de 100 litros de água?”, pode ler-se num dos prospectos que se vêem na cidade.

Ricardo Santos, de 68 anos, proprietário de quatro postos de lavagem de automóveis RS, não podia estar em maior desacordo. “Deviam aconselhar a usar o ‘jet wash’. Gastamos uma décima parte da água que se gasta em casa. Uma décima parte”, garante.

O empresário diz que, em média, ali se gastam 20 litros por cada carro lavado e que desde há três semanas que não nota uma diminuição de clientes, mas que eles "são mais rápidos nas lavagens. Poderíamos falar de uma redução de um terço" no gasto de água, especifica.

“Os viseenses receberam a mensagem de que é preciso poupar, mas estão a passar uma informação errada, a de que o ‘jet wash’ gasta muito água”, sintetiza.

Ricardo Santos sublinha que o gasto de água da rede, no seu caso, é de quase zero. Só acontece no posto que se localiza do centro da cidade, em horas de ponta, mas mesmo nesse caso já fez investimentos para alterar a situação. “Fiz um depósito de 20 mil litros de água, e montei uma canalização de recuperação de água da chuva.”

Furo, uma salvação com limitações

Um pouco por todo o lado, vários viseenses mostraram que a questão da água não lhes diz respeito. Como assim? “Eu tenho um furo de água, não gasto da rede. Isso a mim não me afecta”. Esta justificação foi dada vezes sem conta.

O especialista em engenharia do Ambiente Luís Simões pensa que é necessário avançar para uma pesquisa dos recursos hidrológicos subterrâneos. “Ninguém conhece o potencial. Isso é um passo que alguém tem de dar”, defende.

As pessoas que têm fontes de água alternativas, não ficam só limitadas à rede de abastecimento público. “Nessa perspectiva são mais resilientes à seca”, considera o professor.

Mas nem tudo são vantagens. A captação intensiva deste recurso leva a que os níveis freáticos vão caindo. “Há 30 anos estavam a 30 metros de profundidade. Hoje é preciso ir a 50 metros. Isto é um exemplo. Os níveis freáticos estão cada vez mais profundos”, exemplifica.

“É um recurso finito e que se esgota, mas cujo caudal e o escoamento subterrâneo são mais estáveis. É o que em tempos de seca vai alimentar os nossos rios. Até estas primeiras chuvas nem todos os rios estavam secos e isso deve-se ao escoamento subterrâneo que alimentava esses caudais. O escoamento subterrâneo não é afectado da mesma maneira pelas modificações da precipitação. Mas é-o a longo prazo”, concretiza.

Almeida Henriques diz que a autarquia está a fazer um estudo dos lençóis freáticos da cidade e já abriu 20 novos furos. Estão a ser aproveitados para fazer a rega nos espaços públicos e a limpeza das ruas. Mas em relação aos furos particulares, o autarca aponta um risco grave para a saúde pública.

“Nem sempre é garantido que a água do furo esteja em condições. As pessoas não vão estar todos os dias a fazer medições de qualidade de água como acontece no sistema”, considera.

Pode não chover dois ou três anos

A calamidade está a obrigar a cidade trabalhar para situações de eficiência que no futuro podem ser uma regra. “Sabemos que estes fenómenos climáticos vão ser muito rotineiros. No fundo, estamos a ser obrigados a olhar para a água como um bem escasso”, garante o autarca de Viseu.

Se o problema continuar, Almeida Henriques conta que aos actuais 14 mil m3 se juntem mais seis mil m3 através de transporte da ETA do Balsemão, em Lamego. O edil afirma ainda que estão a ser estudados processos de tratamento da água com ozono que poderão levar à sua reutilização.

“É um pouco a economia circular, a que se tem de tirar a questão psicológica que pode trazer atrás de si”, afirma Almeida Henriques.

A criação de uma empresa intermunicipal para gerir a água da região que junte Viseu, Sátão, Vila Nova de Paiva, São Pedro o Sul e Vouzela é outra proposta em cima da mesa.

Entre o aumento da eficiência na ETAR e a subida de capacidade de Fagilde, o investimento calculado pela autarquia de Viseu para aumentar a quantidade acumulada de água é de sete milhões de euros. Em apenas um mês de operação de transporte de água para a barragem o Estado vai gastar um milhão de euros.

Urgência

O tempo é de urgência. Almeida Henriques sentiu isso na última reunião com especialistas em meteorologia na Comunidade Intermunicipal.

“Ouvimos que daqui a cinco ou dez anos, este território pode passar dois ou três anos sem chuva por causa das alterações climáticas. Temos que repensar toda a forma como estamos organizados no sistema de abastecimento de água e no reaproveitamento.”

Almeida Henriques pensa que esta é um tema que veio para ficar. A velocidade da mudança é que apanhou a maior parte de surpresa: “Nunca esperei é que viesse tão cedo.”

Comentários
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  • autarquia PSD
    07 dez, 2017 port 09:54
    Há 40 anos!...O conhecido e designado cavaquistão deixou chegar a este estado o concelho? Dá que pensar!...
  • DR XICO
    06 dez, 2017 LISBOA 12:21
    Os municipes tem o que merecem, foi nestes que votaram, há € para fazer rotundas, festas dos apitos, romarias pimbas, apoios aos amigalhaços, mas fazrem obras em barragens para aumentar o seu armazenamento nem se lembram. Nem agora com o quintal a arder fazem caso. O presidente da Câmara de Viseu anda como se nada fosse... incompetentes, desonestos, irresponsáveis enfim politicos
  • joao costa
    06 dez, 2017 sao martinho do porto 11:14
    Se em vez de fazer rotundas ( a cidade com mais rotundas da Europa), acautelassem a previsível falta de chuva, não andavam com o coração nas mãos. Não culpem o poder central, quando o local não actua
  • Rui Restolho
    06 dez, 2017 Oeiras 10:52
    Pois, não acautelaram o futuro, preferindo brincar às rotundas de sentido único, com entradas e saídas para vivendas e pinhais. Agora queixam-se!
  • Pois é!
    06 dez, 2017 dequalquerlado 10:23
    Uns nada outros tudo. Assim é este mundo. Aqui nos Açores todos os dias chove, até já mete nojo, é lamaceiros por todo o lado e as terras cheias de poças de água. Desde de outubro praticamente é todos os dias. Já é para fazer perca. Este mundo está muito descontrolado, Num lado chove tudo, no outro nada. É como as riquezas de alguns e a miséria de outros. Tudo para uns, nada para outros.
  • Antonio Martins
    06 dez, 2017 Mangualde 10:11
    Com a má política de investimentos de todos os governos que entretanto passaram e não criaram as condições de fixação das pessoas nos seus lugares de nascimento, desaproveitaram-se a maioria dos investimentos em sistemas de abastecimento de àgua , eletricidade saneamento que entretanto se fizeram e criaram ainda outros, como a desertificação e as suas consequências (incêndios, falha de produtos locais) e ainda obrigaram a novos investimentos nos grandes aglomerados populacionais . É hora de parar de gastar à toa e aplicar políticas de ocupação populacional mais uniforme, descentralizando setores de produção industrial , políticos e outros e criar condições efetivas de retorno ou fixação das pessoas nos seus lugares de nascimento. E se se aproximam tempos de falta de água há que criar condições de armazenamento para quando chove e obrigar a cuidar dos sistemas de saneamento.
  • Antonio Martins
    06 dez, 2017 Mangualde 10:10
    Há anos que se se vem falando das alterações climáticas e das consequências qua daí vão decorrer , momentos de seca , chuvas torrenciais, etc. . Quando cheguei há 41 anos atrás à "Metrópole" , lembro-me deste país tão pobre que os técnicos do LNEC para minimizarem o problema de falta de saneamento básico na maioria das localidades chegavam a dar como solução temporária a realização de "latrinas", o que foi mal entendido . Conto isto porque quase cheguei a levar com uma "penicada" de xixi na cabeça quando entrei num pátio comum para trabalhar . Fizeram-se entretanto algumas fossas sépticas , porque seria impensável ETAR´s. Noutras situações enterraram-se coletores mas nunca se fizeram fossas ... depois, poucas das existentes tiveram o tratamento exigido, porque ter funcionários designados para esse serviço era utilizar mal os dinheiros públicos, à imagem dos cantoneiros que eram uns malandros (até se criou a expressão "suor de cantoneiro") e quando cheias drenavam e drenam diretamente para as linhas de água . As poucas "barragens" que entretanto se fizeram recebiam e recebem ainda tudo quanto drena de fábricas, explorações agrícolas e sistemas de águas residuais não tratadas . Nestes últimos anos e por falta de dinheiro segundo dizem os governantes e porque interessa a outros deles, deixaram de se fazer barragens previstas num sistema de barragens nacionais da década de 50 do século passado. As pessoas mudaram-se para os grandes centros .
  • José Saraiva
    06 dez, 2017 Viseu 10:01
    HAJA FESTAS!...muitas festas...CULTURA ,ARTES, PROPAGANDA ,FUTEBOL (o académico está no bom caminho) e iluminações de Natal...os Viseenses merecem...

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