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Federação lamenta pouca cobertura dada à Caminhada pela Vida

06 nov, 2017 - 15:44 • Filipe d'Avillez

Segundo a organização, cerca de oito mil pessoas participaram em caminhadas pela vida em Lisboa, Aveiro e Porto, mas o silêncio da comunicação social foi quase total.

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A Federação Portuguesa pela Vida lamenta, através de comunicado enviado à Renascença, a falta de cobertura mediática de que foi alvo a Caminhada Pela Vida, que decorreu no sábado, em três cidades diferentes, juntando um total de cerca de oito mil pessoas, segundo a organização.

A Caminhada pretende juntar quem partilhe do “objectivo de defender publicamente o valor da vida humana desde o momento da concepção até à morte natural”, e este ano teve como principal enfoque a denúncia das iniciativas legislativas para legalizar a eutanásia.

“O silêncio da comunicação social sobre a Caminhada Pela Vida foi quase total. Num tempo em que se fazem directos nas filas para os concertos de músicas da moda e onde se fazem reportagens especiais sobre a vida privada dos jogadores de futebol, não é compreensível que milhares de pessoas se manifestem por uma causa sem que a comunicação social dê qualquer notícia.”

“Mais grave ainda se verificarmos a cobertura que é feita, sobre estes mesmos assuntos, a quem defende o contrário da Caminhada Pela Vida. Basta relembrar a vasta cobertura mediática concedida aos movimento pró-eutanásia, especialmente à petição que foi entregue na Assembleia da República com sensivelmente o mesmo de número de assinaturas que o número de participantes na Caminhada Pela Vida”, dizem ainda os organizadores.

“A comunicação social tem um papel essencial na construção da democracia. Sabemos que os profissionais da comunicação social têm uma tarefa difícil e admitimos que, da nossa parte, poderá haver falhas de comunicação. Contudo, o constante silêncio sobre as actividades políticas da Federação Portuguesa pela Vida, assim como dos vários movimentos pró-vida, desvirtua o debate sobre estes temas e cria, junto do grande público, uma sensação, falsa, de aparente unanimidade”, critica a Federação.

“É urgente dar também voz àqueles que, apesar de não terem apoio partidários, dos sindicatos ou de quaisquer lóbis, estão dispostos a dar o seu tempo para exercer os seus direitos cívicos. Só assim é possível uma verdadeira democracia”, termina o comunicado.

As queixas feitas sobre este assunto não são exclusivas a Portugal. Todos os anos em Janeiro centenas de milhares de pessoas marcham pela vida em Washington D.C., nos Estados Unidos, naquela que é uma das maiores manifestações públicas do país, e segundo os organizadores o silêncio dos principais órgãos de comunicação insistem em não cobrir o evento.

Comentários
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  • Marcio
    07 nov, 2017 Março 10:33
    Não estou surpreendido. Normalmente os jornalistas são muito pró esquerda. De modo que apenas se interessam com os bichinhos, as plantinhas, as independências, os terroristas etc, etc. E depois há aqueles que se apresentam de "SARIN" e que dizem que são pró-vida mas no entanto querem suicidar-se, talvez com gás SARIN! Estes fenómenos todos têm uma explicação, a humanidade chegou a um ponto que não sabe o que quer. Têm uma monarquia, querem mudar para uma República. Têm um governo de Direita, querem mudar para um de Esquerda. Têm um governo de Esquerda, querem um de Direita. Têm a União Europeia, querem o "Brexit". Têm o Cristianismo, querem o Islão. Têm uma família, querem viver sozinhos. Vivem sozinhos, juntam-se para andar à porrada.Têm Paz, querem guerrra! E muito mais!
  • No país da diversão
    06 nov, 2017 Lisboa 16:41
    O problema é que temos uma comunicação social/imprensa de má qualidade e que não é livre. Depois falaram e bem no futebol e nos espetáculos ou seja no "circo", o problema é que o povo que tem pouca cultura gosta muito de "circo" sendo assim o principal culpado. Penso que a comunicação social/imprensa não tem só direitos, devem apresentar queixas por descriminação, etc.
  • Judite Gonçalves
    06 nov, 2017 Barreiro 16:36
    As caminhadas pela vida não dão audiências! E tudo o que não dá audiências não passa ou passa ao de leve na comunicação social. Além disso quem é que se interessa pela defesa da vida? Cada vez são mais as pessoas que ficam do lado do aborto ou da eutanásia. Nós sempre temos tendência a destruir quem se opõe aos nossos interesses. Os idosos, os doentes terminais e os nascimentos indesejados não são queridos na nossa sociedade. E isso vê-se quem é que tem mais votos na Assembleia da República. Os partidos que defendem leis como o aborto e a eutanásia tem vindo a ganhar terreno e têm mais tempo de antena.
  • No país da diversão
    06 nov, 2017 Lisboa 16:34
    O problema é que temos uma comunicação social/imprensa de má qualidade. Depois falaram e bem no futebol e nos espetáculos ou seja no "circo", o problema é q
  • Sarin
    06 nov, 2017 16:34
    Sou pró-vida: cada um sabe da sua! Acho insultuoso que terceiros queiram obrigar-me a estar viva se eu achar que não tenho condições para viver de acordo com aquilo que entendo dignidade mínima. Portanto, estaria presente numa marcha que não esta. Isso não significa que aplauda o silêncio da comunicação social! Que queiram censurar o meu direito de escolha, é um problema que combaterei de outra forma - mas não censurando quem me quer censurar!

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