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Paradise Papers. Rainha de Inglaterra e Trudeau “apanhados” em nova polémica com offshores

05 nov, 2017 - 20:37

Consórcio promete mais revelações nos próximos dias. Há milhões de documentos a ser investigados.

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Há um novo episódio na investigação às "offshore" feita pelo Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação. Os agora chamados "Paradise Papers" referem agora personalidades como a Rainha de Inglaterra, elementos da administração Trump, o primeiro-ministro do Canadá e a cantora Madonna, por exemplo.

Os gestores da Rainha Isabel II terão investido, a partir de 2007, milhões de euros através de um fundo no paraíso fiscal das Ilhas Caimão.

Wilbur Ross, actual secretário do Comércio dos Estados Unidos, detém uma participação numa empresa de transporte marítimo com ligações a outra companhia que é detida, entre outros, pelo genro de Vladimir Putin e por um magnata russo próximo do Presidente russo, e que foi alvo de sanções por parte do Departamento do Tesouro norte-americano.

Já Stephen Bronfman, conselheiro próximo do actual primeiro-ministro Justin Trudeau (Canadá), transferiu milhões de dólares para as Ilhas Caimão juntamente com a família do antigo senador Leo Kolber, que faz parte do Partido Liberal de Trudeau. Esta operação permitiu uma poupança em impostos no Canadá, Israel e EUA.

O vocalista dos U2, Bono, terá utilizado em 2007 uma companhia sediada em Malta, a Nude Estates, onde os investidores estrangeiros pagam apenas 5% de impostos sobre os seus lucros, para adquirir um centro comercial na Lituânia por cerca de 5,8 milhões de euros.

Em relação a Madonna, a cantora norte-americana a residir actualmente em Portugal, a investigação cita documentos da Appleby que referem um investimento feito em 1998 em acções da SafeGard Medical Limited, uma companhia com sede nas Bermudas, em nome de Shari Goldschmidt.

Paul Allen, co-fundador da Microsoft, é outro dos nomes visados na investigação.

Grande parte da fuga de informação terá tido origem na Appleby, um escritório de advogados sediado nas Bermudas. São quase sete milhões os documentos.

O consórcio, de que faz parte o semanário português "Expresso", promete novas revelações os próximos dias.

[Notícia corrigida às 15h37 do dia 8 de Novembro]

Comentários
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  • fanã
    09 nov, 2017 aveiro 14:55
    Alguém me pode informar , onde esta Sra. compra penicos tão originais ???????
  • lv
    08 nov, 2017 Loures 15:10
    Quem não é apanhado são os jornalixos/as dos nossos pasquins , nem os seus donos!
  • Silva
    08 nov, 2017 Faro 13:55
    Noticia para encher.... existe alguma lei que impeça alguém de investir ou colocar o dinheiro nos paraisos fiscais? Não, portanto qual é a noticia aqui? Saber quem ganha mais dinheiro......?? Agora parece que é a moda das leaks.... Para mim isto é a mesma coisa que alguém entrar na minha casa, roubar os meus extractos bancarios e colocá-los na net
  • Fausto
    06 nov, 2017 Lisboa 17:38
    António...o outro era ladrão...é escondia o dinheiro que roubava...na arrecadação dele...assim era tudo dele...
  • José
    06 nov, 2017 Oeiras 15:06
    Cada um investe onde quer e lhe apetece, é preciso é ver se alguns daqueles que estão nessas listas ganharam o dinheiro honestamente.
  • xico
    06 nov, 2017 lixa 13:02
    "eles" todos se amanham!........e o povo gosta.................
  • Mario
    05 nov, 2017 Portugal 23:23
    A boa conduta e para as pessoas comuns os que estao no poleiro nao percisao de a ter e tudo uma cambada de porcaria muito pouco transparente e falsa mas o povo acredita neles e ai e que esta o grande problema....
  • Antonio carolino
    05 nov, 2017 Lisboa 21:52
    Talvez os senhores jornalistas nao saibam que é o chefe de estado das ilhas caimão. É exactamente a rainha Isabel II, logo espliquem lá porque um chefe de estado nao pode usar o país do qual é a rainha para fazer investimentos???

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