“Startup” transmontana quer ser passaporte global dos bens transaccionáveis

É a única representante de Trás-os-Montes na cimeira tecnológica, em Lisboa. Vai de Torre de Moncorvo, chama-se FullNumber e quer mostrar soluções informáticas associadas à segurança de bens transaccionáveis.

"A empresa é uma resposta a um problema real na área da segurança de bens transaccionáveis, dificultando a entrada desses bens no mercado paralelo", explica o director executivo da FullNumber, Paulo Jaloto.

Segundo o empresário transmontano, o mérito da “startup” transmontana encontra-se “na identificação de um problema social - a propriedade ilegítima e transacção de bens em mercados paralelos - e posterior concepção e desenvolvimento de uma solução eficaz, inovadora e com potencial impacto universal, através de protocolos com parceiros chave".

“Queremos ser o passaporte ou o bilhete e identidade, que tenha reconhecimento global, dos equipamentos que existem no mercado, numa primeira fase através de códigos de série desses equipamentos, aplicando uma tecnologia onde tudo se regista e que irá dificultar a transacção ilícita”, explica.

A “startup” surgiu em Torre de Moncorvo como “o passo lógico de um empresário consciente dos problemas que afectam o mercado e a segurança de bens e que procura “abraçar novos desafios, quebrar barreiras e evoluir”.

A FullNumber já investiu mais de meio milhão de euros na criação e desenvolvimento de programas informáticos “capazes de garantir a segurança de bens transacionáveis” à escala mundial e, em 2018, quer partir para a internacionalização prevendo a criação até sete postos de trabalho, destinados a pessoas especializadas em novas tecnologias.

“Mal comece a internacionalização da empresa, será montado um escritório em São Paulo, no Brasil, com a finalidade de projectar a empresa para o futuro e à escala global”, revela o mentor da “startup” transmontana.

Os mercados prioritários da FullNumber serão a França, Inglaterra, Brasil, México e Estados Unidos.

Fundada em 2010 por Paddy Cosgrave e os cofundadores Daire Hickey e David Kelly, a Web Summit é um dos maiores eventos de tecnologia, inovação e empreendedorismo do mundo e evoluiu em menos de seis anos de uma equipa de apenas três pessoas para uma empresa com mais de 150 colaboradores.

A cimeira tecnológica, que nasceu em 2010 na Irlanda, vai manter-se em Lisboa até 2020 e poderá ficar por mais dois anos. A Renascença é a rádio oficial da Web Summit decorre entre 6 e 9 de Novembro.