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Costa agradece a Juncker pelo apoio ao país e pela reforma da Protecção Civil europeia

30 out, 2017 - 17:15

"Vamos reflectir, a pedido de Portugal, sobre a reorganização da protecção civil na Europa, que tem lacunas e fraquezas que é preciso remediar. Encarreguei o comissário respectivo de o fazer", disse o presidente da Comissão, em Lisboa.

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O primeiro-ministro elogiou, esta segunda-feira, as acções do presidente da Comissão Europeia no sentido de reabrir o processo para reforçar o Mecanismo Europeu de Protecção Civil e para impulsionar o projetco piloto português para a reestruturação da floresta.

António Costa falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de 45 minutos, em São Bento, com o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, na qual também esteve presente o comissário português, Carlos Moedas.

Numa curta declaração aos jornalistas, sem direito a perguntas, o líder do executivo português agradeceu o apoio da União Europeia após os incêndios de Junho e deste mês em Portugal - fogos que, no seu conjunto, provocaram mais de 100 mortos.

"Quero manifestar o meu agradecimento ao presidente Jean-Claude Juncker por toda a solidariedade manifestada pela União Europeia ao longo deste verão, quer através do Mecanismo Europeu de Solidariedade, quer também ao nível da mobilização de meios de apoio à proteção civil", afirmou o primeiro-ministro.

António Costa elogiou depois, directamente, o ex-primeiro-ministro do Luxemburgo.

"Chocado com as circunstâncias em que vivemos este verão, o presidente Juncker reabriu um processo, que a comissão já tentou por várias vezes ter a aprovação dos Estados-membros, tendo em vista reforçar o Mecanismo Europeu de Protecção Civil", disse.

António Costa elogiou ainda a forma como Jean-Claude Juncker pediu à comissária europeia responsável pela política regional para estudar a forma de Portugal poder ter "um projecto piloto, visando o reforço da reestruturação da floresta portuguesa".

"É preciso aumentar a prevenção estrutural contra os incêndios. Temos de possuir melhores condições para que não voltemos a ser confrontados com as ameaças que sofremos este verão", acrescentou o primeiro-ministro português.

A reunião de São Bento antecedeu a deslocação de Jean-Claude Juncker ao Palácio de Belém, onde será convidado especial do Conselho de Estado.

Juncker: "Vamos reflectir sobre a reorganização da protecção civil na Europa"

O presidente da Comissão Europeia, por sua vez, revelou, já no Palácio de Belèm, onde foi recebido pelo Presidente da República, que, a pedido de Portugal, vai ser feita uma reflexão sobre a reorganização da protecção civil na União Europeia, da qual já encarregou o comissário responsável por esta área.

"Nós estamos solidários com Portugal. Pusemos em andamento todos os esforços que os mecanismos europeus nos permitem oferecer aos nossos amigos de Portugal. E vamos reflectir, a pedido de Portugal, sobre a reorganização da protecção civil na Europa, que tem lacunas e fraquezas que é preciso remediar. Encarreguei o comissário respectivo de o fazer", afirmou Jean-Claude Juncker.

O presidente da Comissão Europeia contou que pensou muito em Portugal por causa dos fogos deste mês, que mataram 45 pessoas, e que ficou afectado pessoalmente, porque "houve mortes nos incêndios" de conterrâneos seus do Luxemburgo que estavam de visita a Portugal.

No início da sua intervenção, Juncker referiu que no Luxemburgo criou "uma relação de respeito e cordialidade com a comunidade portuguesa" e declarou-se "muito contente de estar de volta a Portugal", acrescentando: "Está entre os meus países preferidos, se não o meu país preferido".

Quanto ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, tratou-o por "velho amigo", que tem a impressão de conhecer "há séculos" e com quem mantém "uma amizade que resiste a tudo".

O presidente da Comissão Europeia declarou-se "muito honrado" por ter sido convidado pelo chefe de Estado português para a reunião de hoje do Conselho de Estado e por ir receber, na terça-feira, um doutoramento honoris causa atribuído pela Universidade de Coimbra.

Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa agradeceu-lhe por ter aceitado o convite e pelo apoio dado a Portugal na sequência dos incêndios deste mês, "com palavras de solidariedade, mas também com decisões no sentido de uma solidariedade institucional europeia".

O Presidente da República agradeceu também a decisão da União Europeia de entregar os 50.000 euros do prémio Princesa das Astúrias da Concórdia às vítimas dos incêndios em Portugal e Espanha.

O chefe de Estado voltou ainda a elogiar o seu "discurso notável" de Jean-Claude Juncker sobre "o estado da União", considerando que traçou "uma perspectiva muito ambiciosa e corajosa sobre a Europa, a União Europeia e o mundo".

Comentários
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  • Rui
    30 out, 2017 Lisboa 23:59
    Mais uma "ajuda" que chegou tarde e a más horas.
  • EMIGRANTE
    30 out, 2017 LX 22:43
    ESTE ESTÁ À ESPERA QUE SEJA A EUROPA A RESOLVER O PROBLEMA. QUE GRANDE ESTADISTA... DA TRETA. JÁ LÁ VÃO 40 AOS DESTES MEDÍOCRES E BANDALHOS. SEJAM ELES DO PS, PSD OU CDS. É TUDO A MESMA BOSTA. DEVIAM ESTAR QUASE TODOS PRESOS.
  • Eborense
    30 out, 2017 Évora 18:37
    O 1º Ministro de um governo, que foi o grande responsável pela tragédia dos incêndios que queimaram o País, manter-se em funções, como não sendo nada com ele, não acha que é para rir?
  • Americo
    30 out, 2017 Leiria 17:45
    Costa esta-se a rir de quê? Não aprende mesmo. Irresponsável.........

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