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Incêndios destruíram mais de 37 mil hectares de áreas protegidas

30 out, 2017 - 15:44

Segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, as áreas protegidas mais afectadas, face à sua extensão, são as da Serra do Açor e a do Monumento das Portas de Ródão.

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Os incêndios florestais destruíram, este ano, mais de 37.000 hectares de áreas protegidas, registando-se a maior extensão de área ardida no Parque Natural da Serra da Estrela, segundo o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).

O relatório provisório do ICNF estima que, até 16 de Outubro, arderam na Rede Nacional de Áreas Protegidas (RNAP) 37.332 hectares de espaços florestais.

O ICNF destaca o Parque Natural da Serra da Estrela pela maior extensão de área ardida até 16 de Outubro (20.116 hectares, cerca de 22,6% da área total do parque).

O documento, publicado na página de Internet daquele organismo, adianta que as áreas protegidas mais afectadas, face à sua extensão, são a Serra do Açor e o Monumento das Portas de Ródão, com uma afectação de quase 79,3% e 71,8% respectivamente.

As áreas protegidas terrestres ocupam cerca de 712,5 mil hectares e os terrenos submetidos ao regime florestal 525,4 mil hectares (55 mil em matas nacionais e 468 mil em perímetros florestais).

O ICNF indica que arderam este ano 13.657 hectares de terrenos submetidos ao regime florestal (cerca de 2,6%).

Segundo o documento, as matas nacionais mais afectadas pelos incêndios foram a de Leiria (80%), das Dunas de Quiaios (56%) e do Urso (Pombal -- 51%).

Os perímetros florestais que se destacam pelas elevadas taxas de destruição são os de Castelo Novo (Fundão), de Louriçal (Castelo Branco) e de Alcongosta (Fundão), com mais de 93% de área afectada.

O ICNF indica que os incêndios florestais consumiram, este ano, mais de 418 mil hectares e cerca metade da área ardeu na primeira quinzena de Outubro.

Segundo os dados, o pior ano de sempre em área ardida registou-se em 2003 (425.839 hectares), seguido de 2017 (418.087 ha) e de 2005 (339.089 ha).

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