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Jubileu Jovem

Bispo de Leiria-Fátima diz aos jovens: "Sejam sentinelas da paz”

10 set, 2017 - 14:04 • Paula Costa Dias

Para D. António Marto, não basta dizer “eu não mato, não roubo, não faço mal, é preciso amar sempre”.

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O bispo de Leiria-Fátima, D. António Marto, pediu aos jovens presentes este domingo no Santuário que sejam “sentinelas da paz”.

Uma expressão que o Papa Francisco já tinha utilizado quando esteve em Fátima, em Maio, e que se traduz em três posturas, disse D. António Marto no Jubileu Jovem.

A primeira, é serem sentinelas da conversão e da esperança. Para o bispo “a imagem da sentinela é muito sugestiva”, já que “está sempre alerta, à escuta e de olhos abertos, dia e noite, observa o horizonte da história e da alma humana, descobre os sinais do(s) tempo(s), isto é, os sinais de esperança ou de perigo”.

“Ao mesmo tempo,” salienta o bispo, “adverte o povo de que caminhará para a ruína se abandonar o seu Deus.” Por isso “chama-o à conversão do coração, à reconstrução espiritual e moral da vida,” pois “só o que passa pelo coração transforma a vida.”

A segunda postura é serem sentinelas da fraternidade. Para o bispo, não basta dizer “eu não mato, não roubo, não faço mal, é preciso amar sempre”.

Segundo D. António Marto, “a globalização actual quebra distâncias, torna-nos mais próximos, mas não nos faz irmãos” e “a fraternidade recorda-nos que somos todos filhos do mesmo Pai.”

Por outro lado, “face à cultura da indiferença e do descarte” que hoje predomina, “é necessário promover a cultura do encontro.”

Isto leva-nos a “ser os primeiros a amar, a ir ao encontro do outro mais necessitado, a estender a mão, a partilhar a alegria e o sofrimento, a acolher e a dialogar com todos, a estender pontes”.

Para o bispo, “o que muda muitas pessoas não são as grandes ideias ou pensamentos, mas o terem-se encontrado com alguém que se aproximou em atitude de acolhimento e amizade e as ajudou a renovar-se”.

Finalmente, serem sentinelas da reconciliação e do perdão. Jesus, salientou o prelado, “pede que no meio das tensões, conflitos, contendas e ofensas na vida quotidiana permaneça e prevaleça a busca da reconciliação e do perdão sobre a tentação de vingança, de violência, de ódio, de rancor.” E acrescentou, “Jesus pede que se faça todo o possível para que quem se perdeu reencontre o caminho da vida e que quem ofendeu o irmão reencontre o caminho da reconciliação e do perdão”.

D. António Marto terminou recordando que “Nossa Senhora de Fátima veio lembrar aqui estes caminhos da paz, o segredo da paz” e exortou os participantes da celebração a serem “sentinelas da paz”, a construi-la “artesanalmente dia a dia na família, na escola, nos vossos ambientes”.

Assim, concluiu o bispo, “a paz não será uma miragem”.

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