29 ago, 2017 - 07:04
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas vai realizar esta tarde uma reunião de emergência em Nova Iorque a pedido de Tóquio e de Washington, na sequência do lançamento de um míssil da Coreia do Norte.
A convocatória da reunião do Conselho de Segurança da ONU - agendada para esta tarde, de acordo com diplomatas citados pela agência de notícias francesa AFP - tem lugar depois de o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, terem acordado, ao telefone, "aumentar a pressão sobre a Coreia do Norte".
Na conversa telefónica, que durou cerca de 40 minutos, os dois líderes analisaram o lançamento de um míssil pela Coreia do Norte que, pela primeira vez desde 2009, sobrevoou o arquipélago japonês antes de cair a leste da ilha de Hokkaido em águas do Pacífico.
O míssil disparado pelas 6h30 (23h00 de segunda-feira em Lisboa), a partir das proximidades de Pyongyang, caiu a cerca de 1.180 quilómetros do Cabo de Erimo, na ilha de Hokkaido, após percorrer mais de 2.700 quilómetros e alcançar o seu 'pico' a aproximadamente 550 quilómetros de altura antes de cair no mar, de acordo com informações do Executivo japonês.
No sábado, o regime de Pyongyang, liderado por Kim Jong-un, tinha disparado três mísseis de curto alcance, mas o teste não terá sido bem-sucedido.
A Coreia do Norte tem realizado testes com mísseis, mas normalmente sem sobrevoar território japonês.
Devido à escalada de tensão na Península Coreana, o Japão tem realizado exercícios com a população para o caso de um ataque e instalou baterias anti-míssil em vários pontos do país, nomeadamente em Tóquio.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, avisou este mês que a Coreia do Norte enfrentará "fogo e fúria como o mundo nunca viu" se voltar a fazer ameaças aos aliados de Washington.
Kim Jong-un respondeu com a possibilidade de ataque à ilha de Guam, um território americano no Pacífico.