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​Enfermeiros especialistas mantêm protesto apesar de eventual responsabilização disciplinar

21 jul, 2017 - 10:36

Parecer da PGR admite que estes profissionais podem ser responsabilizados disciplinar e civilmente, bem como incorrer em faltas injustificadas.

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Os enfermeiros especialistas mantêm o protesto depois do parecer da Procuradoria-geral da República (PGR) que diz que estes profissionais podem ser responsabilizados disciplinarmente e esperam que da reunião com a tutela saia um compromisso para resolver a situação.

Estes profissionais, especialistas em saúde materna e obstétrica, desde o início do mês que não prestam cuidados diferenciados em protesto pelo não pagamento desta especialização.

Em declarações à agência Lusa, Bruno Reis, do movimento Enfermeiros Especialistas em Saúde Materna e Obstétrica (EESMO), disse valorizar a aproximação do Ministério da Saúde e que os enfermeiros vão aguardar pela reunião de segunda-feira entre a federação sindical e o ministro da Saúde.

"Soubemos que a federação sindical foi clara para iniciar processo negocial claro e efectivo na segunda-feira e reconhecemos e valorizamos a abordagem do ministro, que quer resolver a situação", afirmou.

Na quinta-feira, foi divulgado o parecer pedido pelo Ministério da Saúde à PGR, que admite que os enfermeiros especialistas em protesto podem ser responsabilizados disciplinar e civilmente, bem como incorrer em faltas injustificadas.

O parecer reconhece que estes profissionais têm legitimidade para defender os seus interesses remuneratórios, nomeadamente recorrendo à greve, mas ressalva que "a recusa de prestação de serviço dos enfermeiros com título de especialista não é enquadrável numa greve".

"A não prestação de serviço conduz a faltas injustificadas", adverte o parecer da PGR.

Questionado pela Lusa sobre o parecer, Bruno Reis disse não ter tido acesso às perguntas feitas aquando do pedido de parecer, o que considerou limitador para fazer uma análise mais global da posição da PGR. Contudo, sublinhou que os enfermeiros especialistas, analisando o parecer e a atitude da tutela, vão manter o protesto e aguardar que na segunda-feira possa sair um acordo de princípio com as respostas que estes profissionais têm pedido.

"Vamos aguardar que na segunda-feira possa sair um acordo de princípio com as respostas que sempre pedimos", afirmou Bruno Reis, acrescentando: "Após a reunião, o movimento vai reflectir, ponderar e tomar as suas decisões em consciência com as tomadas de posição que sairão [da reunião] de segunda-feira".

Comentários
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  • Ao 3X Revoltado
    21 jul, 2017 Portugal 21:30
    Tanto aprendi que não quero vê-lo nem de barro, à porta, quanto mais no Poder. Tu, é que não se percebe qual o teu jogo. Bom senso, tolerância, respeitar em primeiro lugar quem necessita deles ... que palavras tão belas principalmente quando tal como as múltiplas reuniões de sexo dos anjos agendadas, que só servem para ganhar tempo, para perpetuar uma situação e manter tudo como está eternamente. E onde param os concursos para enfermeiros principais que há 15 anos não há nenhum? Porquê pagar mais, quando podemos ter o serviço especializado, mas a pagar como se não fosse, não é?
  • Ao ao ao revoltado!
    21 jul, 2017 Lis 17:02
    Parece que não aprendeste e o queres de volta!...Há limites para tudo! Bom senso e tolerância sem radicalismos sejam de lado for! Há reuniões marcadas para Setembro e os enfermeiros especialistas devem respeitar em primeiro lugar quem necessita deles e depois toda a administração onde estão inseridos!
  • Ao ao revoltado
    21 jul, 2017 Portugal 16:22
    Revoltei-me sempre que vi injustiças, o que é o mesmo que dizer, que foi quase todos os dias, desde que se revelou a fraude que foi a campanha eleitoral que levou o Passinhos de Massamá, e o Paulinho das Feiras ao Poder. E muitos dias de salário foram perdidos em greves, nessa luta desigual. e Tu? Também te revoltaste, ou preferiste ficar em casa, a "ver no que dava" e a polir cadeiras com o trazeiro?
  • ao revoltado
    21 jul, 2017 port 11:44
    será que te revoltaste durante os 4 anos e meio em que os piegas deveriam emigrar, conforme pedido do querido líder?...A bastonária nessa época ouviu-se pouco! Porque será? Não tinha as quotas em dia?
  • Revoltado
    21 jul, 2017 Portugal 11:23
    Uma vez que tomaram a atitude de avançar em defesa do que dizem ser meramente justiça, parar agora, em meio às ameaças veladas dos que querem galinha gorda por pouco dinheiro, era o maior erro que podiam cometer. E não se trata de deixar as grávidas sem assistência como alguns insinuam para chocar a opinião pública. Há outros enfermeiros não especializados que podem desempenhar a tarefa. Se cederem e voltarem ao trabalho, ou ficam ad-eternum a trabalhar sem as devidas compensações e aí a especialização afinal não vos serviu de nada, ou é melhor fazerem as malas e emigrarem, pois por cá reina a Gestão Padaria Portuguesa.

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