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Cova da Moura. Chefes da PSP defendem expulsão de agentes acusados caso se prove culpa

13 jul, 2017 - 09:46

A estrutura sindical acrescenta que tal decisão serviria para “reparar o bom nome, o prestígio e a legitimidade da esmagadora maioria dos profissionais que não se reveem em comportamentos deste género”.

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O Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP defende que os polícias acusados no caso das agressões a jovens da Cova da Moura devem ser expulsos da instituição caso se prove a culpa.

“Caso se venha a confirmar que todos ou alguns dos polícias visados tenha cometido por ação ou omissão os crimes que lhe são assacados e após sentença judicial que os condene, deverão ser expulsos do seio da instituição policial”, considera o sindicato, em comunicado divulgado esta quinta-feira.

A estrutura sindical acrescenta que tal decisão serviria para “reparar o bom nome, o prestígio e a legitimidade da esmagadora maioria dos profissionais que não se reveem em comportamentos deste género”.

Os 18 agentes da PSP estão acusados pelo Ministério Público de denúncia caluniosa, injúria, ofensa à integridade física e falsidade de testemunho, num caso que remonta a 05 de fevereiro de 2015 e que envolveu agressões a jovens da Cova da Moura na esquadra de Alfragide, concelho da Amadora.

Estes polícias da Esquadra de Intervenção e Fiscalização Policial da Amadora estão igualmente acusados de outros tratamentos cruéis e degradantes ou desumanos, sequestro agravado e falsificação de documento.

O sindicato sublinha que, até trânsito em julgado de sentença judicial condenatória, disponibiliza “todo o apoio institucional e jurídico aos visados e tudo fará para que seja respeitado e garantido o princípio de presunção de inocência”.

A estrutura sindical dos chefes da PSP responsabiliza o poder político “por todas as consequências que resultem do sentimento de impunidade que porá em causa a eficácia da atuação policial e a segurança das pessoas e dos seus bens, caso os polícias deixem de ter condições para desempenharem as suas funções com eficácia e em segurança”.

Sublinha também que se “continua a esconder da comunicação social, da população portuguesa e dos turistas que nos visitam que a PSP está muito perto da rutura operacional por falta de meios e de efetivos” e que “só o constante sacrifício dos polícias e das suas famílias tem permito que se vá disfarçando o óbvio”.

Para manifestar a sua preocupação com o atual momento da instituição policial, elementos da direção nacional do sindicato dos chefes da PSP estará hoje, pelas 15:00, junto à Esquadra de Alfragide.

Segundo a acusação do Ministério Público (MP), os 18 polícias acusados agiram com ódio racial, de forma desumana, cruel e tiveram prazer em causar sofrimento.

Defende ainda o MP que os polícias sabiam que a sua conduta era censurável, proibida e punida por lei e agiram de forma livre, voluntária e consciente contra os seis jovens.

Segundo dados da Inspeção Geral da Administração Interna, foram recebidas 3.805 denúncias contra a atuação de elementos das forças de segurança nos últimos cinco anos, das quais 730 em 2016. Mais de um terço destas participações (255) estão relacionadas com ofensas à integridade física.

Comentários
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  • covardo-las
    13 jul, 2017 cernache 21:15
    Chefes da PSP defendem EXPULSÃO, etc.. Isto até parece a tal história do AGARRA QUE É LADRÃO ! E OS AGENTES NÃO TINHAM CHEFES ? Será sacudidela de capotes ? BEM, EM TODO O LADO HÁ SANTINHOS E DIABINHOS, razão PORQUE "há " O CÉU E O INFERNO ! Está mais do que provado, quando a coisa toca a feios, é o salve-se quem poder !
  • Joao Magalhaes
    13 jul, 2017 Lisboa 12:59
    O triste disto tudo é que quando é ao contrário ( é muito raro um policia conseguir entrar num bairro de ciganos ou negros sem ser ofendido ou agredido ) está tudo bem, coitadinhos dos que toda a vida andam a comer à custa de quem trabalha, sem nunca terem contribuido, usando sempre a desculpa que não são integrados na sociedade, descriminados, etc. quando na realidade são eles que não querem, sabe bem os rendimentos minimos, os abonos para os 10 filhos, as casas novas com mensalidades de 5€, enfim, estamos a caminhar para que a policia não cumpra o seu trabalho, pois tudo lhes acontece. Mataram o filho do cigano que andava com o pai a roubar às duas da manhã?Prisão e indemnização. Enfim, eu se fosse policia sinceramente fechava os olhos a tudo para não ter chatices.
  • Pedro
    13 jul, 2017 Porto 12:06
    Lamentável ao que isto chegou... Anda tudo sem rei nem roque...
  • isidoro foito
    13 jul, 2017 elvas 11:14
    A pior classe dentro da PSP são os chefes, não sabem mandar em homens e mulheres que cá fora fazem o serviço deles, e depois la dentro só sabem ameaçar com processos disciplinares, muitos deles chegaram a chefes com o curso de sub chefes , a maioria talvez , JORGE COELHO quando ministro da administração interna promoveu todos os subchefes a chefes , mas não lhe deu aumento de vencimento e eles ficaram todos contentes porque tinham uns galões de chefe , mas só sabiam fazer banca nas esquadras , mas por causa destes duzentos sindicalistas é que a PSP se encontra neste estado. Entao no dia destes episódios não havia chefes dentro da esquadra para reprender os agentes ? já que são superiores deviam ter tomado medidas para evitar esses casos

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