Tempo
|
A+ / A-

​Menos bebés em 2017. Famílias numerosas criticam “pára-arranca” na política de natalidade

07 jul, 2017 - 13:17

No primeiro semestre do ano, nasceram menos cerca de mil bebés.

A+ / A-

A Associação Portuguesa de Famílias Numerosas diz que há uma retrocesso das políticas fiscais amigas das famílias. Em declarações à Renascença, a secretária-geral da Associação Portuguesa de Famílias Numerosas (APFN), Ana Cid Gonçalves, considera que o actual governo prejudicou a defesa das famílias.

“No IRS por exemplo com o quociente familiar as famílias estavam um bocadinho melhor, agora voltaram a piorar porque um filho é equiparado a uma mera despesa e não é. Um filho deve ser equiparado a uma redução real de rendimento e, portanto, tem que ter impacto na progressividade”, diz.

“Não pode continuar a haver este ‘pára-arranca’ , tem que haver um rumo determinado e constante e as pessoas têm que saber com que é que podem contar.”

Ana Cid Gonçalves fez as contas e garante que “uma família que tenha um filho e rendimentos superiores a 700 euros com a retirada do quociente familiar ficou prejudicada”.

A secretária-geral da APFN diz ainda que “qualquer pessoa em Portugal sabe que ao ter filhos vai reduzir bastante o seu nível de vida”. “Isso acontece não só porque os filhos implicam um grande conjunto de despesas mas porque as políticas não estão desenhadas de maneira a que a redução de rendimentos não seja tão acentuada”, remata.

A APFN reage assim à notícia sobre a redução do nascimento de bebés no primeiro semestre de 2017, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

De acordo com dados do Instituto Ricardo Jorge, até ao fim de Junho foram feitos 41.689 testes do pezinho, o que representa uma redução de 1.069 exames relativamente ao mesmo período do ano passado, mas mais do que o registado em 2015.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • VICTOR MARQUES
    08 jul, 2017 Matosinhos 09:01
    Realmente, o Mundo está bom para se fazer mais bebés!!!...

Destaques V+