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​Medina Carreira era “bastante pessimista”, mas acertou quase sempre

03 jul, 2017 - 22:05

Francisco Sarsfield Cabral lembra o antigo ministro das Finanças que morreu esta segunda-feira.

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Medina Carreira era “bastante pessimista”, mas acertou quase sempre, afirma Francisco Sarsfield Cabral, especialista da Renascença em assuntos económicos.

“Ela era uma pessoa bastante pessimista, mas o facto é que as coisas que ele apontou, quase todas se verificaram”, diz Sarsfield Cabral sobre o advogado e fiscalista que morreu esta segunda-feira, aos 86 anos.

“Foi ministro das Finanças numa época terrível, a seguir ao 25 de Abril, conseguiu fazer algumas coisas nessa altura, mas não muito porque o ambiente era caótico”, sublinha.

“Depois serviu como alarme para o conjunto das pessoas, sobretudo, na questão do défice orçamental e da despesa pública excessiva que Portugal tem feito e continua a fazer”, conclui Francisco Sarsfield Cabral.

Henrique Medina Carreira morreu esta segunda-feira num hospital em Lisboa, aos 86 anos.

Segundo uma fonte da família citada pela agência Lusa, Medina Carreira, que nos últimos tempos se destacou no programa televisivo 'Olhos Nos Olhos', da TVI, morreu no hospital onde se encontrava internado há cerca de um mês.

Medina Carreira foi ministro das Finanças do I Governo Constitucional, liderado por Mário Soares.

Comentários
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  • Flávio Silva
    04 jul, 2017 20:24
    Admira me muitas pessoas dizerem que morreu o profeta da desgraça. Não é desgraça, e a realidade. O falecido dr. Henrique Medina Carreira o que defendia e o que todos os países minimamente civilizados fazem: vivermos com a economia que temos. A nossa classe política anda a pregar há 30 anos que é possível viver com dinheiro emprestado. Quem defende isso é demagogo e mentiroso. O dr. medina Carreira era um homem de coragem que ia contra demagogias,populismos e mentiras. Muito obrigado Dohyor
  • jose
    04 jul, 2017 Lousada 07:13
    Era Pessimista? diria antes realista. a verdade acima de tudo. dos poucos com visão e sentido de estado. não fazia engenharia financeira para ocultar verdades e apresentar a situação do pais com floreados. infelizmente temos muito português que prefere o logro.
  • André Martins
    04 jul, 2017 Caldas da Rainha 06:11
    A diferença entre Medina e Soares era a matemática. O que Medina considerava contas de somar, para Soares eram contas de sumir. Foram essas contas de sumir que levaram o país á situação que estamos agora é não se iludam com aparente melhoria da economia a qualquer momento podemos regredir.
  • Samuel Mota
    04 jul, 2017 Loures 05:51
    Um homem que não era de direita, esquerda ou centro. Era do lado da realidade nua e crua, Era humano como toda a gente, cometia os seus erros, mas deixou muita gente a engolir sapos com as suas previsões "pessimistas".
  • Eduardo
    04 jul, 2017 LX 00:38
    Vai fazer falta. Sobretudo aqueles que se habituaram a ouvir os seus comentários e pontos de vista.
  • marafo
    03 jul, 2017 seixal 23:58
    Pessimista ou realista?
  • Nuno Alexandre
    03 jul, 2017 Sintra 23:49
    Portugal do séc 19.
  • GRANDE HOMEM
    03 jul, 2017 Lx 23:44
    J a vimos que o Sr. Atento não sabe o que diz.Leu alguma vez os livros dele? Se tivesse lido teria ficado a saber das patifarias do Sr. Pinto de Sousa, o menino de oiro dos socialistas..:Agora parece que têm outro e fico assustado com esse mau prenúncio... Se viu os programs dele na TVI pode perceber que esta mentira em que o Primeiro Ministro de férias nos tem vendido em termos económicos...Era um homem sério e não se regia pelo dictat dos xuxas de má memória...ainda no desgoverno de Portugal, como ele salientava e era um verdadeiro socialista e não um vendido como os xuxas atuais despesistas, populistas, mentirosos e cheios de presunção mas com pouca dignidade e nula ética republicana...
  • Nuno Alexandre
    03 jul, 2017 Sintra 23:40
    Morreu um grande homem, aquele que gostava do seu País, e não tinha medo de falar. Infelizmente já temos poucas pessoas que sabem o que falam, os que andam na politica só dizem tretas ao povo e só fazem jogadas partidárias e estão se a borrifar para Portugal. As ditas elites portuguesas tenham vergonha na cara e digam a verdade.
  • Filipe
    03 jul, 2017 évora 23:35
    Os partidos políticos no poder esta hora festejam com fogo de artifício e brindam , pois infelizmente só se vive uma vez e o contexto partidário tem sabido como afastar pessoas como este Senhor que falou sem medos sempre a verdade , embora em vida por interesse quase todos nunca o ouviram e agora já é bom . Triste Portugal este que só em vida condecora trafulhas do fisco em vida e dá mérito aos gloriosos depois de acabar a vida . Contam-se pelos dedos de uma mão a aproximações com tempo de antena em Portugal que ficam , não existiu escola para formar descendentes , foi pena . Sendo assim jamais irei ouvir mais alguém falar de economia como até aqui ouvia este Senhor , pois não existem mais .

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