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Raquel Abecasis
Opinião de Raquel Abecasis
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As 6 aprendizagens de uma irmã de seis

31 mai, 2017 • Opinião de Raquel Abecasis


Ter seis irmãos foi uma carga de problemas, ainda por cima porque não defendíamos propriamente o "peace and love" tão em moda quando estávamos todos lá em casa.

Lá em casa éramos seis. Nessa altura, não éramos muitos nem éramos poucos, estávamos na média. Nunca olhámos para nós como uma família numerosa e quando a primeira casou achámos que a casa estava vazia, até descobrirmos que podíamos tomar posse de tudo o que ficava vago: o quarto, o turno de casa de banho, o lugar à mesa, a dose que ficou por servir e até o dinheiro que, apesar de continuar a não sobrar, podíamos tentar cravar aos pais.

Ter seis irmãos foi uma carga de problemas, ainda por cima porque não defendíamos propriamente o "peace and love" tão em moda quando estávamos todos lá em casa. Resultado: ficámos com marcas para a vida:

- Sabemos tudo sobre técnicas de autodefesa física e psicológica, caso contrário estaríamos num hospital ortopédico ou psiquiátrico.

- Somos óptimos a discutir e sabemos como ninguém usar o volume e os argumentos para nos fazer ouvir.

- Aprendemos a sobreviver às intempéries da vida e, até agora, não nos temos dado mal.

- Aprendemos a estar felizes com pouco.

- Sabemos fazer "lobbying", apesar de isso por cá ainda ser proibido.

- Sabemos praticamente tudo sobre a maior qualidade nacional; o desenrascanço.

Posso dizer que tive uma infância inesquecível e ainda trago no corpo algumas marcas desse tempo.

PS: Ainda hoje há calor nos nossos encontros e ainda que nem sempre haja "peace", à nossa moda há "love".

Obrigado aos cinco e espero que agora reconheçam o meu valor.

Comentários
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  • MASQUEGRACINHA
    01 jun, 2017 TERRADOMEIO 16:10
    Em primeiro lugar, e muito sinceramente, não consigo perceber onde pretende este texto chegar... a não ser a alguma espécie de "ajuste de contas", bastante diferido, com uma infância pouco feliz e uns manos pouco simpáticos. Podia mandar-lhes uma carta, ou ler-lhes uma declaração de agravos durante a Consoada, por exemplo, que é altura propícia para as aproximações familiares. É que não se descortina que interesse ou moral advenha desta leitura, e chega a ser embaraçoso para o leitor o evidente ressentimento que se exibe em praticamente todas as linhas... Enfim, e como diz, terá tido uma infância inesquecível, de que ainda traz no corpo algumas marcas. Acrescentaria eu que no espírito também. A menos, claro, que o artigo constitua uma tentativa de ironia... P.S. À moda de cada um, há sempre "love" - deve ser também por isso que o inferno está cheio de bem intencionados.
  • MASQUEGRACINHA
    01 jun, 2017 TERRADOMEIO 16:10
    Em primeiro lugar, e muito sinceramente, não consigo perceber onde pretende este texto chegar... a não ser a alguma espécie de "ajuste de contas", bastante diferido, com uma infância pouco feliz e uns manos pouco simpáticos. Podia mandar-lhes uma carta, ou ler-lhes uma declaração de agravos durante a Consoada, por exemplo, que é altura propícia para as aproximações familiares. É que não se descortina que interesse ou moral advenha desta leitura, e chega a ser embaraçoso para o leitor o evidente ressentimento que se exibe em praticamente todas as linhas... Enfim, e como diz, terá tido uma infância inesquecível, de que ainda traz no corpo algumas marcas. Acrescentaria eu que no espírito também. A menos, claro, que o artigo constitua uma tentativa de ironia... P.S. À moda de cada um, há sempre "love" - deve ser também por isso que o inferno está cheio de bem intencionados.