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Português descreve terror em Manchester. “Só peguei na minha filha e corri o mais rápido que pude”

23 mai, 2017 - 08:15

Muitos jovens continuam desaparecidos depois do ataque de segunda-feira à noite na Arena de Manchester. “Foi caótico”, “toda a gente começou a correr” depois da explosão.

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Ariana Grande tinha acabado de se despedir do seu jovem público quando se ouviu uma grande explosão. “Não queríamos acreditar. Isto só acontece nas notícias, não a pessoas como nós”, relata uma das jovens que estava no concerto da cantora norte-americana.

Fábio Silva, emigrante português no Reino Unido, estaca lá dentro. Acompanhava a filha adolescente. À Renascença, conta que se estavam a dirigir-se para a saída quando se deu a explosão. Precisamente no local por onde deveriam passar.

“Estávamos a dirigir-nos para aí quando se deu a explosão. Eu só olhei em redor a ver o que era e pensámos que era qualquer problema de som. Foi nesse momento que vi as crianças a chorar e pensei logo que teriam visto alguma coisa, como alguém a disparar. Só peguei na minha filha e corri o mais rápido que pude”, relata.

O pânico instalou-se com os milhares de espectadores, na sua maioria adolescentes e crianças, a correr à procura de uma saída.

“Havia telemóveis e sapatos perdidos. Foi uma loucura”, afirma uma testemunha. O relato é confirmado por uma outra, Catherine Macfarlane, à agência Reuters: “Foi caótico. Toda a gente começou a correr e a gritar, a tentar sair dali”.

A explosão deu-se à entrada da Arena de Manchester, a sala onde Ariana acabava de actuar.

"Não queríamos acreditar no que estava a acontecer". Jovens descrevem ataque em Manchester
"Não queríamos acreditar no que estava a acontecer". Jovens descrevem ataque em Manchester

Marco Mota, um português que reside na cidade, a dois quilómetros daquela sala de espectáculos, conta à Renascença que ouviu claramente o estrondo: “Foi tipo fogo-de-artifício. Depois começou-se a ouvir ambulâncias”.

Mais forte foi a sensação que Catherine Macfarlane, que assistiu ao concerto, sentiu: “Foi uma explosão enorme. Conseguimos senti-la no nosso peito”.

Nas redes sociais, logo começaram a surgir relatos da explosão – considerada pelas autoridades policiais como um atentado terrorista – e alguns jovens partilharam vídeos do instante da explosão, mostrando momentos de aflição.

Nesta manhã de segunda-feira, Manchester vive uma “situação estranha”, diz Marco Mota: “Não há vivalma na rua”. O que se vê muito são helicópteros e muitos carros da polícia.

O ataque, levado a cabo por um bombista suicida (segundo as últimas informações da polícia de Manchester), provocou 22 mortos, entre os quais crianças, e 59 feridos.

Pais procuram filhos desaparecidos

A explosão ocorreu no final do concerto, num espaço onde muitos pais esperavam pelos filhos.

A Arena de Manchester alberga 21 mil pessoas e estava cheia. Na confusão, muitas crianças e jovens desapareceram e os pais estão a usar as redes sociais para divulgar fotos dos seus filhos.

O Twitter, através do hashtag #ManchesterArena, é a rede mais utilizada por familiares e amigos das vítimas.

De portas abertas

Tal como aconteceu nos atentados de Paris, em 2015, muitos habitantes de Manchester abriram as suas portas para acolher quem se quisesse refugiar.

Através do hashtag #roomformanchester, os residentes mais próximos da Arena manifestavam a sua disponibilidade para albergar quem precisasse.

Este "ataque bárbaro" não vai "semear o medo". A mensagem da ministra britânica do interior
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  • Zé Nabo
    23 mai, 2017 almeirim 16:45
    Um estrondo ouvido tão longe, como é possível que o suicida se tenha safado ? Alguém tem de pagar as favas !
  • mendes
    23 mai, 2017 braga 13:12
    infelizmente sempre foi assim e sempre sera as minorias como nao se consegue impor pela sua idiologia impoe-se atraves da forca da mentira de falsas promessas nunca olhando a meios para atingir os fins
  • 23 mai, 2017 12:17
    É correr com esse tralha para bem longe e a quem os apoia.
  • Manuel Costa
    23 mai, 2017 Porto 10:56
    Este terrorismo é um produto exclusivo da religião muçulmana,. Enquanto esta religião for permitida jamais haverá paz no mundo. Todavia temos aqui a extrema esquerda ,cuja chefa Catarina anda a incitar as portuguesas a casar com os muçulmanos que vêm fugidos. Ela que case com dois ou três.....
  • antonio
    23 mai, 2017 lisboa 10:29
    Por acaso estes bárbaros fazem distinção entre quem quer que seja? Quem não é do grupo deles é para eliminar, pena que a maior parte da população ocidental ainda não tenha metido isso na cabeça. Mais uma machadada no modo de vida ocidental, rumo à destuição da nossa cultura, modo de vida, e povo. Vais ficar sentado até eles te baterem à porta???
  • Zé Carlos
    23 mai, 2017 Foz do Douro 09:54
    "Português ouviu um estrondo” - informação relevantíssima.
  • Mara
    23 mai, 2017 Portugal 09:32
    Que mal estavam a cometer estes Jovens? Monstros da pior espécie que não amam o próximo e não dão valor às artes, motivo porque praticam acções desta natureza.

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