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Luso-descendente morre após protestos na Venezuela

18 mai, 2017 - 22:57

Pelo menos 44 pessoas já morreram desde o início da crise no país.

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Venezuela. Militantes do partido de Maduro vão receber treino militar
Venezuela. Militantes do partido de Maduro vão receber treino militar

Um luso-descendente faleceu na Venezuela, durante um protesto contra o Governo do Presidente Nicolás Maduro, em San António de los Altos, 30 quilómetros a sul de Caracas, confirmaram à agência Lusa fontes da comunidade portuguesa local.

Segundo as mesmas fontes, o luso-descendente, o biólogo Diego Fernando Arellano Figueiredo, de 31 anos, foi atingido no peito por uma bala de borracha que terá sido disparado pelas forças de segurança, terça-feira à tarde, quando participava numa manifestação.

A vítima foi levada para uma unidade de saúde, onde viria a morrer durante uma intervenção cirúrgica.

O funeral da vítima está previsto para sexta-feira, prevendo-se a presença de familiares da vítima, que residem no estrangeiro.

As investigações do assassínio estão a ser coordenadas pelo Ministério Público.

Segundo a imprensa local, na terça-feira, pelo menos 20 pessoas ficaram feridas com balas de borracha disparadas por efectivos da força de segurança, quando a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar), reprimiu uma manifestação de protesto, em San António de Los Altos, que durou pelo menos cinco horas.

Os confrontos com a GNB ocorreram quando os manifestantes levantaram barricadas para impedir a circulação para a capital, Caracas.

Depois da intervenção, quando a GNB se retirou, a população voltou à rua e realizou uma vigília em homenagem aos feridos.

As manifestações na Venezuela, a favor e contra o Presidente Nicolás Maduro intensificaram-se desde o passado dia 1 de Abril, depois de o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) divulgar duas sentenças que limitavam a imunidade parlamentar e em que aquele organismo assumia as funções do Parlamento.

Entre queixas sobre o aumento da repressão, a oposição manifesta-se na rua também contra a convocatória de uma Assembleia Constituinte, feita a 1 de Maio por Nicolás Maduro.

Dados oficiais dão conta de que pelo menos 44 pessoas já morreram desde o início da crise.

Comentários
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  • Miguel Botelho
    19 mai, 2017 Lisboa 08:41
    Alguma informação sobre o assalto com explosivos, pela oposição, em Fajardo, contra a polícia venezuelana? Alguma informação quanto aos incêndios que esta oposição venezuelana (dita pacífica) está a fazer junto às sedes do povo, em Caracas? Por exemplo, a Colónia Tovar que amanheceu completamente destruída por bombas usadas pelos mesmos terroristas. Será que a promoção se saques, roubos aos mercados de abastecimento são bom motivo de fazer oposição a um país? O que dizer do assédio e proibição que padeiros trabalhem? O que dizer de dirigentes socialistas torturados, mortos; do caso de um designer gráfico morto com um taco de basebol, por um chamado «muchacho», vindo da oposição (que esta comunicação social abençoa).

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