18 mai, 2017 - 18:34
O Ministério Público (MP) concluiu, esta quinta-feira, o denominado processo "Jogo Duplo", que diz respeito a viciação de resultados no futebol, acusando 28 pessoas, no total, entre jogadores, dirigentes, empresários, um elemento da claque Super Dragões e ainda uma SAD de corrupção desportiva e apostas fraudulentas.
Num comunicado emitido esta tarde pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa pode ler-se que no epicentro do caso estão apostas desportivas em jogos da Primeira e Segunda ligas.
Mais de duas dezenas de jogadores e dirigentes são visados, na conclusão da operação que tem marcado a actualidade desportiva, na estrita dependência do "match-fixing", sendo todos acusados dos crimes de associação criminosa em competição desportiva, corrupção activa e passiva na actividade desportiva e de apostas antidesportivas — designação da lei de corrupção desportiva que criminaliza as apostas fraudulentas e estipula uma pena máxima de prisão até três anos.
Três dos arguidos estão em casa com pulseira electrónica e
proibidos de contactar os outros envolvidos no processo. Outros tiveram de
pagar uma caução e estão suspensos de funções.
À data dos factos - os casos remontam às temporadas de 2014/15 e 2015/16 - os atletas em causa representavam, entre outros clubes, Oliveirense, Oriental, Penafiel e Académico de Viseu. Os nomes dos arguidos não foram divulgados.