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Porto é a cidade com mais amianto. Sindicato da Construção pede medidas

16 mai, 2017 - 19:57

Câmara lembra que, há cerca de três anos “realizou um estudo que permitiu identificar todos os edifícios com amianto” e que “ofereciam risco em edifícios públicos”.

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O Porto é a cidade do país com mais amianto, alerta o presidente do Sindicato da Construção de Portugal, Albano Ribeiro, que pede medidas às entidades competentes.

Albano Ribeiro diz que o sindicato fez um levantamento fotográfico que prova a existência daquela substância perigosa em muitos edifícios da cidade.

“Em toda a cidade do Porto, de acordo com as fotos que nós temos, há partículas que estão a lançar amianto na cidade. É preciso dar uma volta. Se não se tomar medidas, a situação cada vez se degrada mais.”

O sindicalista assegura que o Porto tem muitos milhares de metros quadrados de amianto em avançado estado de degradação o que, na sua opinião, prejudica a qualidade do ar que se respira.

Albano Ribeiro sugere, por isso, a criação de uma comissão para fazer o levantamento das situações existentes.

“Nós temos centenas e centenas de casas com amianto degradado. Tem que se criar uma comissão e fazer um levantamento com as várias entidades, com a câmara, com os candidatos, com o delegado de saúde, connosco e fazer esse levantamento”, defende o presidente do Sindicato da Construção de Portugal.

A título de exemplo, Albano Ribeiro revelou que a esquadra da PSP da Bela Vista e que o edifício da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), no Porto, estão "cheios de amianto".

Na resposta a este alerta, a Câmara do Porto lembra que, há cerca de três anos, “realizou um estudo que permitiu identificar todos os edifícios com amianto” e que “ofereciam risco em edifícios públicos”.

Num breve comentário às afirmações do Sindicato da Construção, fonte da autarquia assegura que, até 2015, “todo o amianto foi retirado em todos os bairros sociais, escolas e outros edifícios públicos” e que aquele que permanece em “edifícios públicos não oferece qualquer risco, de acordo com os parâmetros da OMS”, sendo que “será retirado brevemente no âmbito das obras de reabilitação em curso”.

O Ministério do Ambiente revela que, desde Maio de 2016 até ao dia 30 de Março deste ano, “foi concluída a remoção de amianto em 166 edifícios”, sendo que desse universo “51 foram intervenções prioritárias”.

Num esclarecimento à Renascença, o Governo avança também que “se encontram a decorrer intervenções de remoção de amianto em 86 edifícios”.

[notícia actualizada às 23h28]

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  • ze da avo
    17 mai, 2017 01:05
    Somos tao bons que conseguimos avaliar a poluicao do amianto por fotografias aereas,Nao precisamos de contador de particulas resultado de teste efectuado em camara fechada com pressao negativa. E o facto de o amianto so ser perigoso quando se interfere cortando,serrando ou de outro modo provocar po,parece ser desconhecido do Sindicato Da Construcao.Assim como parecem desconhecer que ha outros meios de impedir(controlar) essa poluicao.Sei que a mao de obra envolvida na remocao do amianto e bem vinda,mas sejam honestos e apresentem estudos mais bem fundados.

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