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"Operação Fátima". Dez pessoas impedidas de entrar em Portugal

10 mai, 2017 - 19:11

Os indivíduos não estavam munidos de documentos de identificação. A confirmação foi feita esta quarta-feira pela secretária-geral do Sistema de Segurança Interna que confirmou ainda que estarão seis mil operacionais na operação de segurança ao Papa.

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Dez cidadãos foram impedidos de entrar em Portugal num total de 11.500 inspeccionados entre as 00h00 e as 18h00 de hoje, primeiro dia da reposição do controlo documental nas fronteiras devido à visita do papa Francisco.

O controlo documental nas fronteiras aéreas, marítimas e terrestres portuguesas foi reposto temporariamente às 00h00 de quarta-feira, fiscalização que termina às 00h00 de domingo, por "razões de segurança interna e ordem pública" devido à visita do papa Francisco a Fátima.

Numa conferência de imprensa para apresentar a "Operação Fátima", na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, afirmou que, entre as 00h00 e as 18h00, foram controladas 11.500 pessoas e recusada a entrada no país a 10 cidadãos por não estarem munidos de documentos de identificação.

Helena Fazenda adiantou que se verificaram "constrangimentos nas entradas" às primeiras horas da reposição das fronteiras, sendo uma situação expectável por se tratar de "uma medida de excepção".

Segundo a mesma responsável, verificaram-se também constrangimentos na fronteira de Valença que estiveram relacionados com a feira semanal que decorreu naquela cidade.

A secretária-geral do Sistema de Segurança Interna disse ainda que é feito um "controlo sistemático" dos cidadãos à entrada de Portugal e na saída esse controlo é aleatório.

Cerca de seis mil operacionais das forças e serviços de segurança vão estar mobilizados para a visita do Papa Francisco e podem ser reforçados em caso de necessidade.

Numa conferência de imprensa para apresentar a "Operação Fátima", na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, a secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, avançou também que o nível de ameaça terrorista mantém-se no nível moderado, apesar de a avaliação ser feita permanentemente.

"Independentemente da operação que decorre com exigências próprias e implícitas à natureza e dimensão do próprio evento, mantem-se o grau de ameaça moderado", disse Helena Fazenda.

A mesma responsável explicou que o grau de ameaça terrorista é sujeito a constante avaliação pelos serviços de informação, em colaboração directa com as forças de segurança, e "não há qualquer indício e circunstância que tenha sido identificado como determinante de alteração deste grau de ameaça".

No entanto, adiantou, "isto não é incompatível com a preparação detalhada desta operação nas suas várias vertentes", existindo a alocação de todos estes meios porque há centenas de milhares de pessoas em Fátima.

"Uma coisa não é compatível com a outra, o grau de ameaça em Portugal é de facto moderado. Esta alocação de meios e todo este esforço tem presente a realidade e o contexto e a conjuntura internacional, nomeadamente na Europa", afirmou.

Para a "Operação Fátima", que já está a decorrer, estão empenhados diariamente 6.000 operacionais da GNR, PSP, SEF, PJ, Serviços de Informação e Segurança, Polícia Marítima, Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), Autoridade Nacional de Protecção e Socorro, Autoridade Nacional de Aviação Civil e Forças Armadas.

A secretária-geral do Sistema de Segurança Interna referiu que este efectivo pode ser ajustado de acordo "com a avaliação feita a cada momento pelas entidades envolvidas".

Helena Fazenda garantiu ainda que os meios para esta operação são "os ajustados e adequados", tendo em conta a dimensão e as características do acontecimento - a visita do papa, na sexta-feira e no sábado, para o centenário das "aparições" de Fátima.

"Os meios são os adequados e os efectivos considerados necessários à resposta exigida pela operação em curso", sustentou, acrescentando que o dispositivo tem como preocupação o apoio aos peregrinos, manutenção da ordem pública, prevenção e investigação criminal, controlo de fronteiras, segurança rodoviária, emergência médica, protecção e socorro e segurança das altas entidades.

Helena Fazenda considerou esta operação "de larga escala", que começou a ser planeada e preparada em Julho de 2016 "numa base estreita, permanente e consolidada entre todas as forças e serviços de segurança".

"Os grandes eventos não são uma novidade no nosso país e existe um grau de capital de experiências e conhecimentos acumulados por parte das forças e serviços de segurança, o que permite encarar a operação em curso, em toda a sua dimensão, com toda a serenidade, tranquilidade e confiança", disse ainda.

O Papa Francisco visita Fátima, na sexta-feira e no sábado, para canonizar os pastorinhos Francisco e Jacinta, no centenário das aparições de Fátima.

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