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António Costa: "Combate-se o populismo respeitando o povo"

24 abr, 2017 - 23:39

Primeiro-ministro começou a celebrar o 25 de Abril num jantar em Grândola. "É assim que se constrói uma sociedade mais inclusiva, com menos desigualdade e mais democrática", declarou.

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O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou esta segunda-feira, num jantar comemorativo da revolução de Abril, em Grândola, que o combate ao populismo passa pelo respeito dos compromissos assumidos com o povo.

"Quando me perguntam como é que se combate o populismo, eu repondo: combate-se o populismo respeitando o povo. Respeitar o povo é dar atenção aos problemas efectivos das pessoas concretas que vivem no nosso país. É partilharmos da solidariedade e, falando verdade, dizermos não podemos resolver tudo de uma só vez, mas que, passo a passo, iremos cumprir aquilo com que nos comprometemos e iremos resolver os problemas com que cada um se confronta", acrescentou.

Para António Costa, que falava perante cerca de 500 pessoas num restaurante de Grândola, "é assim que se constrói uma sociedade mais inclusiva, com menos desigualdade e mais democrática".

"É assim que nós reforçamos a confiança nas instituições, na democracia. E é reforçando a confiança na democracia que melhor a defendemos, melhor lhe damos força, melhor lhe damos vida e cada vez mais, teremos toda a agente a dizer: viva o 25 de Abril", disse o chefe do Governo.

O défice como " "instrumento para melhorar a vida dos portugueses"

António Costa falou também da importância de Portugal ter tido este ano o défice mais baixo desde revolução de 1974, defendendo que se trata de mais um "instrumento para melhorar a vida dos portugueses, com "finanças públicas sãs, para uma economia mais forte e uma vida melhor para todos aqueles que vivem e trabalham em Portugal".

O primeiro-ministro salientou ainda que o Governo vai continuar trabalhar para reduzir a divida e o défice, mas também para "aumentar o investimento na educação", para promover "mais justiça fiscal" e pela dignidade do trabalho e dos trabalhadores, ao mesmo tempo que saudava o acordo alcançado sector do calçado, que permitiu acabar com a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

Antes do secretário-geral do PS, o presidente da Federação Distrital de Setúbal, António Mendes, falou das eleições autárquicas no distrito de Setúbal para dizer que o PS vai lutar pela maioria em todas as autarquias do distrito, apesar de se tratar de uma região de grande influência do PCP, um dos partidos que garante o apoio parlamentar do actual governo PS.

O dirigente socialista ressalvou, no entanto, que o facto de "não haver pactos autárquicos não significa que haja agressão com esses partidos [que apoiam o governo], nem com os outros".

No jantar comemorativo do 25 de Abril em Grândola, houve ainda espaço para uma intervenção do cabeça-de-lista do PS às próximas eleições autárquicas em Grândola, Aníbal Cordeiro, que se propõe reconquistar o município que o PS perdeu há quatros anos para a actual maioria CDU.

Comentários
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  • Jorge
    25 abr, 2017 Sintra 18:51
    Há 43 anos gritava-se em plenos pulmões: abaixo a reacção; O povo unido jamais será vencido; fascimo nunca mais! O espírito do 25 de Abril é diferente, mas está no coração de milhões de portugueses..... as prisões de Caxias e Peniche abriram-se e os homens que ousaram enfrentar salazar sem medo a saírem, uns bem outros doentes, mas de cabeça bem levantada! Finalmente a liberdade de expressão,a democracia e a liberdade, que ade ser para sempre.
  • carmom
    25 abr, 2017 Famalicão 16:24
    É pena que não tenha feito isso quando perdeu eleições.Se tem respeitado,ou contribuído para a melhoria de alguém,só se for na função pública,porque quem trabalha ou é aposentado do privado(excepto no aumento de feriados,para quem tinha pouco pouco tempo de gastar) não tem sentido melhoras.
  • António
    25 abr, 2017 Portugal 15:57
    Como é que alguém que mente tanto pode dizer isto "Combate-se o populismo respeitando o povo"? Faz mesmo das pessoas estúpidas.
  • marmelo !
    25 abr, 2017 lisboa 14:32
    Olha quem fala ! Não estamos nada mal de populismo a começar pelo Presidente da República e este ministro ! Isto até parece a estória do AGARRA QUE É LADRÃO !
  • António Costa
    25 abr, 2017 Cacém 11:55
    Não desanime, Raul Castro. Foi sempre assim, uma ditadura é "derrubada" e aparecem logo outros "palhaços" a querer substitui-la por outra "mais moderna". Não tem Fim à vista. Quando a "legitimidade" do rei e da nobreza foi posta em causa pela revolução francesa, o que fez Napoleão? Coroar-se "imperador" pelo Papa, à boa maneira dos "antigos imperadores". O que importa é que as "ideias da moda" tragam de facto melhorias para a sociedade. E só isso é que conta! Se isso não acontece, é um desastre e pode-se ficar ainda pior.
  • Jorge
    25 abr, 2017 Sintra 11:40
    Já lá vão 43 anos e continuam no nosso coração, os capitães de Abril! São imortais! Daqui a 100,200.500........anos a História lembrará os contemporâneos do que se passou e os portugueses desse tempo, sentirão orgulho do movimento militar que em 1974,com o apoio dos antifascistas e da população em geral, derrubou um regime opressor do seu próprio povo.......Abriram-se as masmorras do fascismo, prenderam-se os carrascos, acabou a guerra, elaborou-se uma nova Constituição, emergiu a democracia e a liberdade...Ao contrário dos "raul castro" que ninguém sabe quem são. OBRIGADO CAPITÃES DE ABRIL,SEMPRE JOVENS,PORQUE NÃO MORREM....
  • j
    25 abr, 2017 j 10:00
    O governo populista da UE a falar sobre os outros populistas. Este Costa não se enxerga.
  • Eborense
    25 abr, 2017 Évora 04:41
    Exactamente Sr. Costa. É pelo facto do Sr. não ter respeitado o voto do povo, que é um populista.
  • Raul Castro
    25 abr, 2017 Grândola 00:54
    Acabei de ver o programa da RTP sobre o assalto aquela estação durante o PREC pelo PCP,UDP(hoje BLOCO), PS e militares que foram a vergonha da classe.Ver a peça e ver hoje o que se passa na Venezuela ninguém tem dúvidas que o sistema foi igual.Se tive alegria pela queda da ditadura, fiquei logo com vergonha de ser compatriota daqueles"palhaços" revolucionários e que hoje alguns deviam ter vergonha do seu ridículo papel que tiveram.As coisas vistas hoje, uma revolução mesmo que violenta tem sempre a sua dignidade, mas o que vi foi uma palhaçada onde os intervenientes mostraram falta de tudo e sobretudo serem uns palhaços de terceira categoria. Pobre Pátria esta que teve e ainda tem gente a viver à custa dessa actuação ridícula numa Revolução que perdeu toda a glória pelos intérpretes.

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