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Inundações extremas podem tornar-se muito frequentes na Europa

14 mar, 2017 - 18:56

Um estudo do Centro de Investigação da Comissão Europeia alerta para as consequências do aumento das emissões de gases com efeito de estufa.

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As grandes inundações costeiras no norte da Europa, que historicamente têm acontecido uma vez em cada século, podem começar a ser anuais se continuarem a aumentar as emissões de gases com efeito de estufa, indica um estudo do Centro de Investigação da Comissão Europeia divulgado esta quinta-feira.

As projecções do estudo indicam mudanças no nível do mar, marés, ondas e tempestades ao longo do século. Sugerem que o aquecimento global pode levar a subidas excepcionais do nível da água do mar ao longo das costas da Europa até 2100. Essas subidas excepcionais são os níveis extremos do mar que ocorrem durante uma tempestade e que levam a grandes inundações.

O aumento da frequência destes eventos, que até agora eram considerados excepcionais, poderá pôr em causa as actuais estruturas de protecção costeira, deixando grande parte das costas da Europa exposta a inundações, de acordo com os autores do estudo, publicado na revista da União Geofísica Americana Earth’s Future.

“A menos que tomemos medidas de protecção, cinco milhões de pessoas serão expostas anualmente às inundações costeiras”, disse Michalis Vousdoukas, oceanógrafo do Centro de Investigação da Comissão Europeia e autor principal do estudo.

Segundo o documento, o norte da Europa verá o maior aumento de situações extremas no nível do mar. Regiões ao longo do Mediterrâneo e do Mar Negro podem também sofrer situações extremas mais do que uma vez por ano, neste século. E na região do Mar do Norte as águas podem subir um metro, no pior cenário.

As costas atlânticas do Reino Unido e da Irlanda podem ter também aumentos extremos do nível do mar, o mesmo acontecendo, embora com menos intensidade, na Noruega e mar Báltico.

Num cenário extremo, com as emissões de gases com efeito de estufa a aumentarem ao longo do século, o nível do mar ao longo da costa pode subir em média 81 centímetros em 2100. Mesmo num cenário mais moderado esse aumento pode ser de 57 centímetros, segundo os autores do trabalho.

Comentários
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  • António Costa
    15 mar, 2017 Cacém 08:13
    Deviam também examinar as cheias catastróficas que ocorreram na Idade Média, para variar. Enfim, o que interessa é "sacar" mais uns milhões para estudos. Sem fazer "barulho" não se vai a lado nenhum......
  • Manso
    15 mar, 2017 Lausanne 07:46
    Os senhores jornalistas deveriam idealmente colocar um link par ao relatório, ou pelo menos indicar o nome do relatório.
  • Zé Povinho
    14 mar, 2017 no torrãozinho de terra 19:22
    Tretas. Quais gases de estufa. O problema foi, é e será sempre a construção de muros , edificios em cima dos leitos dos rios, linhas de agua, etc. Constroem barreiras ao normal circuito de escoamento das aguas.

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