08 mar, 2017 - 07:11
A banda portuense Três Tristes Tigres vai regressar aos palcos 13 anos depois do último concerto, com uma actuação a 16 de Março no Teatro Municipal Rivoli, no Porto, a revisitar o álbum “Guia Espiritual”.
A banda de Ana Deus e Alexandre Soares sobe ao palco do Rivoli pelas 21h30 no âmbito do ciclo Porto Best Of, do Teatro Municipal do Porto, que junta grupos históricos da cidade a bandas mais jovens.
Desta feita, antes do grupo de “O Mundo a Meus Pés” actuarão os músicos Dan Riverman e Old Jerusalem, projeto de Francisco Silva que apresenta o primeiro álbum em cinco anos, “A rose is a rose is a rose”.
Ana (vocais) e Alexandre (guitarra), que também estão por trás do projecto Osso Vaidoso, vão juntar-se a João Pedro Coimbra, na bateria, a Quico Serrano nos teclados e Rui Martelo no baixo para revisitar “Guia Espiritual”, o segundo álbum do grupo, editado em 1996, ainda que em cima da mesa estejam também algumas faixas de “Comum”, lançado em 1998, revelaram em entrevista à agência Lusa.
Ainda em ensaios, Ana e Alexandre estão à procura de “uma abordagem um bocadinho mais orgânica” aos temas num “reencontro com as músicas e com as letras”, uma vez que os elementos da banda, de que também faz parte a poeta Regina Guimarães, acabaram por trabalhar juntos desde o último concerto do grupo.
“O único com quem não tocávamos há algum tempo era o Quico, vai ser um bom reencontro. Depois, é o reencontro com as músicas e com as letras. A estranheza que provoca aquele tipo de composição, algumas mais que outras. Ainda estamos na fase da aproximação, mas é um exercício curioso, porque algumas coisas não faria da mesma forma e em outras fico admirada, penso ‘ainda bem que fiz assim na altura’”, explicou Ana Deus.
“Queremos ver uma canção nova, a partir de um texto da Regina Guimarães. Será uma boa ocasião para fazer um original, um inédito, que seja um extra, e aproveitar para o estrear no Rivoli”, assegurou a cantora.
Ana e Alexandre estão ainda a colaborar na nova criação da coreógrafa Né Barros, a estrear em Abril no Teatro Nacional São João, bem como num disco sobre poemas de Mário Cesariny, depois de um convite da Fundação Cupertino de Miranda.