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CDS: “Quebra de verdade” de Mário Centeno pode ter “consequências penais”

09 fev, 2017 - 17:53

“Perguntaremos ao ministro das Finanças se quer voltar atrás na resposta que deu a 3 de Janeiro", diz o deputado centrista João Almeida.

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O ministro das Finanças, Mário Centeno, mentiu na comissão de inquérito à gestão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) e isso pode ter consequências penais, avisa o CDS.

O deputado João Almeida disse esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que houve uma "quebra de verdade" de Mário Centeno quando disse aos deputados que não havia qualquer acordo para desobrigar a ex-administração da Caixa Geral de Depósitos de apresentar declarações de rendimentos e património.

“A 23 de Novembro do ano passado o CDS pediu ao Ministério das Finanças toda a documentação trocada entre António Domingues [presidente da Caixa na altura] e o Ministério das Finanças que, de alguma forma, pudesse estar relacionada com as condições que eram postas para que essas pessoas assumissem a administração da Caixa Geral de Depósitos. A 3 de Janeiro deste ano o ministro das Finanças disse à comissão de inquérito que essas comunicações eram inexistentes. Uma vez que já chegaram à comissão de inquérito essas comunicações, é evidente que afinal existe o que, em Janeiro, o ministro das Finanças disse que inexistia”, argumenta o CDS.

“Perguntaremos ao ministro das Finanças se quer voltar atrás na resposta que deu a 3 de Janeiro, lembrando as consequências penais de mentir numa comissão de inquérito”, refere João Almeida. Em causa pode estar o crime de perjúrio, de prestar falsas declarações.

Questionado pelos jornalistas se o CDS defende a demissão do ministro das Finanças, o deputado respondeu que cabe ao primeiro-ministro, António Costa, tirar ilações do caso Caixa, mas deu a entender que Mário Centeno não terá condições para continuar no cargo.

O PSD apresentou esta quinta-feira um requerimento potestativo para ouvir novamente Mário Centeno na comissão parlamentar de inquérito sobre a gestão da Caixa Geral de Depósitos.

Em declarações à Renascença, o social-democrata Paulo Rangel acusa o ministro das Finanças de mentir e defende que a única saída para Mário Centeno é apresentar a demissão.

“Ninguém respeita um ministro das Finanças que negoceia leis com escritórios privados, que mente ao Parlamento, que mente à opinião pública. A única solução é que o ministro Mário Centeno apresente a demissão, com isso cai a sua equipa e banimos também aquele que foi já posto, na segunda-feira, estrategicamente no lugar para o vir a substituir, que é o secretário de Estado Mourinho Félix, que claramente foi o grande operacional desta lamentável situação”, conclui Paulo Rangel.

Comentários
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  • isidoro foito
    10 fev, 2017 elvas 12:07
    quantos crimes já foram cometidos por elementos do CDS a começar nos submarinos e não vejo niguem condenado
  • O puto almeida
    10 fev, 2017 lis 09:46
    Na sua melhor prestação.
  • 10 fev, 2017 aldeia 09:08
    "Se"......fizessem uma lei que penalizava os políticos de mentir......provavelmente só teríamos meia dúzia de políticos no parlamento e não só.
  • sergio santos
    10 fev, 2017 Paço de Arcos 04:47
    O que é que estará por detraz das constantes tentativas da direita de criar problemas à Caixa Geral de Depósitos? O melhor é deixá-los a falar sozinhos
  • emigrante
    10 fev, 2017 Londres 02:03
    A escumalha que ai defende um ministro mentiroso, é o exemplo
  • Joana
    09 fev, 2017 Estoril 22:24
    Estes anjinhos antes de acusarem o Dr. Centeno, pessoa séria, de ter cometido perjurio na CI e de ameaças criminais, devem lá levar o PP e perguntar-lhe onde estão os papeis dos submarinos.
  • Eborense
    09 fev, 2017 Évora 19:52
    Na verdade, se todos os políticos que mentem fossem demitidos já estávamos a importar políticos há muito tempo, porque os que cá estão já não eram políticos, certamente! Quem ouve o Dr. João Almeida, até pensa que ele nunca conheceu o Dr. Paulo Portas e até nem sabe quem é. E também não conheceu certamente o Dr. Passos Coelho. No entanto, estou de acordo, que quando qualquer político e principalmente quem está no governo, mente, deverá ser penalizado. Mas achar que isso alguma vez irá acontecer é ser utópico.
  • fanã
    09 fev, 2017 aveiro 19:37
    PSD-CDS , que agora são oposição , só tenho a dizer o seguinte ; "quem nunca mentiu que atire a primeira pedra !" ..........naquele hemiciclo , Santa Casa da Democracia , nunca vi nenhuma pedra voar , porque será ????. Este recado é valido para todos os Politiqueiros , não excluo nenhum .
  • PAULO
    09 fev, 2017 PORTO 19:15
    Depois do que se soube só é possível tirar as seguintes conclusões 1º O Sr Domingues mentiu ou não tem categoria/perfil para ocupar o lugar para que foi convidado . Ao apresentar aquelas condições ao governo , não reunia as condições para presidente da CGD . Assim o governo deveria ter retirado o convite e escolher outra individualidade para o cargo . Não o fazendo, o governo é cúmplice nas imposições que lhe foram feitas . 2 º As cartas / missivas , são verdadeiras e assim sendo , o ministro das finanças mentiu , 3 º Na volta quem foi maltratado foram mais uma vez os PORTUGUESES, com esta gentalha a tentar chamar-nos ESTÚPIDOS . 4º Por último , acho que temos de VARRER de vez estes pseudo intelectuais que nos dirigem
  • Ribeiro
    09 fev, 2017 Ovar 19:12
    O CDS já ganhava vergonha na cara.

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