Emissão Renascença | Ouvir Online
A+ / A-

“Caixa está a ser gerida através de SMS e de e-mails”, acusa PSD

04 jan, 2017 - 06:32

Presidente demissionário do banco público é ouvido esta quarta-feira no Parlamento.

A+ / A-

O PSD não poupa críticas ao Governo na questão da Caixa Geral de Depósitos e fala em situação “inédita e imperdoável”.

“A Caixa Geral de Depósitos – o banco público, a maior instituição financeira portuguesa – está a ser gerida através de sms e de e-mails”, afirma o coordenador do PSD na comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa.

“Temos uma situação inédita e imperdoável no banco público em Portugal. Ao que se sabe, no espaço de seis meses, é a segunda vez que a Caixa Geral de Depósitos não tem administração. Vai-se iniciar um processo de recapitalização sem que a Caixa Geral de Depósitos tenha uma administração em funções e esta é uma atitude absolutamente imperdoável e que prejudica de forma, eu diria irrecuperável, a credibilidade e a confiança no banco público português”, defendeu Hugo Soares na terça-feira, dia em que os deputados ouviram António Sousa, presidente do conselho de administração da Caixa entre 2000 e 2004.

PSD e CDS vão propor a prorrogação do prazo desta comissão parlamentar de inquérito, que deveria terminar no final do mês. Sociais-democratas e centristas pedem mais 60 dias para a conclusão dos trabalhos.

Esta quarta-feira, o PSD está concentrado na audição do presidente demissionário da Caixa, António Domingues, marcada para esta manhã na Comissão de Orçamento e Finanças.

A audição acontece depois de António Domingues ter comunicado não continuar à frente do banco público, que vai ser liderado por Paulo Macedo. De acordo com a imprensa, Domingues exigiu garantias jurídicas, através dos seus advogados, para prolongar o mandato, mas as exigências nunca foram respondidas pelo Ministério das Finanças e o responsável comunicou a saída imediata do banco.

O presidente demissionário da Caixa não será ouvido no âmbito da comissão parlamentar de inquérito à gestão da Caixa, porque os partidos à esquerda votaram contra. Foi, contudo, chamado à comissão permanente de Orçamento e Finanças.

À comissão de inquérito foi chamado o antigo governador do Banco de Portugal Vítor Constâncio, mas vai responder por escrito às perguntas.

O actual vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE) invocou a indisponibilidade para se deslocar a Portugal.

Comentários
Tem 1500 caracteres disponíveis
Todos os campos são de preenchimento obrigatório.

Termos e Condições Todos os comentários são mediados, pelo que a sua publicação pode demorar algum tempo. Os comentários enviados devem cumprir os critérios de publicação estabelecidos pela direcção de Informação da Renascença: não violar os princípios fundamentais dos Direitos do Homem; não ofender o bom nome de terceiros; não conter acusações sobre a vida privada de terceiros; não conter linguagem imprópria. Os comentários que desrespeitarem estes pontos não serão publicados.

  • CENTEMO SEM TINO
    04 jan, 2017 Lx 17:12
    O Ministro Centeno carece de ausência de tino...é uma vergonha a gestão do dossier da CGD.Triste país este com esta governação à vista e à bolina sem qualquer estratégia a não ser comprar votos dos mesmos de sempre. O Centeno e os seus secretários de estado nem para gerir uma padaria serviam quanto mais os destinos do país. Mas para o demagogo, populista, pantomineiro e vendedor da banha da cobra chamado Costa está tudo na perfeição e entretanto as taxas de juro da dívida subiram quase a bater no nº mítico dos 4 por cento...Preparem-se para nova borrasca com esta desgovernação sem rumo, sem sentido, sem orientação e que navegam à vista..
  • Dr Xico
    04 jan, 2017 Lisboa 10:59
    Não é inocente todas as polémicas em torno da CGD, nos ultimos 20 anos tem havido muitos lobys partidários a distribuir dinheiro a rodos aos amigos e a garantir empresas falidas tomadas de assalto pela CGTP (METRO, TRANSTEJO, CP, STCP...) que tinham em médias 50 dias de greve por ano com o dinheiro dos contribuintes. Para não falar nos empréstimos sem garantias aos amigalhaços da politica... Daí o anterior administrador não servir a ninguem ia meter ainda alguem na cadeia
  • Luis Santos
    04 jan, 2017 Almada 09:59
    Mas com o PSD no governo nem isso faziam, e o que estavam a fazer era desfazer ou desintegrar a CGD. Era esse o propósito, estou mais que convencido, depois de ver o que fizeram com a Fidelidade e os Serviços de Saúde, aquilo que dava lucro á CGD. Ora, se fizeram isso era porque não interessava que a CGD desse lucro e a pouco e pouco fosse á falência como já estava não era. Depois o país é que estava na bancarrota!!!!
  • CENTENO ILUSIONISTA
    04 jan, 2017 Lx 09:57
    Acho que é mais por sinais de fumo e pelos silêncios comprometedores dos kamaradas do Governo e da sua geringonça demagoga. Uma tristeza a gestão política da CGD e uma vergonha de fazer corar um cidadão honesto.Mas a verdade será descoberta e resta saber quem querem encobrir estes geringonços demagogos e populistas.
  • Fernnd
    04 jan, 2017 Porto 09:35
    Alguém me explica qual o problema em usar sms ou emails em trabalho? (Este nosso PSD está mesmo sem graça nenhuma.)
  • 04 jan, 2017 aldeia 07:48
    Este psd,continua com a sua estratégia de dizer mal de tudo e de todos.Não haverá ninguém com inteligência dentro deste partido que mude esta maneira de desfazer politica?Portugal precisa de ajudas de todos,de ideias construtivas,de melhoria de salários e de vida do povo.

Destaques V+