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Ataque na Turquia faz pelo menos 39 mortos

31 dez, 2016 - 23:10

O suspeito do atentado numa discoteca em Istambul continua em fuga. Entre as vítimas há cidadãos de Israel, Marrocos, Arábia Saudita, Líbano, Líbia e Bélgica.

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Ataque durante a noite de Ano Novo faz dezenas mortos na Turquia
Ataque durante a noite de Ano Novo faz dezenas mortos na Turquia

Pelo menos 39 pessoas morreram e perto de 70 ficaram feridas depois de um homem armado ter invadido uma discoteca de Istambul, na Turquia. A actualização do número de vítimas, que inclui estrangeiros, foi feita por Vasip Sahin.

Entre as vítimas há pelo menos cinco cidadãos da Arábia Saudita, dois libaneses e ainda pessoas de Israel, Marrocos, Líbia e Bélgica. Dos 69 hospitalizados, quatro estão em estado crítico. Segundo as autoridades portuguesas, não há portugueses nem entre os mortos nem entre os feridos.

Segundo a mesma fonte, o ataque terá sido levado a cabo por um único homem armado, depois da televisão turca NTV ter avançado com a expressão "grupo armado". Outros relatos falam também de mais do que um atacante, mas por enquanto as autoridades insistem que foi apenas uma pessoa.

Entre as vítimas mortais está um polícia e um civil que terão sido atingidos à entrada da discoteca Reina antes dos disparos indiscriminados no interior do espaço nocturno onde estariam entre 500 a 600 pessoas. A imprensa turca diz que se trata de uma discoteca frequentada habitualmente por pessoas de altqa sociedade, incluindo actores e jogadores de futebol. O Reina fica junto ao Bósforo e várias pessoas terão optado por se lançar à água no meio do pânico.

Segundo as autoridades, o atirador pôs-se em fuga após a matança e ainda não terá sido localizado.

O jornal turco Hurriyet cita o dono da discoteca, Mehmet Kocarslan, dizendo que tinham sido implementadas medidas adicionais de segurança, depois de a embaixada americana ter avisado de um possível ataque durante estes dias.

Segundo as agências de informação internacionais, as autoridades da Turquia já tinham aumentado o nível de segurança, com várias barreiras em locais estratégicos em Istambul e na capital, Ancara.

Numa declaração emitida já esta manhã, depois do ataque, o Presidente turco promete que tudo se fará para apanhar e punir os responsáveis.

Erdogan pede cabeça fria e união

"Enquanto nação, lutaremos até ao fim não só contra os ataques armados de grupos terroristas e das forças que estão por trás delas, mas também contra os seus ataques económicos, políticos e sociais", afirmou, num comunicado escrito.

"Estão a tentar criar o caos, desmoralizar as pessoas e desestabilizar o nosso país, com ataques abomináveis, que alvejam civis. Enquanto nação, manteremos a cabeça fria, unir-nos-emos e não cederemos perante estes jogos sujos", disse ainda Erdogan. Vários outros países, incluindo os Estados Unidos, lamentaram o atentado e expressaram solidariedade com a Turquia.

A Turquia tem vivido tempos de grande instabilidade nos últimos meses, com sucessivos atentados terroristas, reivindicados ora por extremistas do Estado Islâmico, ora por militantes separatistas curdos. A isto acresce uma tentativa de golpe de Estado, no Verão passado, a que Erdogan respondeu com uma limpeza em vários sectores da sociedade, e ainda o envolvimento na guerra civil da Síria, que tem tido repercussões internas. Há cerca de duas semanas o embaixador da Rússia na Turquia foi assassinado por um polícia turco que gritou palavras de ordem islâmicas antes de ser morto pelas autoridades.

[Actualizado às 15h06]

Comentários
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  • Gustavo
    01 jan, 2017 Odeceixe 22:35
    Continuam a morrer pessoas por tudo o mundo por causa do ódio, no entanto para os senhores da RR é com grande alívio que não há portugueses entre as vítimas. Sr jornalista, tem que mudar o disco!
  • Francisco Rodrigues
    01 jan, 2017 Algés 16:42
    palavras de ordem islâmicas ? ? ? RR a esconder e censurar VERDADE.... para branquear a SELVAJARIA ISLÂMICA.. o polícia assassino gritou: ALÁ É GRANDE
  • 01 jan, 2017 Alverca 11:44
    Não temos governantes a altura ! a partir de quando se vão respeitar as fronteiras ? as religiões ? as Pessoas ?
  • Redolfo
    01 jan, 2017 Lisboa 10:49
    Mais um....

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