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​Cerca de 15 mil jovens esperados no encontro anual Taizé

27 dez, 2016 - 20:13

Este ano, o encontro decorre em Riga, na Letónia. É a primeira vez que se realiza num país da antiga União Soviética.

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A comunidade cristã Taizé reúne-se esta quarta-feira em Riga, na Letónia, para cinco dias de convívio, partilha de experiências e oração.

Este ano, o 39.º encontro ecuménico tem como pano de fundo o “difícil contexto que a Europa actualmente enfrenta”. Os participantes serão desafiados a “deixar uma mensagem de paz e de reconciliação”, explica o serviço de comunicação de Taizé

Fundada em 1940 pelo irmão Roger na região montanhosa de Taizé, em França, a comunidade atrai milhares de jovens. O evento deste ano junta cerca de 15 mil pessoas em Riga.

É a primeira vez que o encontro tem lugar num antigo membro da União Soviética. “É único para nós e é extremamente interessante que o encontro surja a convite de várias Igrejas: da Igreja Luterana, que é a maior, a Católica, a Igreja Ortodoxa e a Igreja Baptista juntaram-se para nos convidar a vir animar este encontro a Riga”, afirma à Renascença o irmão David, o único português pertencente à comunidade.

Cerca de uma centena de jovens portugueses estarão em Riga. “Um autocarro que sai do Algarve para ir a Riga e percorrer quatro mil quilómetros é qualquer coisa”, salienta o irmão David.

João Cabral é o líder do grupo de portugueses que partiu este domingo em direcção à Letónia. Na base desta deslocação está o respeito pelas outras confissões religiosas. “É isso que aprendemos: a respeitar os protestantes, os evangélicos, os ortodoxos como sendo nossos irmãos”, diz João Cabral, que destaca o “espírito aberto” dos participantes.

A importância da "simplicidade"

Todos os anos, durante os encontros, o irmão Allois, prior da comunidade, passa uma mensagem aos jovens. Em Riga, o foco será o espírito de entreajuda com base nas pequenas acções.

“O irmão Allois vai insistir na simplicidade. Não é preciso elaborarmos grandes projectos, grandes teorias, mas aquilo que temos podemos colocar ao serviço dos outros”, afirma o irmão David. “É possível fazer algo importante e algo que nos faz avançar.”

É tempo de "mostrar com palavras e actos que o mal não tem a última palavra na História”, afirmou o Papa Francisco numa mensagem aos participantes do encontro.

No texto, o Papa desafia os mais novos a irem ao encontro do tema do evento, centrado na esperança, e a “trilharem o caminho do futuro com alegria”, desenvolvendo “talentos e capacidades para o bem de todos”.

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