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Máfia do sangue. PGR esclarece detenção de Lalanda de Castro

15 dez, 2016 - 20:07

Ex-patrão da Octapharma foi detido na Alemanha e agora Portugal quer que o suspeito seja entregue às autoridades nacionais.

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A investigação “O negativo”, que segue pistas de ilícitos cometidos na venda de plasma aos hospitais públicos, fez uma nova detenção. Procuradoria deixou esclarecimentos sobre o caso.

Depois de Cunha Ribeiro, ex-presidente do INEM, esta quinta-feira foi a vez de Paulo Lalanda de Castro, que até há pouco tempo foi o representante máximo da farmacêutica Octapharma, empresa que, durante vários anos, teve o monopólio do plasma em Portugal.

Lalanda de Castro foi detido em Heidelberg, na Alemanha, e agora Portugal quer se seja enviado às autoridades nacionais.

De acordo com a Procuradoria-Geral da República tinha sido emitido um mandato de detenção europeu e cabe agora às autoridades alemãs decidirem entregar, ou não, o suspeito à justiça portuguesa.

O suspeito pode manifestar oposição a essa entrega, mas ainda não se sabe se esse será o caso.

Se houver consentimento: o prazo para execução deste mandado europeu e envio para Portugal deve ficar resolvido em 10 dias a partir do consentimento. Se não houver consentimento começa a partir de hoje a contar um prazo de 60 dias para a decisão definitiva das autoridades alemãs.

Se for entregue a Portugal

Se for entregue ao nosso país, Lalanda de Castro é apresentado ao Ministério Público num prazo de 48 horas após a sua chegada e ouvido pelo juiz de instrução para se lhe serem aplicadas as medidas de coacção.

A nota da Procuradoria-Geral da República esclarece que se investigam suspeitas de que Lalanda de Castro e um funcionário da área da saúde, leia-se Cunha Ribeiro, terão acordado beneficiar a Octapharma usando as funções e influência de cada um.

Em causa estará a prática de actos de corrupção activa e passiva, recebimento de vantagens e branqueamento de capitais.

Este caso conta com cinco arguidos: Cunha Ribeiro, dois advogados, a presidente dos hemofílicos de Portugal e Lalanda de Castro.

Em causa um alegado esquema de corrupção na venda de plasma aos hospitais portugueses.

Comentários
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  • Maus tempos
    16 dez, 2016 Pinhão 13:31
    Se isso se concretizasse era um erro crasso. O passado fala por si. Toda a gente se lembra do que foi retirado aos reformados,pensionistas e funcionários públicos. Os impostos foram tais que sacrificaram os portugueses de uma forma dramática. Muitos cidadãos viram-se forçados a emigrar para procurarem melhores condições de vida.Feriados cortados, ordenados reduzidos, desemprego . Uma austeridade que só causou os maiores problemas. A banca e os grandes grupos económicos foram os beneficiados.

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