02 dez, 2016 - 15:03
A TAP está a ser investigada em Espanha por ter pedido prioridade na aterragem em Santiago de Compostela por emergência de combustível, num voo Funchal-Porto. A companhia aérea garante que nunca esteve em causa a segurança da operação.
De acordo com a Comisión de Investigación de Accidentes e Incidentes de Aviación Civil (Comissão de Investigação de Acidentes e Incidentes de Aviação Civil), "uma vez em contacto com aproximação a Santiago [de Compostela] a tripulação declarou 'mayday' por emergência de combustível, uma vez que a estimativa de gestão de combustível indicava que iam aterrar com uma quantidade abaixo dos 989 quilogramas estabelecidos no plano de voo operacional como reserva final".
Em declarações à Renascença, fonte da TAP explica, naquele voo em 10 de Outubro, que não foi possível
aterrar no Porto devido às condições meteorológicas.
Vigo, o aeroporto mais próximo, já tinha excedido a capacidade, o que obrigou a tripulação a recorrer à segunda opção: Santiago de Compostela.
Neste esclarecimento à Renascença, a transportadora aérea nacional garante que "foram cumpridos todos os protocolos" e "em momento nenhum esteve em causa a segurança da operação".
A empresa defende a actuação dos pilotos e sublinha que avião tinha mais combustível do que o minimamente exigido pela regulamentação internacional.
A declaração de emergência de combustível foi declarada por imposição legal, porque é obrigatório sempre que qualquer voo preveja aterrar com combustível abaixo de 30 minutos de voo. A TAP esclarece que o avião aterrou com combustível para voar mais 29 minutos.
De acordo com a comissão espanhola que investiga o caso, o Airbus A-319, com matrícula CS-TTD, 75 passageiros e seis tripulantes ,aterrou "sem contratempo" na pista 35 do aeroporto de Santiago, "com 962 quilogramas de combustível".
Contactada pela Lusa, fonte oficial da organismo espanhol disse que a investigação se iniciou no dia da ocorrência, em 10 de Outubro, recusando dar mais informação até à publicação do relatório final.
Segundo o relatório preliminar deste organismo, "a tripulação considerou o aeroporto de Vigo como a primeira alternativa [ao aeroporto do Porto] e ajustou a gestão de combustível em função deste planeamento, vigiando a situação meteorológica deste aeroporto", depois de frustrada a tentativa de aterragem no Porto devido às más condições de visibilidade.
A tripulação do voo da TAP foi então informada de que o aeroporto de Vigo estava completo, sem capacidade de estacionamento, pelo que deveriam seguir para Santiago de Compostela.