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Rússia quer situação de Alepo resolvida até ao final do ano

30 nov, 2016 - 09:25

Novo bombardeamento causou, esta quarta-feira, mais de 45 mortos e 50 mil deslocados. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

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O vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia Mikhail Bogdanov disse, esta quinta-feira, que espera que a situação de Alepo esteja resolvida até ao final deste ano, avança a agência russa RIA.

“Nós esperamos que isso aconteça, claro”, declarou Bogdanov quando questionado sobre se a situação da cidade síria encontraria uma solução ainda em 2016.”Temos que derrotar estes terroristas e fazer com que eles saiam de Mosul e de Raqqa”, acrescentou o vice-ministro.

Nos últimos dias, a Rússia tem estado em contacto com a equipa de Trump a fim de encontrar uma solução para Alepo. Mas, de acordo com um dirigente da aliança pro-Damasco, as forças russas pretendem retirar os rebeldes da cidade antes da tomada de posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos da América.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pressionou a Rússia, esta terça-feira, para permitir a entrada da ajuda humanitária no leste de Alepo, que está sob o domínio de militantes contra Bashar al-Assad. As nações Unidas esperam luz verde da Rússia e do Governo sírio desde a passada semana.

Um bombardeamento no leste de Alepo, esta quarta-feira, piorou a situação da cidade síria. O conflito resultou em 45 mortos, dizem os serviços de resgate à Reuters. Segundo a Defesa Civil, dezenas de pessoas estão feridas. A maioria das vítimas são mulheres e crianças.

Mais de 50 mil pessoas foram deslocadas, acrescenta o Observatório Sírio para os Direitos Humanos. A informação dita um quadro preocupante, já que o Comité Internacional da Cruz Vermelha tinha informado, na passada terça-feira, o deslocamento de 20 mil pessoas na mesma zona.

A possível conquista de Alepo pela aliança das forças russas e de Assad vai permitir ao actual presidente da Síria recuperar o controlo dos maiores centros populacionais da parte ocidental do país.

De acordo com a informação do Governo russo, os rebeldes já perderam metade do território que controlavam, desde 2012, na parte leste da cidade. Espera-se que o próximo território a disputar contra os grupos que combatem o regime de Damasco seja Idlib.

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