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O mundo reage à morte de Fidel Castro

26 nov, 2016 - 11:00

Fidel Castro, o histórico líder de Cuba, morreu esta sexta-feira aos 90 anos.

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Fidel Castro, o histórico líder de Cuba, morreu esta sexta-feira aos 90 anos. Várias já foram as reacções e condolências apresentadas por diversos líderes políticos mundiais.

O Governo português lamentou a morte de Fidel Castro sublinhando que é uma figura que "marcou o século XX" e que a "a história avaliará" o seu papel. "O Governo português apresenta as condolências ao presidente Raul Castro, à família e a todo o povo cubano", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. "É uma personalidade histórica de Cuba cuja morte devemos lamentar", considerou, referindo que "a história avaliará os méritos e os deméritos do papel de Fidel Castro e da natureza do regime".

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, enviou "sinceras condolências" ao presidente Raúl Castro e ao povo cubano pela morte de Fidel Castro, com quem se encontrou há um mês. "No momento em que tomo conhecimento do falecimento do antigo chefe de Estado Cubano, quero expressar as minhas sinceras condolências ao Presidente Raúl Castro Ruz e ao Povo Cubano", disse. "Evoco, ainda, o encontro havido há um mês, em que falámos das relações entre Portugal e Cuba, na perspetiva do seu aprofundamento económico, social e cultural, num mundo em mudança", salienta.

A embaixadora de Cuba em Portugal, Johana Tablada de la Torre, considerou que Fidel Castro "fez do mundo um lugar melhor". Referiu que sente "uma profunda admiração, gratidão e orgulho pelo contributo de Fidel Castro para Cuba e, também, para a América Latina", assim como para as "melhores causas da Humanidade, como a Paz, a luta contra as desigualdades sociais, a promoção da solidariedade e a defesa do planeta".

O Presidente eleito norte-americano Donald Trump reagiu de início com um simples "tweet" dizendo: "Fidel Castro morreu!". Mais tarde, emitiu um comunicado oficial onde comentou a morte de um "ditador brutal".

O antigo líder soviético Mikhail Gorbachev saudou Fidel Castro, que chegou aos 90 anos para “fortalecer” a sua nação. “Fidel levantou-se e fortaleceu o seu país durante o mais severo bloqueio norte-americano, quando houve uma pressão colossal sobre si e ainda assim levou o seu país para fora deste bloqueio, num caminho de desenvolvimento independente”, disse Gorbachev, citado pela agência de notícias Interfax.

O presidente russo, Vladimir Putin, reagiu também à morte do aliado histórico da Rússia, considerando que Fidel era o “símbolo de uma era” e um destacado estadista.

Para o Presidente francês, François Hollande, Fidel “encarnava a revolução cubana, nas esperanças que esta despertou, mas também nas desilusões que provocou”. François Hollande, que esteve com o líder histórico cubano em 2015, destacou ainda “a figura do século XX, um actor da guerra fria” que terminou com o desmantelamento da União Soviética.

Enrique Peña Nieto, presidente mexicano, lamentou no Twitter a morte de Fidel, “líder da revolução cubana” e “figura emblemática do século XX”. Para o presidente, “Fidel foi amigo do México, promotor de uma relação bilateral baseada no respeito, no diálogo e na solidariedade”.

O Governo indiano lamentou a morte de Fidel Castro, líder que lembra como um "grande amigo" do país e "uma das figuras mais icónicas do século XX". "Envio as minhas mais profundas condolências ao Governo e ao povo de Cuba pelo triste desaparecimento de Fidel Castro. Que a sua alma descanse em paz", escreveu o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, na conta da rede social Twitter, onde descreveu a morte do líder cubano como um "momento trágico".

Nicolás Maduro, presidente venezuelano, fala da "imortalidade dos que lutaram toda a vida" no Twitter, onde escreve "Hasta la Victoria Siempre".

A China e o Vietname, dois dos últimos estados comunistas do mundo, lamentaram a morte de Castro. A imprensa estatal de Hanoi lamentou a morte de “um verdadeiro amigo e camarada, símbolo do verdadeiro internacionalismo na luta pela independência das nações”.

A televisão central chinesa (CCTV) emitiu um comentário a explicar que Cuba foi “o primeiro país do hemisfério ocidental” a estabelecer laços diplomáticos com Pequim. “Fidel admirava Mao Tsé Tung e lamentava nunca tê-lo conhecido”, acrescentou o comentário, descrevendo os dois países como “bons camaradas”. O Presidente chinês, Xi Jinping, disse que "o camarada Castro viverá para sempre".

O ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Boris Johnson, disse no Twitter que "a morte de Fidel Castro marca o fim de uma era para Cuba e o início de uma nova para o povo cubano".

A ex-presidente brasileira Dilma Rousseff refere-se a Fidel como um “visionário que acreditou na construção de uma sociedade fraterna e justa” e descreve a sua morte como motivo de "luto e dor".

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, afirmou que com a morte do histórico líder cubano Fidel Castro o "mundo perde um herói para muitos" e que o seu "legado será julgado pela História". Já a comissária europeia do Comércio, a sueca Cecília Malmstrom, reagiu no Twitter dizendo " Fidel era um ditador que oprimiu o seu povo durante 50 anos. É estranho ouvir tantos tributos nas notícias".

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que a Casa Branca estende a "mão da amizade" ao povo cubano depois da morte de Fidel de Castro.Barack Obama referiu também que enquanto presidente "trabalhou arduamente" para abrir um novo capítulo nas relações entre os Estados Unidos e Cuba. Barack Obama disse que a História julgará o impacto de Fidel Castro tanto no seu país como no mundo.

[Em actualização]

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  • Eborense
    26 nov, 2016 Évora 11:40
    Queres ser bom, "morre ou vai-te".

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