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Mortes nos Comandos. Militares suspeitos de abuso e ofensa à integridade física já estão na prisão de Tomar

17 nov, 2016 - 10:31

Caso remonta a Setembro. Um director da prova, um médico e cinco instrutores, do 127.º curso, vão ser interrogados já como arguidos.

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Os sete militares do curso de Comandos detidos esta quinta-feira no âmbito da investigação ao caso das mortes ocorridas no curso de Comandos foram transferidos para o Estabelecimento Prisional Militar de Tomar, onde "já se encontram", disse à Lusa o porta-voz do Exército, Vicente Pereira. Segundo o mesmo responsável, trata-se do único Presídio Militar existente no país.

Os detidos aguardam primeiro interrogatório judicial no decurso do inquérito dirigido pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa.

Os militares foram detidos de manhã, numa acção da Polícia Judiciária Militar (PJM) e do Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, que tutela o inquérito.

De acordo com o comunicado da Procuradoria-geral da República (PGR) os detidos são o director de prova, cinco instrutores e um médico. "Estes militares são suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física", lê-se na nota. "Além dos sete visados pelos mandados de detenção, o processo tem dois outros arguidos constituídos, também estes militares".

A PGR acrescenta que as investigações prosseguem, estando causa em factos susceptíveis de integrarem crimes de omissão de auxílio.

Os detidos vão ser interrogados já como arguidos e, depois, encaminhados para o estabelecimento prisional de Tomar, avança a SIC Notícias.

Dois militares morreram e vários outros receberam assistência hospitalar, a 4 de Setembro, durante o 127.º Curso de Comandos.

Além do processo de averiguações interno aberto pelo Exército, que ditou estes dois processos disciplinares, as mortes estão ainda a ser investigadas pelo Ministério Público e pela Polícia Judiciária Militar.

Para além deste inquérito, decorre uma inspecção técnica extraordinária que incide sobre os referenciais do curso e o processo de selecção. Até estar concluída, está suspensa a realização de mais cursos.

De acordo com o Exército, depois de vários pedidos de desistência e eliminações, permanecem no 127.º Curso de Comandos 30 dos 67 formandos iniciais.

[Notícia actualizada às 11h42]

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  • Ram
    20 nov, 2016 lisboa 12:26
    1-há algum historial de vidas perdidas em anos anteriores nesta unidade ou outras unidades de portugal ? 2-que medidas preventivas foram então com rigor tomadas para se evitar perdas de vidas? 3-como tudo na vida existe ética da vida o que ama o universo e seu semelhante e ética da morte o sem ética [ e porquê? porque este não tem ética da vida ?].Então há que fazer cumprir a ética da vida, não é verdade? Os verdadeiros instrutores zelam pela vida dos instruendos.Esses são verdadeiros militares.Então algo está errado que vem favorecendo a morte e não a vida nos cursos de instrução militar. Observe-se as alíneas em baixo nº4,nº5,nº6,nº7[leis militares que protejam os instruendos de abuso dos instrutores e testes para todos de avaliação psicológica] 4-os instrutores nesta unidade ou outras unidades do estado português fazem testes psicotécnicos ou testes de avaliação psicológica para se avaliar a sua condição mental ? 5-aquando da instrução os instruendos têm conhecimento de alguma lei que possam dizer não a ordens negativas que ponham em risco a sua vida por parte de instrutores? E os instrutores têm conhecimento das leis militares? 6-os instrutores têm alguma equipa de instrutores incorporados também nos exercícios militares que possam proteger os instruendos de qualquer ordem negativa de parte de outros instrutores? relembrando tão simples como: sr instrutor voçê não pode dar essa ordem ao instruendo- lei nº…… 7-os instrutores e médicos militares têm formação rigorosa das leis de condição militar e alguma vez fizeram testes psicotécnicos ou testes de avaliação psicológica para avaliar a sua condição mental de aptos ou inaptos para o desempenho no curso de instrutores militares e apoio médico militar.
  • Miguel Botelho
    18 nov, 2016 Lisboa 14:51
    J. Simões, este caso nada tem a ver com campanhas para acabar com os comandos. Trata-se de apurar a verdade, algo que essa organização militar tem vindo a esconder até agora.
  • J. Simões
    17 nov, 2016 Lisboa 19:20
    A "esquerdalha" e os seus "patronos" estão sempre à espreita para denegrir a "organização" militar. A campanha para acabar com os comandos continua. Eles querem "vingar" o 25 de Novembro!
  • ferreira
    17 nov, 2016 aveiro 19:16
    Para considerar algumas questões. Direi quem não serve ou não pode deve ser eliminado e assunto arrumado. Morrer só em combate se isso vier a acontecer e lamentar-se.
  • Ex furriel miliciano
    17 nov, 2016 Fnc 17:54
    Os Comandos são uma tropa de elite e como tal aqueles que os integram têm de contar e sabem de antemão que irão deparar-se com situações e provações extremas. Por isso só integram as fileiras deste contingente especial voluntários, o que no caso já eram todos eles militares. Os melhores exemplos de fraternidade, de lealdade, de integridade, de disciplina, de seriedade, de rigor encontramo-los no Exército Português! Há excepções? Claro que sim mas em tudo na vida há excepções! Não se tenha a ousadia de tomar a árvore pela floresta, pelo que sim, os Comandos são e serão uma unidade de elite intocável, inabalável com os mais altos serviços prestados à Nação e como tal não devem ser beliscados nem alvo de querelas políticas! Nem se deve em circunstância alguma colocar a sua existência em questão! O Exército Português onde estão e muito bem os Comandos são um exemplo para a sociedade! A Instituição Militar é o garante da lei fundamental, da Constituição, de Portugal!
  • Hugo Mendes
    17 nov, 2016 Pombal 17:50
    Caro Paulo poderias me esclarecer a razão de titulares os paraquedistas de forças especiais?!
  • Ah pois é!
    17 nov, 2016 Lisboa 17:34
    Os agora detidos, respondem e cumprem ordens de superiores, os quais aprovam os planos de treino e capacitação dos cursos. Assim, quem manda deve ser o primeiro a assumir as responsabilidades. Refiro-me a toda a estrutura da hierarquia do exército. Por isso, mandemos o CEM Exercito para a RUA e deve responder pelo acontecido, em tribunal!
  • Jose Moutinho
    17 nov, 2016 Porto 15:13
    Os senhores responsáveis devem pagar pelos erros cometidos. Não se admite termos um filho e este morrer por uns senhores com a mania que são maus. No entanto neste Pais falta ir muita gente pagar pelos seus erros. Estes são arraia miúda. Mas há políticos Presidentes de câmara Juízes e outros malandros que roubaram e continuam a roubar e nada lhes acontece. Por exemplo Dias Loureiro, Sócrates, Duarte Lima, Armando Vara, Soares etç etç.
  • Luis
    17 nov, 2016 Lisboa 14:09
    IMPERADOR. Deves ser o mais mau da tua rua. Vi gajos com a tua especialidade a chorar e todos borrados de medo quando elas caiam. Como não sabes o que é isso arrotas postas de pescada.
  • IMPERADOR
    17 nov, 2016 cmtgveloso@iol.pt 13:54
    Quando foram para os comandos sabiam exactamente para o que iam. Porque é que foram? Não existem culpados nas forças especiais existem parametros que têm que ser cumpridos, para fofuras basta a tropa macaca. Ex Ranger "Que os muitos por ser poucos nam temamos"

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