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Entrevista

Presidente da Associação Portuguesa de Bancos. Novo Banco estará “solucionado” até ao final do ano

17 nov, 2016 - 00:02 • Raquel Abecasis (Renascença) e Vítor Costa (Público)

Em entrevista à Renascença e ao “Público”, Faria de Oliveira diz que futuro dono do Novo Banco deve ser “o mais credível possível”.

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O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) acredita que até ao final do ano haverá uma solução para o Novo Banco, cujo processo de venda ainda decorre.

“Tenho a convicção de que até ao final do ano poderemos ter notícias no sentido de ver este problema solucionado, pelo menos uma negociação que permita chegar a um resultado positivo”, afirma Faria de Oliveira em entrevista à Renascença e ao “Público”.

O antigo governante e antigo líder da Caixa Geral de Depósitos (CGD) não esconde que sempre defendeu uma solução mais rápida para a venda do Novo Banco, mas salienta que o importante é que o futuro accionista seja “uma entidade o mais credível possível de maneira a reforçar o sistema bancário português”.

Os fundos de investimento Apollo e Centerbridge, Lone Star e o banco China Minsheng apresentaram no dia 4 de Novembro novas ofertas vinculativas de compra do Novo Banco.

Já o BCP informou o Banco de Portugal que se mantém disponível para continuar a avaliar o dossiê, mas sem se comprometer. E o BPI ter-se-á afastado do processo. No mesmo dia, o Banco de Portugal afirmou, em comunicado, que tinha recebido cinco propostas, sem as identificar.

Assim, se tudo correr conforme o previsto, o novo accionista de controlo do Novo Banco sairá de uma lista restrita: Apollo/Centerbridge, Lone Star e China Minsheng, os que avançaram com propostas vinculativas. Ou seja, o novo proprietário do Novo Banco ou será norte-americano ou chinês.

“Ruído é muito negativo para a Caixa e para o sector bancário"
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  • Mais um pantâno
    17 nov, 2016 Porto 18:27
    Metam a mão na consciência. Parece-me que a governação se transformou num desleixo.
  • Uma vergonha
    17 nov, 2016 Lisboa 10:26
    Um banco público tem que dar confiança às pessoas . Demonstrar que afinal não representa nada , sem a recapitalização, sem auditoria . Privados a gerir um banco público com se prova que os resultados foram nulos. Se ganha muito dinheiro é isso que faz com que seja o melhor dos melhores. É preciso acabar com o clientelismo , simpatias a política. Se continuarmos neste caminho a Caixa será mais uma das coisas a juntar a outras que os governos já venderam.

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