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PS foi surpreendido pelo anúncio do novo imposto, mas intervenção de Mortágua foi “pior"

20 set, 2016 - 14:38 • Susana Madureira Martins

Deputados socialistas foram alertados pelo Governo para a necessidade de dar explicações relativas ao imposto global sobre o património. A intervenção da vice-presidente da bancada parlamentar do BE, no sábado, acabou por dar larga margem para os ataques da oposição, comentadores e analistas.

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O grupo parlamentar do PS foi surpreendido pelo anúncio do imposto global sobre o património, que estava a ser negociado entre o Bloco de Esquerda, o PS e o Governo, mas entre os socialistas considera-se que a intervenção de Mariana Mortágua na conferência socialista de sábado foi “pior”, no sentido em que deu mais margem para os ataques da oposição e da opinião publicada.

A Renascença sabe que, após uma aparente fuga de informação, terá sido o próprio Governo a dar ordem ao PS para o partido se mostrar disponível para dar explicações sobre os moldes do novo imposto .

A partir daí a esquerda multiplicou-se nessas explicações, com o PS, pela voz de Eurico Brilhante Dias, a insistir sempre que o valor a partir do qual haverá pagamento de imposto não estava fechado. Algumas fontes ligadas ao processo notam que no próprio dia do anúncio, quinta-feira, não houve grande oposição por parte do PSD e do CDS, que reagiram mas sem violência.

As mesmas fontes assinalam à Renascença que aquilo que provocou mais barulho e fez aumentar a contestação foi a intervenção da vice-presidente da bancada parlamentar do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, no sábado, na conferência socialista, onde faz desafio ao PS para uma maior justiça fiscal e taxar as grandes fortunas - apelo que teve resposta positiva por parte do Primeiro-ministro no encerramento da mesma conferência.

Os socialistas também insistem que não há motivo para grande surpresa em relação ao novo imposto sobre o património, tendo em conta que no Programa de Estabilidade já consta esta proposta com um valor na ordem do milhão de euros. Esse é também o valor apontado pelo PCP, que há anos tem propostas no mesmo sentido em que irá este novo imposto.

As simulações com vários números continuam a ser feitas e o que nos dizem é que até à apresentação do Orçamento do Estado em Outubro não vai haver um número definitivo. Ou seja, todos os valores que forem entretanto atirados para a praça pública podem estar a ser testado, mas não estão fechados.

Comentários
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  • A LAMA EM QUE VIVEMO
    22 set, 2016 CEIRA 22:05
    BOLCHEVISMO EM EM PORTUGAL. O PAI DA MORTÁ FOI AMNISTIADO PELO MÁRIO SOARES DAS FP .
  • sa
    22 set, 2016 csd 15:18
    Não estais a gostar?... É bem feito. Carrega Kosta!
  • Á procura de votos
    21 set, 2016 Lisboa 17:29
    Subvenções vitalícias, deputados a mais no parlamento. deputados a tempo inteiro ,assessorias e muitas mordomias Devia pensar em que se reduzisse estas coisas e não ir à carteira dos outros.Parcerias público privadas,fundações . A recapitalização da CGD não passa de meras palavras. Quem deitou a mão ao dinheiro? Não há culpados?
  • amorabe
    21 set, 2016 Gondomar 17:03
    Menina Mariana Mortágua, temos de perder a vergonha de ganhar dinheiro e criar riqueza honestamente; penso que deveria ser este o seu pensamento, pois é o que acontece em qualquer país civilizado no mundo...; permita-me aconselha-la a aplicar os seus brilhantes conhecimentos sobre economia, na redução dos custos do Estado, quer a nível de subsídios vitalícios, quer a nível de múltiplas reformas, quer a nível de acessorias e outros.
  • Estamos mal servidos
    21 set, 2016 Seixal 15:44
    Vamos passar a ser todos pobres com a mania da igualdade como o tretas do Passos apregoava. Agora é a Mortá Depois não há comer para ninguém . Começa uma guerra civil .Os que tinham dinheiro fugiam e os pobres ficam cá a levar com as bombas . Parece que estes políticos acham que ainda há poucos refugiados. O parlamento é para ter gente a tempo inteiro e não poderem tocar a todos os carrinhos.
  • Rua já
    21 set, 2016 Avelãs 08:37
    Tirar sem autorização das pessoas é um roubo. Um político que fala em tirar merece ser logo posto na rua.
  • Um falhanço
    21 set, 2016 Aveiro 08:29
    Tirar dinheiro? Isto é que é governar? Tudo isto não passa de uma canalhice. O ps não pode alinhar em ideias macabras . Ou voltamos ao terror que o comunismo impôs em Portugal depois do 25 de abril com a reforma agrária e assaltos aos ourives.
  • Políticos ou amadore
    21 set, 2016 Porto 08:19
    Os políticos não têm sabido governar o país. Com tantos impostos que exigem às pessoas com demasiados sacrifícios que isso implica náo conseguem endireitar as finanças por mais balelas que digam - Quando chegarem ao próximo resgate as acusações sucedem-se e a culpa é coisa que não existe. Esta governação está a descambar a olhos vistos. Tudo é muito fantasiado .
  • Políticos?
    21 set, 2016 Lisboa 08:07
    Em Portugal no qual não há perspetivas futuras se as pessoas não pensarem em poupanças . Agora uma política a dizer que vai tirar dinheiro . Em qualquer país civilizado não é coisa que se diga nem que se faça. Tenha mas é vergonha naquilo que disse. Ladrões já temos tido muitos.
  • Redolfo
    20 set, 2016 Lisboa 23:53
    Sempre se ensinou ás pessoas fazer poupanças desde pequeno, de maneira que tenham reservas para dias mais difíceis e para situações imprevistas. Agora vem esta ladra dizer para se perder a vergonha e tirar o dinheiro áqueles que seguiram este principio básico das poupanças. É uma vergonha o que se está a passar em Portugal

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