05 set, 2016 - 11:24
O CaixaBank não comenta o que considera ser "especulações" sobre uma eventual retirada da Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o BPI. Contactado pela Renascença, o banco espanhol limita-se a dizer que "não faz comentário sobre especulações".
Em causa está a notícia avançada esta segunda-feira pelo jornal espanhol "El Confidencial" que, citando fontes não identificadas, dá conta da possível retirada da OPA sobre o BPI. O processo arrasta-se há demasiado tempo, e segundo o El Confidencial, os catalães “fartaram-se” das palavras do regulador e do governo e a providência cautelar do grupo Violas foi a gota de água.
O banco catalão teme a demora da decisão judicial desencadeada pelas providências cautelares e não vê que haja vontade política por parte do Governo em romper com Isabel dos Santos, dona da Santoro Financioal, accionista de referência do BPI.
O BPI contestou, no final de Agosto, as duas providências cautelares, destinadas a suspender a eleição dos novos elementos da mesa da assembleia-geral do BPI e a impedir a votação da proposta de desblindagem de estatutos apresentada pela administração do banco português.
Os títulos do BPI lideram, esta segunda-feira, as perdas no principal índice da bolsa portuguesa, com quedas a mais de 3% em Lisboa.
A OPA sobre o BPI foi confirmada pela CaixaBank a 18 de Abril de 2016. Trata-se de uma oferta de 1,113 euros em numerário sobre todas as 55,9% das acções que não controla no banco BPI. O CaixaBank detém, actualmente, 44,1% do capital do BPI. O preço pressupõe uma avaliação do BPI em 1.622 milhões de euros.
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