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Estado Islâmico expulso da zona de fronteira com a Turquia

04 set, 2016 - 19:11

A informação está a ser avançada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos, uma ONG que acompanha a situação no terreno.

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As forças turcas e os rebeldes sírios expulsaram os terroristas do autoproclamado Estado Islâmico (EI) da última posição que ocupavam na fronteira sírio-turca.

A informação é avançada pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

"O EI perdeu todo o contacto com o mundo exterior depois de ter perdido as últimas aldeias fronteiriças entre a ribeira Sajour e [a localidade de] Al-Raï", precisou o OSDH.

Segundo o observatório, "rebeldes e facções islâmicas apoiados por tanques e pela aviação turca" tomaram várias aldeias junto à fronteira "depois de o EI ter retirado delas, pondo fim à presença do EI (...) na fronteira".

Este avanço ocorre depois de a Turquia ter lançado uma operação com o nome de "Escudo do Eufrates" a 24 de Agosto, dizendo que tinha como alvos tanto o grupo extremista Estado Islâmico (EI) como as forças sírias curdas que têm sido fundamentais para expulsar os jihadistas de outras zonas da fronteira sírio-turca.

A milícia curda YPG (Unidade de Protecção do Povo Curdo, braço armado do PYD) tem sido um aliado crucial da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos contra o EI e tem recuperado na Síria grandes parcelas de território que estavam nas mãos do grupo extremista.

Mas Ancara considera o YPG uma "organização terrorista" e está alarmada pela sua expansão ao longo da fronteira, temendo a criação de uma região curda semi-autónoma contígua, no norte da Síria.

A perda da área junto à fronteira turca privará o EI de um ponto de passagem essencial para recrutas e abastecimentos, mas o grupo terrorista continua a deter território tanto na Síria como no Iraque.

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  • António Costa
    05 set, 2016 Cacém 09:39
    Foram os rebeldes sírios que formaram o Estado Islâmico. O auxilio à "oposição" síria sempre chegou através da Turquia/ EUA. O EI foi longe demais e os grupos que o formam vão apenas "regressar" aos grupos originais donde partiram. Tal como nas antigas colónias portuguesas a guerrilha é abastecida a partir de "santuários" no outro lado da fronteira. Sem esse apoio não se "aguenta". Toda a gente o sabe e os portugueses que viveram a guerra colonial ainda mais. O terrorismo islâmico não precisa do EI para nada, tal como quem viveu a tragédia do World Trade Center bem o sabe.

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