25 ago, 2016 - 15:07 • Cristina Branco
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O presidente da Câmara de Tondela, José António Jesus, pede que o apoio que for desencadeado este ano seja alargado às povoações da cidade beirã.
O autarca de Tondela, um dos concelhos mais atingidos pelos incêndios do trágico Verão de 2013, lamenta o que em 2013 não tenha chegado qualquer ajuda às famílias afectadas pelo fogo, apesar das promessas. Nesse ano, as chamas consumiram 6.123 hectares.
“São populações que perderam grande parte do potencial produtivo, que tiveram danos directos na actividade económica e na economia familiar. Não percebo porque não existe uma absoluta equidade neste assunto”, afirma José António Jesus à Renascença.
O autarca defende o rápido apoio às vítimas do incêndio do Caramulo. “É um acto elementar de justiça e equidade. O que interessa é saber que nós vivemos num estado de direito que tem regras iguais e que devem ser aplicadas da mesma forma. Situações idênticas devem ter avaliações idênticas”, sustenta.
José António Jesus afirma que cabe ao Governo “encontrar os meios e os recursos para tal". "Se são do Orçamento do Estado ou de apoios comunitários, para o cidadão é irrelevante”, vinca.
O levantamento dos prejuízos, de milhares de euros, feito há três anos por ordem do Governo, ficou sem resposta. As povoações perderam terras, alfaias agrícolas, animais e áreas de pastorícia, em muitos casos a única forma de rendimento.
Há três anos, o concelho de Tondela registou um total de área ardida de 6.123 hectares.