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Incêndios. Situação na Madeira está "perfeitamente controlada", diz Miguel Albuquerque

09 ago, 2016 - 17:27

O Governo Regional agradece as ofertas de ajuda, mas entende que, “neste momento, a região tem os meios necessários”.Há relato de um ferido grave e 170 pessoas que foram atendidas no hospital devido a inalação de fumo e outras questões associadas.

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O presidente do Governo da Madeira afirmou, esta terça-feira, que a situação dos incêndios que deflagraram na segunda-feira na ilha da Madeira está “perfeitamente controlada” e “relativamente consolidada”, apesar de se manterem as condições meteorológicas propícias à propagação do fogo.

“Pensamos que a situação está perfeitamente controlada”, disse Miguel Albuquerque, pouco depois das 16h00, numa conferência de imprensa realizada para efectuar o segundo balanço do dia do executivo sobre os incêndios.

Albuquerque agradeceu publicamente o telefonema que recebeu da ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, ao início da tarde, “disponibilizando todos os meios caso a situação se agrave”, e o contacto do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Porém, assegurou que, “neste momento, a região tem os meios necessários”.

O chefe do executivo madeirense referiu que serão mantidos os dispositivos que estão a actuar nos diferentes focos na costa sul da ilha, nomeadamente no concelho do Funchal (Laginhas, Monte, Caminho do Tanque e Corujeira); no concelho da Calheta (zona oeste da ilha), onde se registam duas frentes (Arco da Calheta e Paúl da Serra); e nos Canhas, na Ponta do Sol.

Miguel Albuquerque adiantou que há a registar um ferido grave - um idoso que sofreu queimaduras depois de recusar abandonar a habitação, na freguesia do Monte, e que será transferido para a unidade de queimados do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, no avião da Força Aérea. Há ainda relato de 170 pessoas que tiveram de se dirigir ao hospital devido à inalação de fumo e outras questões relacionadas com os fogos, entre os quais alguns bombeiros que se encontram internados.

O responsável confirmou ainda que dois bombeiros sofreram ferimentos ligeiros na sequência de um acidente ocorrido com uma viatura autotanque da corporação dos Bombeiros de Câmara de Lobos.

Um levantamento provisório aponta para 27 moradias afectadas pelo fogo no Funchal, que não reúnem condições de habitabilidade, sendo 11 na freguesia de São Roque, 13 no Monte, três em Santo António. Além disso, duas unidades industriais de carpintaria “foram totalmente destruídas”, informou.

Além da evacuação do Hospital dos Marmeleiros (hospital público na freguesia do Monte, na zona alta), do qual foram retirados 234 doentes no espaço de duas horas, foi necessário tomar a mesma medida, “por precaução”, no Lar de Santa Isabel da Santa Casa da Misericórdia do Funchal, o que afectou cerca de 60 idosos.

“Foi accionado o Fundo de Socorro Social no valor de 163 mil euros, numa deliberação do governo para apoio à construção de habitações destruídas ou danificadas e para reabilitação de realojamentos”, realçou.

Albuquerque acrescentou que o programa comunitário Proderam (Programa de Desenvolvimento da Região Autónoma da Madeira) também contempla medidas para recuperação de terrenos agrícolas afectados pelos incêndios e anunciou que foi criada uma linha de emergência (926768743) que funcionará durante 24 horas para prestar todas as informações necessárias neste tipo de situações.

Segundo o presidente do Governo Regional, esta situação adversa “não põe em causa a situação turística” da região.

Ainda assim, a alteração “favorável” das condições meteorológicas (actualmente há vento e temperaturas elevadas, a rondar os 38,1 graus) só está prevista para quarta-feira de manhã.

Sobre a situação do homem de 24 anos detido como presumível autor do incêndio que deflagrou em São Roque, na zona alta do Funchal, Miguel Albuquerque opinou que deveria existir "uma maior vigilância" no caso de pessoas com este tipo de doença.

[Notícia actualizada às 18h23]

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  • alvaro de abreu
    11 ago, 2016 lisboa 22:00
    A primeira observação perante as palavras do megalómano pianista é esta: se um incêndio, digno de Nero, ameaçava o Funchal, mas estava totalmente controlado, podendo os funchalenses descansar em sossego, por que não foi o presidente da Câmara Municipal do Funchal, o Dr. Paulo Cafôfo, que efectivamente é o primeiro e único responsável político pelas ocorrências da cidade, a dirigir-se à população, através dos órgãos de comunicação social, e a sossegá-la perante ameaças tão aterradoras? De onde vem ao presidente do governo regional, o megalómano pianista Miguel Albuquerque, poderes para substituir-se ao presidente da Câmara democraticamente eleito? E de onde vem ao nosso Nero atlântico as atribuições para rejeitar o auxílio oferecido pelo governo central da República e pelo governo regional dos Açores a uma Câmara Municipal da ilha, sem ouvir previamente o presidente camarário? Afinal, quem manda e quem é responsável pela cidade e município do Funchal: Cafôfo ou Albuquerque? O professor ou o megalómano pianista das noites da Madeira? Cafôfo não tem partido; o pianista é do PSD; Cafôfo foi eleito pelos cidadãos do Funchal, à frente de uma coligação democrática; o pianista foi eleito para o governo regional, por uma diferença de três votos, registados numa segunda e atribulada contagem, pela lista reaccionária e cripto-fascista do PSD. Albuquerque quis aproveitar a oportunidade de uma tragédia eminente para brilhar e garantir segurança aos funchalenses. Espetou-se em todo o comprimento. Uma hora depois de o pianista de hotéis ter rejeitado o auxílio do governo central e do governo regional açoriano e garantido, em nome da sua prosápia de inconsciente imbecil, que o Funchal não corria nem risco nem perigo, um incêndio dantesco tomara já conta da cidade e anfiteatro do Funchal, matara já quatro pessoas e incendiava mais de 300 habitações. Arderam casas, andares, prédios, fábricas, palheiros, chiqueiros e até hotéis inteiros, diante dos olhos de um povo incrédulo, que alguns momentos antes tinha acreditado na segurança prometida por um megalómano pianista de casinos, habituado a jogar à roleta com a vida e os bens dos outros. Mentindo descaradamente sobre questões de segurança dos cidadãos, da qual aliás não percebe nada, Albuquerque desacreditou-se e desacreditou a Região. Os turistas, alojados em hotéis esgotados, foram obrigados a deixar a Madeira, a cancelar as respectivas estadas de férias e a procurarem férias noutros destinos. É a ruína de toda a poderosa indústria turística madeirense. Serão necessários mais de mil milhões de euros para recuperar a cidade do Funchal e o seu anfiteatro e fazer face aos prejuízos causados, a qual cidade nunca mais será igual ao que fora.
  • alvaro de abreu
    11 ago, 2016 lisboa 21:59
    A História fala-nos no grande incêndio de Roma, que ocorreu na noite de 18 de Julho do ano 64 depois de Cristo, e algumas fontes atestam-nos mesmo que, enquanto o fogo consumia aquela que mais tarde ficaria conhecida como a Cidade Eterna, Nero contemplava o espectáculo tocando a sua lira… O que ninguém acreditaria seria que 1952 anos depois, na noite de 8 de Agosto do ano 2016, a cidade do Funchal arderia, e o megalómano Miguel de Albuquerque, presidente do governo regional da Madeira, no meio do oceano Atlântico, tocava piano, enquanto contemplava o vale de lágrimas em que transformara o anfiteatro da capital do arquipélago. Miguel teve uma primeira carreira como tocador de piano nas salas de baile dos hotéis da Madeira; teve uma segunda carreira como presidente da Câmara Municipal do Funchal; e estava agora no começo da terceira carreira, como presidente do governo regional do arquipélago. Megalómano como é, Miguel de Albuquerque aproveitou a ameaça do incêndio que se adensava sobre a cidade, para convocar os órgãos de comunicação social da ilha e aí fazer render a sua conhecida megalomania. E ali garantiu, erga omnes (perante todos), urbi et orbi (à cidade e ao mundo), às quatro horas da tarde, que o incêndio estava contido, sob controlo, e que todos podiam ir para casa, já não direi tocar piano como ele, mas ao menos descansar, que o nosso Nero local vigiaria por todos.
  • rosinda
    09 ago, 2016 palmela 19:02
    ha dias o costa tambem disse o mesmo!

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