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França. Padre assassinado em "ataque bárbaro" numa igreja

26 jul, 2016 - 11:23

Os dois homens armados com facas fizeram cinco reféns, mas foram abatidos. Um jornal francês diz que gritaram "Estado Islâmico" ao iniciar o ataque.

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França. Padre morto em "ataque bárbaro" numa igreja
França. Padre morto em "ataque bárbaro" numa igreja

Pelo menos um refém foi morto no sequestro ocorrido numa igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray, no norte de França, anunciaram as autoridades. As primeiras informações indicam a vítima mortal é o padre Jacques Hamel, de 84 anos, e o ferido grave um fiel.

Uma fonte da polícia, citada pela agência Reuters, diz que ao que tudo indica o padre foi degolado pelos atacantes. O Vaticano condena o ataque e diz que esta foi uma “morte bárbara”.

Na operação para pôr fim ao sequestro, a unidade de intervenção da polícia matou os dois sequestradores armados com facas que fizeram cinco reféns, indicou o porta-voz do Ministério do Interior francês.

O primeiro-ministro francês já manifestou o seu horror face ao "ataque bárbaro". "Toda a França e todos os católicos foram atingidos", escreveu Manuel Valls na rede social Twitter, reafirmando a determinação do Governo francês em fazer frente ao terror.

Os sequestradores utilizaram a porta traseira para invadir a igreja e de seguida fecharam a porta principal. Segundo o jornal “El País”, uma das três freiras no local conseguiu fugir para o exterior e avisar a polícia.

Ataque terrorista?

O jornal francês “Le Point” avança que se trata de mais um ataque terrorista porque os sequestradores gritaram “Estado Islâmico” no momento em que invadiram a igreja. No interior estariam padre, duas freiras e vários fiéis.

Este sequestro ocorre num contexto de grande tensão em França, duas semanas depois do ataque em Nice (sudeste), a 14 de Julho, reivindicado pelo grupo extremista Estado Islâmico, que fez 84 mortos e 350 feridos.

Jean-Pierre Raffarin, antigo primeiro-ministro francês, condenou o ataque através do Twitter, dizendo que “está a ser feito de tudo para desencadear uma guerra de religiões”.

O ministério público de Paris indicou ter atribuído a investigação do caso à subdirecção antiterrorista e a direcção-geral de segurança interna francesas.

Reacções de consternação e solidariedade

Jean-Marc Ayrault, ministro dos Negócios Estrangeiros francês, diz que este é “um ataque terrível contra um sacerdote e fiéis católicos” e manifestou solidariedade total para com as vítimas. “Vamos permanecer unidos neste momento de horror”.

Ségolène Royal, ministra do Ambiente, está solidária com as vítimas e suas famílias e diz-se “triste” após este ataque a uma igreja católica. A governante deixou ainda uma mensagem ao Estado Islâmico ao referir que “eles não terão sucesso em semear o ódio e o medo”.

Gerard Larcher, presidente do Senado Francês, disse estar consternado e que o assassinato do sacerdote está “revestido de terror”. “Vamos permanecer unidos e coesos depois deste horror absoluto”.

O deputado europeu, Bruno Le Maire, também mostrou “total solidariedade para com os amigos da Normandia e para com a Igreja Católica”.

O Presidente Francois Hollande e o ministro Bernard Cazeneuve já estão no local.

Em 18 meses, a França foi atingida três vezes por atentados sem precedentes: 17 mortos em Janeiro de 2015, 130 mortos a 13 de Novembro e 84 mortos a 14 de Julho.


Comentários
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  • NÃO VALE A PENA...
    30 jul, 2016 lisboa 01:05
    NÃO VALE A PENA ANDAREM A REGAR OS PEZINHOS AOS MUÇULMANOS PORQUE O AGRADECIMENTO DELES É ESTE...
  • j.s
    26 jul, 2016 forte da casa 23:52
    que direitos tem essas pessoas que cometem tamanha maldade.
  • Asneiras!
    26 jul, 2016 Lisboa 17:20
    E o sr. Trump é algum messias ou tem alguma varinha de condão para parar o Daesh?! Ora, tenham senso. O homem acha que sózinho resolve tudo. Cesarismo puro. Nem os republicanos de sempre estão com ele. Acreditem nesse tipo de alucinado, e logo verão as consequências. Ele só apela ao medo, ao ódio e àquilo que o ser humano tem de mais negativo e primário! Isto não se resolve com muros. Resolve-se com informação e colaboração apertada entre as instâncias internacionais.
  • Joaquim Canas
    26 jul, 2016 EUA/USA 16:33
    Concordo plenamente com o comentário do “MJRR.” Por causa dos atentados islâmicos semanais, acho que o Trump não pode ser parado neste país. Infelizmente, como assim reza o dito, “Quando o mar bate na rocha, quem se lixa é o mexilhão.”
  • António Costa
    26 jul, 2016 Cacém 15:43
    O problema está no petróleo do Médio Oriente. Os países do Médio Oriente têm uma ideologia profundamente Anti-Ocidental, um Ódio enorme aos valores da Liberdade e da Democracia. São os enormes Lucros do Petróleo que permitem a estes países, desde subornarem os dirigentes politicos ocidentais à construção de centros de propaganda islâmica. Os "indivíduos" rotulados de terroristas, não passam de fato de pessoas perfeitamente normais (mais "lentas", burras), instruídas a cometer crimes em nome de Deus. Quando o petróleo sair de cena vão todos jurar que nunca foram muçulmanos na vida. É e foi sempre assim.
  • Joana
    26 jul, 2016 Lisboa 15:01
    O que João Afonso Vilela diz é a verdade. O inimigo está entre nós e, nomeadamente em França, são jovens nascidos no país, mas que se radicalizaram. Neste momento, impõe-se ter nervos de aço e muito discernimento. As reacções a quente são aquilo que o Daesh mais quer. Ver-nos a ceder ao terror. Não pode ser. Mais entre nós irão morrer? Previsivelmente, sim. Infelizmente, sim. Importante, acima de tudo, é um maior controlo de informação que os permita detectar a tempo, e abortar-lhes os ataques. Colaboração apertada entre Polícias e Serviços dos vários países. Não estamos a lutar contra um exército definido e localizado (seria bem mais fácil). Estamos a lutar contra "lobos solitário", e essa é a maior dificuldade. É verdade que a nossa normalíssima vida quotidiana está ameaçada. Mas ver-nos sucumbir ao terror é precisamente aquilo que o Daesh quer. E isso é que não!
  • Ze
    26 jul, 2016 LX 13:56
    Venha agora Bloco de esquerda e iguais char estes animais de coitadinhos. O politicamente correcto paga-se caro. estamos agora a começar a dar as moedas. As notas grandes ainda virão.
  • Manuel Ferreira
    26 jul, 2016 lisboa 13:53
    Pela boca morre o peixe: «O Papa Francisco pediu hoje perdão aos refugiados pela indiferença e falta de acolhimento que encontram depois de atravessarem o mar para chegar à Europa.» Cidade do Vaticano, 19 abr 2016 (Ecclesia)
  • júlio
    26 jul, 2016 viseu 12:52
    acho que sim , devem deixar fazer mais umas mesquitas... que é tudo gente de bem!
  • O Crítico
    26 jul, 2016 Açores 12:42
    Por causa do politicamente correcto e de anormais betinhos como "JOÃO AFONSO VILELA" que abrem a boca para dizer parvoíces sem sentido, porque muitos ataques que estão acontecer feitos por refugiados, só que o "politicamente correcto" esconde de forma criminosa muita da informação sobre uma realidade altamente perigosa para nossa liberdade e segurança. Querem paz e tranquilidade é simples, expulsam todos os radicais islâmicos, ou seja todos islâmicos da Europa e paz volta. Por isso é que América está mais frente que nós em tudo, o sr. Trump vai ganhar com grande vantagem porque estão fartos do politicamente correcto e toda a hipocrisia dos politicos mundiais, as coisas tem nome e tem que ser chamadas pelos nomes, quem não quer seguir as regras de paz e viver segundo as regras locais tem uma solução, ADEUS, volte para sua terra não o impedimos, mas viver cá com burca e com terrorismos não, BASTA...

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