14 jul, 2016
Enquanto a Europa tenta recompor-se do Brexit, no mar do Sul da China aumentam os riscos de uma confrontação militar entre as forças navais chinesas e as, bem mais fracas, forças de outros países asiáticos, envolvendo, porventura, as forças armadas dos EUA. A China diz que aquela vasta área marítima lhe pertence historicamente; e cria pequenas ilhas artificiais no mar para justificar as suas pretensões.
Esta semana o Tribunal Internacional de Haia deu razão às Filipinas quanto aos direitos sobre uma ilhota perto da sua costa. Mas Pequim não reconhece este tribunal das Nações Unidas e reagiu à sentença com ameaças.
Consta que terá havido um aviso sério de Obama ao Presidente Xi Jinping: os EUA não admitiriam que a China reclamasse a sua soberania sobre várias ilhas daquele mar. O facto é que, desde então (Março), os navios de guerra chineses abandonaram a zona. Ao invés, os navios e aviões americanos fizeram-se mostrar ali.
O endurecimento da posição dos EUA terá conseguido uma vitória táctica. Mas a tensão e a possibilidade de confronto militar persistem no mar do Sul da China.