08 jul, 2016 - 07:09 • Ana Rodrigues
Portugal vai pedir atenção ao sul da Europa onde cresce a ameaça terrorista do Estado Islâmico. O alerta será lançado na Cimeira da NATO que decorre na Polónia esta sexta-feira e sábado.
Tal como tinha avançado em entrevista ao programa da Renascença "Terça à Noite", o ministro da Defesa considera que a NATO não pode descurar o chamado flanco sul, devido à vaga de migrantes e refugiados e ao perigo à segurança que representa o autoproclamado Estado Islâmico, mas também a Al-Qaeda que não desapareceu.
“Para Portugal, a ameaça do Daesh [Estado Islâmico], da Al-Qaeda e, em geral, pelo terrorismo transnacional, o conselho de segurança disse uma coisa muito certeira: que é uma ameaça sem precedentes à paz e segurança internacionais”, afirmou Azeredo Lopes.
No entanto, a cimeira será dominada pela estratégia de contenção ao avanço da Rússia no Leste da Europa. Nessa matéria, Azeredo Lopes reafirmou que tem de imperar o diálogo e Moscovo não pode ser visto como “o inimigo”.
Tensão na Ucrânia e na Crimeia
A Aliança Atlântica está preocupada com a tensão a Leste provocada pelos avanços de Moscovo na Ucrânia e Crimeia e vai demonstrar a sua insatisfação. Aliás, na região do conflito já é visível a tendência da NATO. Para o local já foram enviados quatro batalhões que são parte de uma estrutura de defesa que integra ainda a Força Conjunta de Resposta Imediata, com cerca de cinco mil efectivos, e a Força de Resposta da NATO, com cerca de 40 mil militares.
A cimeira acontece num contexto de instabilidade, depois da saída do Reino Unido da União Europeia. Os aliados vão também discutir a necessidade de maior financiamento face às grandes ameaças globais. A Aliança Atlântica vai voltar a pressionar os aliados com o pedido de mais financiamento e equipamento.