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Começam negociações em Espanha. ​Rajoy inicia contactos para formação de governo

30 jun, 2016 - 08:20

O presidente do executivo espanhol assume que, com 137 deputados num total de 350, não pode aplicar a "100%" as suas propostas.

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O chefe do executivo espanhol, Mariano Rajoy, começa esta quinta-feira os contactos com outros líderes políticos para tentar chegar a acordo para formar um novo governo.

O presidente de governo de gestão viu o seu partido, Partido Popular (PP, direita) reforçado, em percentagem de votos e número de lugares no Congresso de Deputados, nas eleições legislativas realizadas no domingo.

Rajoy anunciou na quarta-feira que, nesta primeira fase das negociações, espera testar se há uma "boa disposição" nos outros partidos, e a partir daí nomeará uma comissão negociadora para iniciar as conversações.

O presidente do executivo espanhol assume que, com 137 deputados num total de 350, não pode aplicar a "100%" as suas propostas.

"O mais razoável", afirmou Rajoy, é que o processo de negociação se faça com "a maior celeridade possível" e "todos" os envolvidos, onde se inclui também, devem ser "rápidos, diligentes e construtivos".

O PP foi o mais votado nas eleições de domingo, com 137 deputados, mais 14 que nas legislativas de dezembro de 2015, mas longe dos 176 mandatos que dão a maioria absoluta no congresso espanhol.

O Partido Socialista (PSOE), liderado por Pedro Sanchez, ficou em segundo lugar, com 85 lugares (90 em dezembro), enquanto a aliança de esquerda Unidos Podemos, que as sondagens colocavam em segundo lugar, ficou em terceiro e elegeu 71 deputados, com o partido de centro-direita Ciudadanos a conseguir 32 assentos.

Apenas uma coligação do PP com o PSOE conseguirá reunir os lugares suficientes para que Espanha possa ter um governo de maioria, na sequência das eleições de domingo.

Rajoy já indicou que preferia liderar uma grande coligação com o PSOE e começará por falar com Pedro Sánchez, mas ao contrário do que aconteceu em Dezembro, as suas opções são agora mais amplas.

Os espanhóis foram domingo às urnas para escolher os 350 deputados e 208 senadores que vão tentar desbloquear o actual imbróglio político em que o país vive há seis meses. Desde as eleições de 20 de Dezembro, os partidos foram incapazes de chegar a acordo para assumir as responsabilidades governativas.

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