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Eleições em Espanha. Criação de emprego fora dos discursos dos candidatos

22 jun, 2016 - 08:06 • Manuela Pires , enviada da Renascença a Espanha

Espanhóis voltam às urnas no dia 26 de Junho, naquela que é a segunda tentativa de encontrar um Governo estável.

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A dois dias do encerramento da campanha para as eleições em Espanha, só se fala de pactos para a formação de Governo. Mariano Rajoy desafia o PSOE para formar executivo, os Cidadãos estão disponíveis para um pacto entre PP e PSOE e o Podemos insiste numa coligação com o PSOE.

Todos dizem que é preciso ter um Governo em Agosto, mas há muitos problemas a resolver em Espanha. Um dos maiores: o desemprego.

A criação de emprego está em todos os programas eleitorais: o PP promete criar dois milhões de postos de trabalho, em quatro anos; o PSOE quer igualdade salarial; o Podemos defende o fim dos contratos precários; e os Cidadãos apostam na criação de emprego jovem.

São temas que estão no papel, mas que andam fora da campanha. “Aquilo que se está a discutir e a debater todos os dias não é o 26 de Junho, o dia das eleições, mas o dia 27 e nesse sentido a preocupação com os pobres é relativamente escassa”, diz à Renascença Angel Franco, director de comunicação da Federação dos Bancos Alimentares espanhóis.

Esta instituição distribuiu, no ano passado, 153 mil toneladas de alimentos a mais de um milhão e 600 mil pessoas.

“Uma boa parte dos que ficaram sem trabalho com a crise é estrangeira, pessoas que recorreram aos bancos alimentares ou que chegam do Norte de África. Mas, com a crise e o desemprego, muitas famílias da classe média viram os seus rendimentos muito reduzidos”, explica.

Angel Franco espera que os partidos consigam chegar a um acordo para formar Governo, porque, apesar de o país dar sinais de que está a sair da crise, há milhares de pessoas em risco de pobreza.

“Há dois problemas: um é que temos de comer três vezes ao dia, se possível, e outro é que tem de haver um governo que aprove leis e acordos; que dirija e negoceie com a Europa e com outros países e que tente encontrar soluções”, afirma.

O primeiro Banco Alimentar em Espanha foi criado em 1987, em Barcelona. Hoje, há 56 espalhados por todo o país.

Desde as eleições de 20 de Dezembro que Espanha vive uma situação inédita de impasse político, com um Governo de gestão liderado por Mariano Rajoy, do conservador PP, a marcar o passo até 26 de Junho, dia em que os eleitores espanhóis são novamente chamados às urnas.

Comentários
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  • Vasco
    22 jun, 2016 Santarém 22:28
    Não vale a pena prometerem aquilo que não conseguirão cumprir, mais vale não serem trapalhões como por cá pois em nada resulta de bom e mais os fará desacreditar.
  • oraaíestá!
    22 jun, 2016 dequalquerlado 10:05
    Esta é que é a chaga social, a falta de emprego e haver governos medíocres que ainda os dificultem. E quando se vê que nem faz parte dos discurso s destes candidatos da treta, é mais uma prova que a falta de trabalho e o desemprego passou à banalidade ao menos importante, quando na verdade o homem não sobrevive sem trabalho ou sem dinheiro, a não ser que vaiem todos aos caixotes de lixo procurar comida, ou então façam umas casas de pedra ou madeira ou se ponham a caçar como os primitivos para arranjar comida...Tristeza desta u.eurome@da. É portugal que está de rastos, a agrécia pior, espanha, itália .... Enfim, foi para isto que criaram a união eurome@da??? Ou não sabiam que nestas uniões, os mais poderosos e sem escrúpulos é que dominam sempre os mais fracos? Tomem agora cambada de burros. Cambada de lambe botas....

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