17 jun, 2016 • André Rodrigues
No “i”, “Voto ferido de morte”. A seis dias de os cidadãos se pronunciarem sobre a permanência do Reino Unido na Europa comunitária, a morte de Jo Cox suspende a campanha e deixa o universo político britânico em estado de choque.
O “Público” deixa a pergunta: “Pode Jo Cox ter sido vítima do sentimento anti-imigração no Reino Unido?”. As autoridades admitem contornos políticos no ataque à deputada da oposição.
Noutro ângulo - aqui ao lado - o “El Pais” publica um especial multimédia. Mais de 13 horas de comboio na ligação ferroviária mais longa de todo o Reino Unido: 1.244 quilómetros entre Aberdeen na Escócia e Penzance no sudoeste de Inglaterra. A reportagem faz uma espécie de sondagem nacional à permanência na União Europeia: a maioria dos britânicos é favorável à saída, mas o norte é menos eurocéptico do que o sul.
No portal português “Dinheiro Vivo”: “BCE e Comissão Europeia preparam auditoria à Caixa”. Bruxelas e Frankfurt equacionam uma inspecção antes de se decidirem sobre a recapitalização do banco estatal.
“Eurogrupo aumenta pressão para a reforma das pensões”. De acordo com o “Jornal de Negócios”, Mário Centeno esteve reunido com o comissário dos Assuntos Económicos e Financeiros. E Bruxelas avisa que são precisas medidas adicionais porque há riscos significativos sobre os sistemas pensionistas.
“Putin lança pontes para a Europa em ‘Davos russo’. É o título do “Diário de Notícias” sobre o Fórum Económico Internacional que se realiza na cidade de São Petersburgo, com a presença do presidente da Comissão Europeia, do secretário-geral da ONU e de vários chefes de Estado. Fica desde já o recado de Jean-Claude Juncker a Moscovo: sanções só serão levantadas se a Rússia cumprir os acordos de Minsk sobre o conflito na Ucrânia.
A agência EFE destaca as declarações de Javier Solana. O antigo secretário-geral da NATO e ex-alto representante da Política Externa da União Europeia lamenta que os gastos da União Europeia em matéria de defesa tenham ficado aquém das promessas.
Solana alerta para o que diz ser a falta de estruturas militares e de cooperação entre Estados, que se traduzem na perda de capacidade para manter o nível de presença militar da União Europeia.