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Massacre foi acto de “extremismo doméstico”, diz Obama

13 jun, 2016 - 21:32

Clinton e Trump comentaram o ataque, que fez meia centena de mortos, com o candidato republicano a pedir a suspensão da imigração de países com historial de terrorismo contra os EUA.

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Obama. Massacre foi acto de “extremismo doméstico”
Obama. Massacre foi acto de “extremismo doméstico”

Barack Obama afirma que o ataque ao clube nocturno de Orlando, na Florida, foi um acto de “extremismo doméstico”.

As autoridades norte-americanas ainda não têm provas claras de que o atirador que matou 49 pessoas naquela discoteca esteja ligado ao autoproclamado Estado Islâmico, apesar de notícias iniciais terem indicado que o homicida telefonou às autoridades a confessar fazer parte desse grupo.

Aos jornalistas, na Casa Branca, após uma reunião com o director do FBI, o Presidente dos EUA sublinhou que não há, neste momento, provas de que Omar Mateen tenha sido conduzido por terceiros a fazer o ataque.

“Parece que o atirador se inspirou em informações extremistas, mas nesta altura não há provas claras de que tenha sido dirigido a partir do exterior. Parece que à última hora decidiu anunciar uma ligação ao Estado Islâmico, mas não há provas de que tenha sido comandado. Nesse sentido, parece semelhante ao que aconteceu em São Bernardino, mas ainda não sabemos. Isto terá sido um acto de extremismo doméstico”, disse Obama.

Na madrugada de domingo, Omar Mateen, de 29 anos, cidadão norte-americano de ascendência afegã, matou 49 pessoas e deixou outras 50 feridas, após atirar a matar num clube nocturno frequentado pela comunidade homossexual de Orlando. Obama diz que o homem não tinha antecedentes criminais e que as armas terão sido obtidas legalmente.

“Parece-nos também que ele conseguiu comprar as armas de forma legal, porque não tinha qualquer registo criminal que o proibisse de comprar de armas. E uma dessas armas terá sido levada directamente de uma loja – uma espingarda de assalto.”

Um porta-voz da Casa Branca disse entretanto à agência France Press que Obama sente-se “frustrado com a inércia do Congresso”, controlado pelo Partido Republicano, em relação às armas de fogo.

Clinton e Trump reagem

O massacre de Flórida está também a levantar ondas na campanha presidencial.

Hillary Clinton, candidata à Casa Branca pelo Partido Democrata, diz que a resposta ao massacre de Orlando não pode ser o “partidarismo”, nem a demonização colectiva dos muçulmanos.

A candidata considera que é hora de todos se unirem, recordarem os que foram assassinados e intensificar as investigações.

Já o candidato republicano Donald Trump reiterou o seu apelo à proibição temporária de entrada de muçulmanos no país. Num discurso em Manchester, no New Hampshire, Trump disse “é preciso perceber o que se está a passar” e que “temos de dizer a verdade sobre como o Islão radical está a chegar ao nosso país”.

Apesar de neste caso o terrorista ter nascido nos Estados Unidos, Trump insiste que é preciso suspender a imigração oriunda de países “com um historial provado de terrorismo” contra os EUA ou seus aliados.

O candidato criticou também Barack Obama, acusando-o de “não querer ver o que se está a passar” e disse que o actual presidente não é capaz de resolver a situação de insegurança na América.

Comentários
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  • Joaquim Canas
    15 jun, 2016 USA/EUA 04:31
    Para Abrão Avelino e Orabem. Vale a pena analisar o sítio seguinte, para sermos justos com referência às ideias do Donald Trump: http://portugal4trump.blogspot.com/
  • Miguel Botelho
    14 jun, 2016 Lisboa 23:42
    Um dos jovens que falou para as cadeias de televisão americanas, chama-se Louis Burbano. A sua ficha está aqui: http://www.imdb.com/name/nm3483499/ Este jovem dizia estar na discoteca «Pulse» e ter visto Omar a matar cerca de 49 pessoas (na altura eram 20). A CIA contrata estes actores para as suas falsas operações. Eles fazem e vocês acreditam.
  • António Costa
    14 jun, 2016 Cacém 17:58
    Quando tinha 8 anos de idade achava que o mundo era governado por americanos maus, que bombardeavam com napalm as pessoas boas....aos 12 anos já conhecemos desde a história do Egipto, às principais revoluções modernas, a francesa, a americana e a russa...aos 18 anos, há apenas dois tipos de regime principais: Aqueles em que podemos chamar f.d.p.(desculpem) aos dirigentes e os outros regimes em que quando, estamos cheios de fome, somos OBRIGADOS a gritar vivas "ao grande irmão". Desde que me possa exprimir livremente, acusar os dirigentes de conspiração, terrorismo e por aí adiante, os dirigentes podem ser o que quiserem, Vermelhos, Americanos ou Azuis, tenho é que ser Livre de Dizer....
  • Miguel Botelho
    14 jun, 2016 Lisboa 13:35
    Vocês caíram nesta história do terrorista como patinhos. Nem se quer se dão ao trabalho para entender as mentiras desta montagem.
  • Orabem!
    14 jun, 2016 dequalquerlado 10:54
    Abrão Avelino. É isto mesmo. Concordo totalmente com a tua afirmação. Há muitos que defendem esta gente, mas porcausa disto hão de pagar um preço extremamente alto. Um comentário inteligente...Há muitos que não querem perceber isto. Só como exemplo: aquela besta que matou 50 homosexuais. Não gostava de homosexuais, então achou que tinha o direito de lhes tirar a vida. então por esta ordem de ideias os homosexuais também matavam muçulmanos por não gostar deles. Mas sabe-se que nos países destas bestas eles até condenam à morte os homosexuais porcausa dos ensinamentos do maomerdas... Esta gente parou no tempo e deixou de raciocinar, mas há burros que os aceitam e ainda chamam de xenófobos aos outros....continuem a recebê-los de braços abertos, que o reconhecimento e a gratidão deles será esta: matar ainda quem os acolhe...
  • Miguel Botelho
    14 jun, 2016 Lisboa 09:35
    O império americano usa o terrorismo para enganar as pessoas e conseguir os seus fins, ou seja, a conquista do planeta.
  • António Costa
    14 jun, 2016 Cacém 01:17
    Os membros da comunidade homossexual devem compreender que há dúvidas. O Estado Islâmico costuma atirar os membros desta comunidade de precipícios ou de edifícios muito altos para a rua. Deve verificar-se sem demora se a morte a tiro em vez do lançamento de precipícios está de acordo o Islão. Tal como a morte pelo fogo dentro de "gaiolas", tem a palavra "os sábios do Islão".
  • Carlos A.S.Silva
    14 jun, 2016 Hawthorne,NJ - USA 01:05
    Como pode o presidente de uma nacao como os EUA fazer semelhante afirmacao ? O povo sabe que nao eh assim mas ele insiste que eh assim que setra de ser. Nao seria melhor que tirasse a mascara de uma vez por todas ? O pai, a ex-mulher e alguns amigos sao onissonos em afirmar que ele era violento e com tendencias de se radicalizar-se, O noso presidente demonstra uma vez mais alguma simpatia pela radicalizacao dos elementos muculmanos nunca declarando tratar-se de terrorismo. Porque ? Vai denorar algum tempo provavelmente para termos essa resposta mas ela vira. Com certeza !!!!
  • abrao avelino
    14 jun, 2016 moçambique 00:42
    Donald Trump até pode ser idiota, mas em relação aos muçulmanos tem mais razão que muitos que tentam ser politicamente correctos. Disse em relação aos muçulmanos porque todos são bons, até cometerem atrocidades. Se não se sabe quem pode vir a cometer atrocidades, é justo que todos sejam tratados como suspeitos. Chamar infiel a quem é de religião diferente, é exemplo de intolerância e de extremismo.
  • Luiz Miguel M. Branc
    13 jun, 2016 Lisboa 23:33
    Verdadeiro palhaço...que não quer chamar os bois pelo nome...e se calhar alguma simpatia escondida por estes tipos...está no dilema entre homosexuais e muçulmanos....é o problema do politicamente correcto

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