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Professores de português podem ter emprego em França, diz António Costa

12 jun, 2016 - 21:00 • Eunice Lourenço

No balanço de três dias de visita a Paris, o primeiro-ministro salientou o compromisso da França promover o ensino de português e disse que está apostado em “relações de excelência” com o Presidente.

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Vão ser “rapidamente” marcadas reuniões do grupo técnico que existe entre Portugal e França para o alargamento da presença do ensino de português naquele país. É o que espera o primeiro-ministro, António Costa, que fez um “balanço francamente positivo” dos três dias de visita à região de Paris com o Presidente da República.

E o ponto que António Costa mais salientou desse balanço foi o compromisso feito pelo Presidente francês nas celebrações do 10 de Junho, na Câmara de Paris, de desenvolver o ensino da língua portuguesa em França. “É muito importante para a difusão da nossa língua. É também uma oportunidade de trabalho para muitos professores de português que, por via das alterações demográficas, não têm trabalho em Portugal e podem encontrar trabalho aqui”, afirmou Costa em declarações aos jornalistas, no Grand Palais, no centro de Paris, onde visitou, com Marcelo, a exposição do pintor Amadeo de Souza-Cardoso.

O primeiro-ministro acrescentou que esse desenvolvimento do ensino da língua portuguesa que é também um grande desafio para a tecnologia e para a capacidade de ensino à distância. “Mas sobretudo representa o reconhecimento pela França da importância económica e social da língua portuguesa”, acrescentou o primeiro-ministro, que também espera ver reforçados os laços económicos entre os dois países e considera que a próximo visita do Presidente Hollande a Portugal, em Julho, pode ser uma oportunidade para acentuar o que os une.

E o que os une é também a política europeia. O primeiro-ministro português diz que as sanções não fizeram parte da conversa que teve com o Presidente português e o Presidente francês no Eliseu, mas que foi o próprio Hollande que, na cerimónia do Dia de Portugal, que se seguiu a esse encontro, “falar de forma clara”. O Presidente francês disse que os dois países têm uma visão da Europa que envolve cumprimento de regras, mas também flexibilidade e garantiu que Portugal tem na França “uma amigo” e não apenas um parceiro na mesa do Conselho Europeu.

Quanto a outro assunto diplomático que fazia parte da agenda desta visita – a candidatura de António Guterres a secretáro-geral da ONU – António Costa disse que “a França tem uma posição especial como membro permanente do Conselho de segurança e, portanto, tem de manter uma certa reserva”, mas ainda assim o Governo francês “tem tido palavras de encorajamento à candidatura” de Guterres.

A visita de três dias de António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa à região de Paris por ocasião do Dia de Portugal terminou este domingo. Foram três dias de agenda intensa em que estiveram quase sempre juntos e dando mostras de grande entendimento e boa disposição. O primeiro-ministro não esconde que “as boas relações pessoais ajudam as boas relações institucionais”, mas também ressalva, como o Presidente, que as relações instituições têm de ser independentes das relações institucionais.

“Os órgãos de soberania têm de ter uma relação de saudável confiança”, afirmou António Costa, acrescentando que isso também é “muito saudável para o país” e garantindo-se apostado em ter uma “relação de excelência” com o Presidente da República.

Comentários
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  • Sofia
    03 set, 2016 Sarcelles 10:42
    Sou portuguesa e tirei o meu mestrado em educação pré escolar e ensino do 1 ciclo do ensino básico . Estou a viver em frança há quase um ano e ainda não encontrei à """facilidade de arranjar emprego como professora "" de que o primeiro ministro portugues fala😞😞😞😞
  • Marisa Fermino
    28 jul, 2016 Vidal Ramos 19:33
    Olá! Sou professora de Língua Portuguesa. Gostaria de saber como se faz para ir trabalhar na França. Preciso de contato com a embaixada francesa no Brasil??? Obrigada
  • Vasco
    14 jun, 2016 Santarém 19:30
    Nada de preocupação, o senhor Costa e a sua troika de apoio prometeram mais emprego, quem os ouvia falar há uns meses atrás diria mesmo que esta gente em pouco tempo iram retornar ao país pelo menos todos aqueles que foram obrigados a debandar do país devido à politica do senhor Sócrates, portanto agora nós aguardamos mesmo por esse dia e essa eficácia, se entretanto vierem com mil desculpas não terão razão para isso e apenas servirão para se condenarem a si mesmos.
  • Carlos Manuel Caessa
    14 jun, 2016 paris 19:19
    Sr manuel Gostei muito do seu comentario. Bem estruturado e bem escrito, pena que seja de uma parcialidade cega. Quando o anterior primeiro ministro mandou emigrar os portugueses disse-o com clareza. Este sr primeiro ministro começou já a preparar os excedentes das escolas publicas/privadas à irem trabalhar para um pais que tem professores de frances/portugues. Abra os olhos sr Manuel.
  • Carlos manuel caessa
    14 jun, 2016 paris 19:05
    Sr 1 prmeiro ministro É com enorme prazer que o vejo a convidar os professores a trabalhar em frança. Como é o nosso presidente Hollande a convidar os professores que vierem não sao considerados emigrantes. Sr primeiro ministro existem umas vitaminas boas para o cerebro. Tome-as antes que a Catarina Martins se lembre que V. Ex a quer enviar mais uns milhares para novas oportunidades. V. Ex. Tem razao as vacas voam mesmo.
  • Manuel
    14 jun, 2016 Viana 16:17
    O cinismo e a má fé de alguns que sim estão em zona de conforto, começa a meter dó. Os neoliberais amarrados a teta da cunha, do tacho e do estado que são neoliberais para o resto da "populaça" mas corporativistas no que os concerne, é no mínimo patético. Para não falar da propaganda jornaleira e a falta de objectividade. O que foi dito por um e outros não tem comparação possível. As palavras podem ter sido parecidas, mas qualquer pessoa com o mínimo de bom senso e objectividade, sabe fazer a diferença, contextual, no tom, na mensagem, no senso, na intenção. Se não há uma capacidade intelectual para isso, propunha então que saiam da zona de conforto deles, façam formação, em português, ciência politica economia, nunca é tarde para aprender, tornar-se um pouco mais culto, Quiza, mais inteligente, pelo menos mais objectivo e ganhar algum senso comum. Conseguirão talvez assim separar as declarações e intenções dos dois homens, e perceberem que não é bem a mesma coisa. Passos fê-lo por maldade, mesquinhez, prepotência e a arrogância, dos mamões, chupistas, tachistas, que nunca nada fizeram por eles sós, nunca nada criaram a não ser parasitagem, e que são os primeiros como para esconder seus próprios vícios a dar lições e a exigir dos demais o que eles nunca foram capazes de ser e fazer e nunca serão. Para memoria o que foi dito por Passos vem na continuação desta declaração, que foi ela que focalizou e deu senso ao restante e a critica correspondente: A 31 de Outubro de 2011,: "se estamos no desemprego, temos de sair da zona de conforto e ir para além das nossas fronteiras". O Costa depois de fechar novo acordo com o Governo Francês para aumentar o ensino da língua português em França, veio afirmar que este acordo era mais uma oportunidade de trabalho para os professores portugueses, referindo-se quer o ensino feito em França, quer ao ensino a partir de Portugal, através dos métodos de ensino à distancia. Para os jornaleiros e outros propagandistas, isto é um convite à emigração... Ganhem vergonha! Façam jornalismo sério e não “jornaleirismo” ou propaganda sério.
  • Sadino
    13 jun, 2016 cascais 20:29
    Verdadeira e miserável desfaçatez !!!! Este usurpador do poder que há-de levar toda a Nação a emigrar deveria pintar a cara, um pouco mais, de preto e não aparecer em público nos próximos dez anos !!! Que pouca vergonha a deste parasita !!
  • marcos
    13 jun, 2016 boa vista 16:28
    quem tiver um professor português é bom que arranje um que lhe ensine depois as vogais.
  • R. Mendes
    13 jun, 2016 Lisboa 15:31
    Então? Tanta crítica e e igual ou pior que o outro a mandar emigrar, pobre pais. Está entregue aos bichos
  • Antonio Sousa
    13 jun, 2016 Mafra 12:41
    Agora este Primeiro Ministro,já manda Imigrar Pobre Pais.

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