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Turismo português à espera de Verão rentável

02 jun, 2016 - 14:35

A recuperação de alguma confiança económica e o facto de Portugal não ser um país considerado inseguro estão entre os factores que levam a crer que o Verão de 2016 será melhor do que o do ano passado.

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A grande maioria dos operadores turísticos em Portugal prevê que este Verão seja “melhor” ou “muito melhor” em termos de receitas, dormidas e número de visitantes do que 2015. Os dados constam do barómetro do Turismo, elaborado pelo Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo (IPDT) e lançado esta quinta-feira.

O presidente da Associação Portuguesa de Agências de Viagens e Turismo (APAVT), Pedro Ferreira, confirma que este ano há mais reservas, o que indica que 2016 vai superar o Verão anterior nas receitas de turismo.

“Pelo menos, um crescimento de cerca de 8% é bem possível que seja alcançado ao longo desta época de férias”, mas Pedro Ferreira não esconde que é muito cedo para tirar conclusões.

O presidente da APAVT acredita que o provável aumento das receitas turísticas se justifica com a recuperação da confiança da economia portuguesa. “Com o decorrer da crise macroeconómica portuguesa, tivemos um ajuste muito grande ao nível do consumo e, do ponto de vista das viagens dos portugueses, tivemos de facto uma quebra muito grande”, diz.

"A quebra tem vindo a ser recuperada desde há dois anos. Portanto, 2016 será, provavelmente, o terceiro ano de crescimento dos nossos números. A recuperação iniciou-se em 2014 e está ligada sobretudo a um maior nível de confiança da sociedade portuguesa”, acrescenta.

Também o mercado externo regista expectativas positivas, com a Alemanha a liderar o crescimento dos mercados internacionais, seguida pela França, o Reino Unido, Espanha e os Estados Unidos.

Questionado sobre a questão de insegurança em torno de destinos afectados pelo terrorismo, Pedro Ferreira não considera que seja um problema a longo prazo.

“Evidente que a insegurança não ajuda nenhum destino. Infelizmente, temos que reconhecer que, sobretudo a Tunísia, tem demorado mais a recuperar e de certa maneira o Egipto também. Mas se nada acontecer ao longo deste verão, com certeza os índices de recuperação desses destinos turísticos seguirão a história e de certeza que a procura por esses destinos acabará por crescer”.

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