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Portugueses trabalharam em média 35 horas por semana em 2015

01 jun, 2016 - 09:12

Banca e seguros foi o sector em que a duração média do trabalho foi mais elevada (35,9 horas), enquanto a administração pública teve a menor duração, com 33,9 horas por semana.

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A média semanal do trabalho da população portuguesa foi de 35 horas no ano passado, variando em função da situação profissional e do sector de actividade económica, de acordo com estatísticas da base de dados Pordata.

Assim, os trabalhadores por conta própria como empregadores foram os que mais horas trabalharam, com uma média semanal de 46 horas, enquanto os trabalhadores por conta própria como isolados foram os que trabalharam menos horas, com uma média de 32 horas semanais.

Os trabalhadores por conta de outrem trabalharam efectivamente, em média, 35 horas por semana.

A banca e os seguros foi o sector em que a duração média do trabalho efectivo foi mais elevada no ano passado, com 35,9 horas por semana, enquanto a administração pública teve a menor duração média de trabalho, com 33,9 horas por semana.

Estes valores disponibilizados pela Pordata, que tem como fonte dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), podem causar confusão numa altura em que se discute a reposição do horário de trabalho de 35 horas na função pública, mas são dados relativos à duração media efectiva do trabalho semanal, incluindo o trabalho extraordinário.

Ou seja, a referência não é do horário de trabalho estabelecido mas sim do tempo de trabalho cumprido efectivamente, o que, em termos médios, pode ser inferior ou superior, tendo em conta a eventualidade de trabalho extra ou de qualquer redução, como o trabalho a tempo parcial, a redução para amamentação ou ao abrigo do estatuto de trabalhador estudante.

Na função pública, o horário semanal é actualmente de 40 horas, por imposição do anterior Governo, mas a maioria das autarquias aplica as 35 horas porque foram estabelecidos acordos nesse sentido com os sindicatos do sector, o que contribui para baixar a média da duração do trabalho efectivo.

Nos últimos 30 anos, os portugueses reduziram gradualmente o seu tempo médio de trabalho efectivo em sete horas, das 42 horas de trabalho semanal em 1985, para as 35 em 2015.

Em 1985 também eram os trabalhadores por conta própria como empregadores que faziam mais horas, 48,9 horas por semana, enquanto os trabalhadores por conta de outrem trabalhavam 39,1 horas e os trabalhadores por conta própria como isolados cumpriam 47,8 horas.

A proposta legislativa para repor as 35 horas de trabalho semanal na administração pública no dia 1 de Julho é discutida e votada na especialidade na comissão parlamentar de Trabalho e Segurança Social, esta quarta-feira.


Comentários
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  • Pinto
    06 jun, 2016 Custoias 22:48
    As pessoas estão fora da realidade à muita gente que trabalhe acima de 40 horas sem receber mais por isso.
  • Pinto
    06 jun, 2016 Custoias 22:35
    Conheço muita gente em empresas que trabalham mais do que as 40 horas para o tecto, esses senhores da CIP estão mal habituados e a sorte deles é este povo ser bem mandado e acobardarem-se a tudo. Há gente a receber subsídio de alimentação que não chega para comer, assim ainda pagam para trabalhar e é assim que esses senhores donos da economia do país querem.
  • Luis
    02 jun, 2016 Lisboa 08:04
    Enquanto os poderosos do Reino discutirem quantidade de horas de trabalho em vez de discutirem qualidade de trabalho nada há a fazer. Muitos deles nem sabem o que é trabalho muito menos o que é qualidade de trabalho.Uma grande parte do empresariado nacional tem tanto perfil para ser empresario como eu tenho para gerir um lagar de azeite. Muitos para além de serem semiannalfabetos até ainda grunhem. Disto como é óbvio não interessa falar. Disto e do facto de a mão de obra Nacional ser extremamente bem aceite e reconhecida em todo o Mundo. Os poderosos do Reino gostam muito de evocar, em tudo o que lhes interessa, exemplos da Alemanha. Na Alemanha trabalha-se muito menos que em Portugal. Trabalha-se é muito melhor. Na Alemanha poucas ou quase nenhumas empresas têm relogio de ponto. Não é necessário pois as pessoas são responsáveis e o seu trabalho está de tal maneira organizado que é fácil medir a sua produtividade. Muitas são as empresas na Alemanha em que as pessoas são livres de trabalhar em casa através do seu computador. Em Portugal continua a haver um espirito pidesco e a ideia de que os Portugueses (povo trabalhador) é todo uma cambada de calaceiros. Para além disso muita gente confunde quantidade com qualidade até no sexo. Também é bom não esquecer que os Sindicatos na Alemanha são mesmo sindicatos que inclusivamente estão inseridos na maioria das grandes empresas através dos seus representante.Não são sindicatos que apenas servem para servir os interesses partidarios.
  • antonio oliveira
    01 jun, 2016 suissa 18:53
    aqui na suissa trabalha-se 1.112 anuais
  • Jorge
    01 jun, 2016 Seixal 16:59
    Uma noticia feita à medida para o atual contexto. Até à pouco tempo os Portugueses eram dos que trabalhavam mais horas na união europeia.
  • VICTOR MARQUES
    01 jun, 2016 Matosinhos 11:27
    ...e até há uns quantos que têm muito trabalho para fingir que estão a trabalhar!!!...
  • Viajante
    01 jun, 2016 Portugal 09:43
    35 onde???Se se for na pordata ou no sector publico!

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