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Ex-namorada de Sócrates desconhecia "relação pecuniária" com Santos Silva

11 mai, 2016 - 19:30

​Fernanda Câncio publicou um esclarecimento público na revista "Visão", onde assume surpresa por alguns dos factos tornados públicos durante a "Operação Marquês".

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Fernanda Câncio, ex-namorada de José Sócrates (JS), garante que desconhecia os empréstimos de Carlos Santos Silva (CSS) ao antigo primeiro-ministro e que foi apanhada de surpresa pelo caso judicial.

Num esclarecimento publicado na edição desta semana da revista “Visão”, a jornalista assegura que nunca teve “conhecimento nem motivos para suspeitar da existência da relação pecuniária entre CSS e JS que os dois assumiram na sequência da detenção”.

A repórter do “Diário de Notícias” refere-se aos empréstimos monetários, mas também a férias pagas pelo empresário com ligações ao grupo Lena.

Fernanda Câncio diz que foi convidada para as férias, enquanto namorada de José Sócrates e esclarece: “Nunca vi motivo – e já lá irei – para suspeitar de que quem me convidava não assumia a sua e a minha parte da despesa.”

“Se fizesse ideia da relação pecuniária entre Santos Silva e Sócrates teria feito perguntas por considerar a situação, no mínimo, eticamente reprovável”, afirma.

No artigo intitulado “O processo Marquês e eu”, a jornalista garante que nunca pediu nem recebeu “quaisquer quantias em dinheiro” de Sócrates ou do amigo Carlos Santos Silva.

“É uma calúnia que publicações e o canal do Grupo Cofina, assim como o Sol, refiram ou sugiram sistematicamente que estou incluída num ‘grupo de mulheres’ que seriam ‘sustentadas’ por JS e CSS”, acusa.

A detenção de José Sócrates no aeroporto de Lisboa e do empresário Carlos Santos Silva, em Novembro de 2014, foi um “enorme choque” para Fernanda Cância, porque “não via motivos” para ocorrerem.

A jornalista soube que estava a decorrer uma possível investigação meses antes, em Agosto de 2014, através de um artigo da revista “Sábado”.

No esclarecimento público agora publicado na “Visão”, Fernanda Câncio refere que desconhecia uma alegada operação de compra em massa do livro de José Sócrates, “A Confiança do Mundo”, e sublinha que não adquiriu “um só exemplar”.

Também desconhecia que a casa de Paris era propriedade de Carlos Santos Silva, um dos vários factos “assumidos por JS e CSS depois de Novembro de 2014 dos quais não fazia a mínima ideia”.

Fernanda Câncio sublinha que "é com imensa repugnância e tristeza" que se vê "forçada a fazer estes esclarecimentos", porque a obrigam a falar publicamente da sua vida privada, que sempre preservou e pretende continuar a salvaguardar, mas sentiu necessidade de falar para responder a uma "tentativa de destruir" a sua "reputação pessoal e profissional".

Comentários
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  • sa dias
    17 mai, 2016 lisboa 18:10
    ainda bem que eu não leio as noticias desta ingénua. Não sabia de nada, nem mesmo quando estava debaixo dela Como é que um jornal pode ter jornalistas ingénuas. Não devemos ler esse jornal
  • Pinto
    13 mai, 2016 Povoa de Varzim 00:15
    Ingenuidade maior não há,mesmo sabendo-se que o ingénuo é politico profissional desde os bancos da escola,ocupa cargos politicos,deputado da naçaõ...ainda hoje não sabe se recebeu e quanto da Tecnoforma!
  • Pedro Torres
    12 mai, 2016 Lisboa 21:29
    Custa a acreditar que se seja tão ingénuo q nao se perceba que há luxos incompatíveis com certas funções. Para mais, sendo jornalista, malta que sabe tudo e mais um par de botas. A nao ser que seja uma jornalista de trazer por casa, que anda no mundo por ver andar os outros. Então a criatura pagava-lhe férias em resorts de luxo e tencionava comprar um ninho para os dois na Lapa por uns milhares muito largos e ela achava normal? E diz agora que nao beneficiou de um tostão da operação marquês!? Olha, quem nao beneficiou fui eu, podes crer, ó linda. Agora já abriu a pestana e quer saltar do barco mas até há bem pouco tempo ainda o defendia com unhas e dentes e lançava vitupérios sobre a justiça que o prendera, coitadinho. Além do mais, não é a nós que Câncio tem de se explicar, é à Justiça. E oxalá que escape da nódoa e consiga afirmar a sua inocência porque, como diz o povo, "tao l... é o que vai à vinha como o que fica à porta".
  • Bobby
    12 mai, 2016 Cascais 16:46
    Enquanto andou no luxo NEM DESCONFIOU, COITADA!!! Os ratos são os primeiros a abandonar o barco!
  • tugatento
    12 mai, 2016 amarante 10:33
    E claro que ela não sabia da relação económica entre Santos Silva e Sócrates.Este, tinha herdado uma fabulosa fortuna, a mãe é multimilionária, etc, etc. Esta gaja quer fazer das pessoas parvas. Claro que sabia desses esquemas todos, não se faça se sonsa.
  • fields
    12 mai, 2016 lx 00:46
    Olha uma especialista em devassa da vida privada (vulgo jornalista) tão preocupada com a sua própria vida privada, coitadinha, está a provar do próprio veneno e não está a gostar. Vai-te queixar ao totta...
  • Hajapaciencia
    12 mai, 2016 lisboa 00:27
    Uma jornalista parasita portanto...
  • A.Moura
    11 mai, 2016 Lx 23:44
    Há coisas que colam, há outras que não! Mas para quem gostava de arrotar postas de pescada sobre os outros, afinal não resistiu à boa vida e ao luxo. E assim, ficou com a autoridade moral muito diminuída!
  • Doidinho
    11 mai, 2016 Lx 23:25
    Se calhar a moça acreditava que todos os ex-governantes traziam para casa uma máquina secreta de fazer notas! E eu sou Napoleao, já agora!
  • Jota Pinto
    11 mai, 2016 Odivelas 23:21
    É bem verdade que quando os ratos aparecem no convés, mesmo que o façam "Com enorme repugnância e tristeza", é sinal que o navio está a ir ao fundo! Devia ter era vergonha!

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