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A luta de Lídia. Sou desempregada, não sou criminosa

04 mai, 2016 - 08:00 • Ricardo Vieira , Teresa Abecasis (imagem) e Rodrigo Machado (gráficos)

A caminhar para os 60 foi despedida pela primeira vez, para nunca mais entrar no mercado do trabalho. Velha demais para ser contratada, nova demais para a reforma, Lídia é um dos rostos do desemprego grisalho em Portugal. Mas não se conforma.

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Conheça a história de Lídia Oliveira
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Tem sido “sempre a descer”. Do emprego estável ao desemprego sem fim, do céu ao inferno, os últimos anos foram um salto no escuro para Lídia Oliveira.

A pior crise em décadas levou tudo à frente. Derrubou milhares de portugueses e também passou uma rasteira a esta avó, de 59 anos. Foi ao tapete com a derrocada financeira da empresa Moviflor, mas não ficou KO. Este exército de uma só mulher está a levantar-se e vai continuar lutar.

“Sinto o estigma de ser um criminoso que não soube segurar o seu posto de trabalho, porque é assim que o desempregado é encarado”, desabafa a ex-vendedora de móveis.

O dia primaveril e a baía do Seixal em pano de fundo são um fraco consolo para quem acaba de entrar num dos maiores “clubes” do país. Lídia é um dos quase 300 mil portugueses que estão desempregados há mais de dois anos. Este grupo a que as estatísticas dão o nome de “desempregado de muito longa duração” é já quase metade do total de pessoas que não trabalham em Portugal. E este é o conjunto de trabalhadores mais susceptível de engrossar as fileiras do desemprego estrutural que o governador do Banco de Portugal, Carlos Costa, já definiu como“um dos fenómenos mais gravosos da evolução da economia portuguesa na última década”.

Portugal está no pelotão da frente e o futuro não é animador, alerta o sociólogo do ISCTE Renato Carmo, que estuda temas relacionados com o desemprego.

A equação é simples, mas de difícil resolução: “As pessoas com menos qualificação, menos escolaridade e mais idade estão em maior risco. Têm maior dificuldade em voltar ao mercado de trabalho”.

Desemprego estrutural. Sabe o que é?
Desemprego estrutural. Sabe o que é?

Renato Carmo soma ao problema os desempregados que perderam qualquer tipo de subsídio. “Os números vão-se alterando, mas fizemos um exercício há uns anos e seriam 350 mil”.

Desemprego grisalho. Despedida aos 57

Lídia trabalhou durante 13 anos na loja de Corroios da Moviflor, um “mastodonte” com três pisos (loja e armazém), do tamanho de um campo de futebol, que fechou portas com a falência da empresa. Agora, mais parece um navio fantasma encalhado numa zona industrial.

Noutros tempos tinha cerca de 70 trabalhadores. Agora, apenas se avista um solitário segurança atrás da vedação e do portão fechado.

As ervas começam a tomar conta do espaço. As letras a anunciar aos clientes que ali era uma loja da Moviflor foram retiradas, mas os contornos ainda são visíveis na fachada do edifício cinzento castigado pelo Sol. De regresso por uns minutos, Lídia olha em volta com mágoa.

“Era vendedora e gostava.” O ambiente de trabalho “era bom” e, muitas vezes, “duplicava o vencimento” com as “boas comissões e incentivos” que recebia a tempo e horas.

Até que começaram os “zunzuns” e os problemas. O subsídio não chegou no Natal de 2012: “foi o princípio do fim” de um grupo com 40 anos, mais de duas dezenas de lojas e um milhar de trabalhadores.

A delegada sindical arregaçou as mangas e “iniciou a luta“. Reivindicou, mas sentiu na pele a hostilidade da administração e de colegas que tardaram em ter “consciência do que se estava a passar” e dos seus direitos. Outros tinham “muito medo” e “calavam-se”.

“Foi sempre a descer. Ordenados, subsídios de férias e de Natal, sempre a acumular dívida e as pessoas não se convenciam. Eu só vi pessoas convencidas quando ou foram despedidas ou a accionista mandou encerrar as portas quando ninguém estava à espera.”

Aos 57 anos nunca tinha sido despedida na vida, mas esse dia acabou por chegar. Foi incluída no despedimento colectivo e resistiu. Contestou e continuou a apresentar-se no local de trabalho.

Foi impedida de aceder ao sistema informático. Colocada na “prateleira”, passava oito horas sentada na sua secretária, sem poder atender clientes, “sem poder fazer mais nada”.

Resistiu quase um mês, até não aguentar mais. Um abaixo-assinado de um grupo de colegas a exigir a sua saída deitou-a “abaixo“. “Psicologicamente”, já não conseguia mais estar naquela situação.

“Quando venho da minha casa e preciso de ir a Almada, tento não passar por aqui. Tenho sempre que passar sempre ali na frente da loja. Agora, já vou aceitando um bocadinho melhor a situação, mas os primeiros tempos foram muito traumatizantes, foi muito complicado. Revoltava-me muito toda esta situação. Achei que não havia necessidade de se chegar a este ponto.”

O director da Faculdade de Economia do Porto (FEP), José Varejão, verifica que se fala muito do desemprego jovem em Portugal, mas dá igual importância ao desemprego que atinge “o núcleo da força de trabalho”.

São pessoas mais velhas, com carreiras relativamente longas, experiência acumulada, algumas muito qualificadas. Mas “a idade torna mais difícil” o regresso ao mundo laboral, porque os patrões preferem “investir em trabalhadores com um horizonte laboral maior”, diagnostica o economista.

Da Uber que faz concorrência aos táxis, dos carros sem motorista que um dia podem acabar com a Uber, a imparável revolução tecnológica em curso é mais um desafio que ameaça deixar para trás os menos preparados para o choque digital.

É preciso preparar novos e velhos para a mudança. O sociólogo Renato Carmo, do ISCTE, defende que “o Estado tem um papel central na qualificação” da população. Em Portugal “investiu-se muito nas escolaridade sobretudo das gerações mais novas, mas descurou-se muito a qualificação ao longo da vida”, sublinha.

Cortar em tudo, até na saúde

Chegou a ter cinco meses de salários em atraso, um aperto que lhe “levou as economias de uma vida. Não ficou nada”.

Com o desemprego e a crise que também abalou o negócio do marido vieram mais mudanças. Os Oliveira tiveram de “passar de uma casa grande, uma vivenda de três pisos, com os filhos em casa, com a nora, com o neto, para um T2”.

Passou a fazer as “continhas todas”. Reduziu as despesas ao mínimo essencial, “inclusivé na saúde”. Compara preços no supermercado e eliminou os gastos com lazer. E se acontecer um imprevisto, “que não seja muito grave”: “senão não consigo chegar lá”.

“Há coisas que não dá para fazer, porque uma pessoa pensa: quando acabar o subsídio como vai ser? Emprego não vou arranjar, quase de certeza, ainda faltam alguns anos para a reforma. Como é que eu vou fazer? Qualquer despesa extra, mesmo ao nível de saúde, neste momento não vou fazer porque tenho medo.”

Nos escombros da implosão da Moviflor, Lídia sente-se “um bocado privilegiada” em relação ao drama de outros colegas. “Houve situações de suicídio, de morte súbita de uma pessoa muito nova que deixou filhos bebés, tudo isso pressionado por dois anos de muito desgaste emocional”. Houve também quem tivesse perdido a casa e o casamento. Outros “iam para o trabalho a pé muitos quilómetros, porque já não tinham dinheiro para transportes, não tinham dinheiro para comer.”

“Uma faca apontada” aos desempregados

Lídia Oliveira ainda recebe prestação social. Mas teme pelo futuro e está revoltada com o presente e com a forma como o Estado trata os desempregados.

Identifica três ameaças à dignidade de quem está pelo fundo de emprego, a começar pelas apresentações quinzenais no centro de emprego da área de residência. Sente que tem uma “faca apontada” para poder usufruir de um direito para o qual descontou durante uma vida. “O subsidio é meu”, reclama.

“Uma pessoa que comete um crime tem uma apresentação periódica na esquadra e, se não aparecer, é repreendido mas ainda não vai preso por isso. Nós perdemos o fundo de desemprego.”

A antiga vendedora de mobílias tem de provar aos serviços públicos que está activamente à procura de trabalho. São os famosos “carimbos” que os desempregados são obrigados a coleccionar e apresentar.

“É outra fantasia. Porque ando em sites de emprego na internet, procuro, envio o currículo, recebo um comprovativo, arquivo e sei que todos os meses tenho que ter, no mínimo, três procuras activas de trabalho.”

Em dois anos, Lídia não recebeu “absolutamente nenhuma proposta [de trabalho] através do centro de emprego”, mas foi chamada para um contrato de emprego-inserção (CEI), num infantário da autarquia do Seixal. Não foi de boa vontade.

Continuava a receber o subsídio de desemprego, mais 84 euros e subsídio de alimentação. Teria um horário completo de 40 horas de trabalho semanais e, ao fim de um ano, a certeza de que seria mandada para casa e continuaria desempregada.

Quando se apresentou, contrariada, pediram-lhe “muita desculpa”. A vaga já estava preenchida, porque “tinham mandado muitas pessoas”.

Lídia critica os “contratos ficticiamente de inserção”, como lhe chama. Considera que “não resolvem problema nenhum do desemprego” e servem apenas para o Estado tapar buracos nos serviços públicos em tempos de cortes.

O futuro sem emprego

Cair no desemprego tem sido uma experiência “péssima, desgastante e desmoralizante a nível pessoal”. A antiga vendedora gostava de voltar ao mercado de trabalho, mas já quase não acredita.

Tem o ensino secundário, mas “a idade também não está a ajudar”. “A perspectiva de encontrar outro trabalho é completamente surreal. Nem nos meus melhores sonhos, com quase 60 anos, iria arranjar trabalho”, afirma.

Lidia chegou a ir a uma entrevista para um emprego semelhante ao que fazia, mas “nunca recebeu qualquer resposta”. Ninguém lhe explicou porquê, mas tem a “sensação” que a reconheceram da primeira linha das manifestações da Moviflor.

“Depois, aquilo que me aparece de vez em quando, telefonam-me a marcar entrevistas e eu já fui a duas, à terceira não vou cair, são vendas agressivas, porta a porta, mas que no anúncio não se percebe isso”, conta.

Aqui, a idade não é um obstáculo, “só que é um tipo de trabalho sem vínculo absolutamente nenhum, praticamente ao dia, praticamente sem compromisso nenhum com a empresa”.

O investigador Renato Carmo reforça esta realidade. “O desemprego produz precariedade”, porque “o emprego que está a ser criado é precário, com contratos a termo ou outro tipo de situações”.

Lídia tenta não pensar muito no fim do subsídio de desemprego e nos anos que ainda faltam para a reforma. Enquanto vai cuidando do neto e participa na comissão de credores da Moviflor, envolveu-se num projecto novo. “Aceitei participar na criação de uma associação cívica, com muitos sonhos, muitos projectos, no âmbito do trabalho, da luta por um trabalho digno, por um desenvolvimento cultural dos trabalhadores e apoio social.”

A possibilidade de utilizar os seus conhecimentos nesta nova associação é uma fonte de ânimo. “Ajuda-me a acreditar que ainda tenho muitas coisas para fazer pela frente”. Aos 59 anos, a vida recomeça para Lídia.

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  • José Manuel Rodrigue
    30 jun, 2016 Mem Martins 06:37
    Tanta conversa para dizer nada eu trabalho e pelo que recebo menos do que está Sra tenho de la estar as 8 em ponto e só de la posso sair as 18 h isto não faz de mim um criminoso pago impostos e estou a procura de um melhor trabalho onde inevitavelmente terei de comparecer todos os dias faça sol ou chuva o que me parece criminoso e quer ficar a dormir todos os dias até a hora de almoço e faltarem a respeito com esta conversa. Sem qualquer sentido não quer cumprir com estas obrigações então faça como eu procure um trabalho a sério e Deixe se destes lamentos que cheiram mal muito mal é um bafio horrível a gordura corporal de iemanjá se quer acomodar a nada fazer
  • Fernando Alves
    06 mai, 2016 Cacém 18:24
    Gostava de poder perguntar aos Srs deputados e aos Srs do governo se fosse com eles que acontecesse uma situação como a minha e a da minha colega Lidia Oliveira , colega essa que acaba de vos dar uma entrevista , se eles ficassem sem emprego ( por falência) e quando se acaba o subsidio de desemprego e com a idade de 57 anos , velho para o trabalho e novo para a reforma , gostaria de ver como é que eles se sentiam , pois eu acho que o que o governo fazia de melhor era a eutanásia , era menos despesa para o país e nós não sofria-mos tanto nem via-mos sofrer a nossa familia , isto é penoso , é triste , e é muito duro de se encarar o fim de tudo , e a forma como somos tratados pelo governo .
  • Miguel Costa
    05 mai, 2016 Bordeaux 09:23
    Solidariedade social,estado social, resolução de problemas estreias de uma nação. Dignidade humana, desprezo pelas instituições públicas. Tudo isto são os termos e os pensamentos de quem se encontra nesta situação. Situação em que já me encontrei também e por isso sai do país. Não é que seja melhor aqui em França a situação é pensamento de mercado,mas aqui valoriza se é da se dignidade as pessoas. Um desempregado tem vários complementos de forma a que nenhum ganhe menos que 1500 euros mês. Ainda pode ter outras ajudas como a casa e o supermercado. O desemprego está em todo o lado. A dignidade só nas pessoas e muitas até já a perderam ao fim de tanta luta. Discute se a economia mas é só a que interessa ao sistema político e empresas. Limitem os ofshores e assim obrigam as empresas a.investir. a criar emprego, à fazer girar a economia. Após o 25 de Abril de 74 o estado deu a mão aos bancos consciencialisando as pessoas a tirar os seus trocos de baixo do colchão pois dinheiro parado não criava riqueza, hoje criou um colchão bem maior chamado ofshore e não é para trocos ! Esse dinheiro parado não só não cria riqueza como cria esta miséria total do ser humano. Todos os países passam por situações de inovação e tecnologias mas não descuram o ser humano. Em Portugal também não. Não se descura o ser humano político., amigos desses e familiares. O resto é a trampa da sociedade que se dá mais um dinheiro para se manterem calmos pois quem paga e o contribuinte.
  • Ana Sofia
    05 mai, 2016 Lisboa 09:03
    Estou solidária com a D. Lidia pois, tal como ela, vi-me desempregada pela primeira vez com 62 anos. Sou obrigada a apresentar-me de 15 em 15 dias, pedir emprego 3 vezes por mês e rirem-se na minha cara, não posso "tirar férias" 4 ou 5 dias sem pedir autorização e perder um mês de subsídio, já fui obrigada a frequentar cursos que inclusivamente já tinha feito enquanto trabalhadora e por aí fora. Ainda me falta ano e meio de desemprego e, coisa que ninguém quer na minha idade, envelhecer um pouco mais para me ver livre deste pesadelo que é o desemprego. Não somos criminosos, d. Lídia, não somos
  • Luis Manuel
    05 mai, 2016 Almada 08:40
    "Estes relatos são a realidade no nosso país. Eu falo por mim tive de emigrar as coisas não correram bem regressei recentemente do estrangeiro como emigrante, atualmente encontro me desempregado. Deixei para trás esposa, e filha! Sinto de rastos as minhas amarguras são às vezes ligar para a linha SOS AJUDA ali posso desabafar e até mesmo chorar quando é preciso. Só quero viver em paz ainda me resta algum Amor! Obrigado vamos dar às mãos!
  • nekas
    05 mai, 2016 Lisboa 08:13
    É defacto o grande flagelo do país mas também da europa,o desemprego,é motivado prepositadamente pelas politicas pró capitalistas,de modo a obrigar as pessoas a venderem trabalho barato e em condições precárias,também forçá-las á optação do voto em partidos de direita,pró capitalistas,sem duvida o mundo do trabalho e laboração,deve-se preparar para uma guerra sem tréguas ao capital,morra quem morrer,eles também morrem
  • 04 mai, 2016 11:46
    todos os comentarios são validos.eu gostava de ver os politicos e familia nestas situações.A governaram-se com o ordenario minimo.
  • Rui Pedro
    04 mai, 2016 Ermesinde 11:32
    Bom dia a todos. Pedia à RR para fazer chegar esta entrevista às televisões publicas e privadas. Tornar este video viral no Youtube. Isto é serviço púbico. Indigna-me a dor desta cidadã. Estou absolutamente solidário com ela. Pode ser que chegue ao Presidente Marcelo, ou ao António Costa, ao Vieira da Silva, ao Miguel Cabrita. Quem sabe a Catarina Martins possa fazer algo. É verdadeiramente vergonhoso um desempregado ter de se apresentar quinzenalmente como se fosse um preso. Não poder sair do país, como que vá ser julgado num processo qualquer bem grave. Urgente fazer algo para que se dignifique os desempregados. Criar medidas para que possam criar o seu emprego. Alterar essa estupidez de apresentações e de não poder ausentar-se. Prof. Marcelo, 1º Ministro faça alguma coisa. Levem este assunto à Assembleia da República. Vamos indignar-nos todos e ser solidários com a Lídia. Bem haja.
  • josé machado
    04 mai, 2016 braga 10:30
    Esse problêma estou eu a passar srªlidia,foi obrigado a ir para o desemprêgo, tinha 57anos de idade logo que entrei no desemprego,daí a um mês recebo uma cárta do desemprego para me apresentar na escola das novas oportunidades em mazão-braga que fica a 7kilometros de distãncia de onde moro,fui lá e me disseram que tinha de fazer o 6ºano de escolaridade,mas,e digo mas,se quize-se podia recusar,para isso bastava,assinar o documento que lá se encontráva,e sabe para quê Dnª lidia,para perder o direito ao desemprego,mas eu já ia avisádo desse problêma,acontece no no final do desemprego,eu tinha 60anos,,agora tenho 62 ,pergunei no final do desemprego,o que ia fazer a seguir,a resposta que me deram foi,que mete-se os papeis para a pré reforma quanto antes,porque essa lei ia parar e então nem isso conseguiria,,então perguntei?E quanto vou receber para a pré reforma,e disse?se calhar nem tanto como no desemprego,que são 419€ e me disseram,isso não mas vai receber 360€ mas voçê neste momento não tem outra saída,mas voçê é que sabe,e então lá venho eu para a reforma com 360€ e como eu são milhares de norte a sul, por isso é verdade o que a senhora diz,mas também penso que não á volta a dar a isto tão cêdo.Tudo isto também por culpa dos nossos governantes,porque o que eles quizeram foi apoiárem sempre os que menos precisam e assim vai este país.Tenho dito.
  • Mario Guimaraes
    04 mai, 2016 Lisboa 10:28
    Agradece aos traidores de Abril que entregaram tudo o que era Português a estrangeiros ! Um País em que existem mais carros de luxo "per capita" que na Alemanha.Que compra produtos estrangeiros em vez de comprar produtos nacionais, Só deveria comprar produtos estrangeiros quando não houvesse português.Os políticos ,cujos partidos outrora chamavam de fascistas a outrem, têm salários principêscos por enganar a massa burra da sociedade. Uma vergonha a mentira por detrás disto tudo !

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