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Juristas católicos contra as propostas para a reprodução medicamente assistida

03 mai, 2016 - 22:01

Associação alerta para a falta de discussão dos temas relacionados com a reprodução e é contra o acesso à procriação medicamente assistida por parte de mulheres sem parceiro masculino.

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A Associação de Juristas Católicos está contra as duas propostas de alteração sobre procriação medicamente assistida que estão em discussão na Assembleia da República.

A associação considera que falta em Portugal a cultura de debate necessária sobre estes temas e em comunicado dá o seu contributo que espera chegue aos ouvidos do poder político.

“A nossa esperança é que chegue aos políticos de quem depende a votação destas leis. Há muitas pessoas que ignoram que isto está em discussão no Parlamento, enquanto noutros países como Itália e França é alvo de uma discussão alargada com a publicação de livros”, diz o juiz Pedro Vaz Patto, membro da Associação de Juristas Católicos.

Desde logo, a associação diz ser contra o acesso à procriação medicamente assistida por parte de mulheres sem parceiro masculino.

“Com esta alteração a procriação medicamente assistida deixa de ser um subsidiário da procriação natural e passa a ser um meio alternativo. Ou seja, é um meio de concretização do projecto parental fora do âmbito de uma relação do casal, isto em nosso entender é grave porque torna a criança objecto de um desejo sem colocar em primeiro lugar o bem-estar da criança”, advoga o jurista.

Pedro Vaz Patto lembra ainda que a Associação dos Juristas Católicos está contra a maternidade de substituição.

“Há uma instrumentalização da criança porque ela é objecto de um contrato o que é prejudicial para a criança mas também para a mulher que é reduzida a uma máquina incubadora”, defende o membro da Associação de Juristas Católicos.

Comentários
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  • Zécamurça
    04 mai, 2016 Oliveiras de Azeitao 09:52
    Bonitas declarações do Sr. Dr. Juiz. Muito semelhantes às declarações áudio captadas por esse monstro do jornalismo internacional, o Sr. José Carlos Silva e ontem reproduzidas na Radio Nascença. Um abraço ao Sr. Rodrigues, o melhor dos jornalistas da Net da RR.
  • Fernando Saraiva
    04 mai, 2016 Porto 00:33
    Este entre outros temas realmente necessitam de debate. Debate de ideias, de teorias, de perspectivas com devidas fundamentações. É necessário irmos além do "não sou de acordo porque sim" ou "sou de acordo porque sim". É preciso fundamentar ideias. E aqui, nesta noticia, pelo menos a ideia foi discutida com um fundamento (ideia com justificação) e passo a citar: “Há uma instrumentalização da criança porque ela é objecto de um contrato o que é prejudicial para a criança mas também para a mulher que é reduzida a uma máquina incubadora” Se algum de nós for do contra.... não há mal. No entanto apresente uma justificação que demonstre que a mulher "não se torna objecto" e demonstre que "o interesse da criança está protegido" quando ela passa a ser criada fora do circuito parental natural (um pai e uma mãe). É necessário debate de ideias. Será que querer ter uma criança com o objectivo de ser criada fora do ambiente natural (pai e mãe) será bom para a construção da personalidade da mesma? E porquê, como.... e que exemplos demonstram essa justificação? Estará a dignidade da mulher a ser protegida ao invés de a tornar um objecto de um tal dador de esperma? Se uma mulher ama ter filhos não será melhor arranjar um marido? Se não se é capaz de amar um ser humano como o marido poder-se-à amar outro ser humano... como um filho? Quando há amor... não irradia ele para ambos? Há respostas? Acho que precisamos de nos pôr a reflectir sobre os temas... para procurar ideias com bom senso
  • 03 mai, 2016 23:59
    É de valorizar este tipo de associacoes...Será tão difícil perceber que a família (pai e mae) e fundamental para o equilíbrio de uma criança.
  • Carlos Gonçalves
    03 mai, 2016 Seixal 22:40
    Nem sabem o que dizem e pensam que mandam nos outros... Este continua a ser um país de tristes!!!
  • Diogo
    03 mai, 2016 Funchal 22:35
    E não fosse a Renascença, com tanta mérito na imparcialidade das notícias com caráter ideológico-religioso, fazer disto uma grande notícia desta Associaçãozeca insipiente constituída por retrógrados excluídos pelos próprios colegas.
  • trestetas
    03 mai, 2016 setubal 22:15
    Será que estes jurista sabem o que dizem? Será que Conheço uma professora de direito que diz, cito " os espíritos estão comigo"????.....

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