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D. Jorge Ortiga

Desemprego estrutural obriga a "reflexão dos políticos”

02 mai, 2016 - 12:58 • Isabel Pacheco

O presidente da Comissão Episcopal para a Pastoral Social e Mobilidade Humana diz que "o drama do desemprego de longa duração não pode ser disfarçado”.

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Rosário atingiu o “rés-do-chão” da dignidade. Mas ainda vai ficar sem subsídio
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O presidente da Comissão Episcopal para a Pastoral Social e Mobilidade Humana, D. Jorge Ortiga, considera que "o drama do desemprego de longa duração não pode ser disfarçado”.

O também arcebispo primaz de Braga reage, deste modo, à reportagem multimédia da Renascença sobre desemprego estrutural, acrescentando que uma “questão grave” como esta deve constituir “motivo de reflexão por parte dos politicos”.

“Não podemos, de maneira nenhuma, iludir ou disfarçar que não conhecemos esta realidade porque, na verdade, e são as estatísticas a confirmá-lo, este desemprego contínua a ser um drama e uma chaga para muitas famílias”, reforça.

D. Jorge Ortiga destaca o facto deste problema levar a uma cada vez maior emigração, levando, em muitos caso, à separação de casais e de pais e filhos. "O crescimento harmónico da criança exige a presença da mãe e do pai. De outra maneira, alguma coisa irá cair no vazio com consequências negativas para o futuro”, aponta.

Nesta quadro, o presidente da Comissão Episcopal para a Pastoral Social e Mobilidade Humana defende a adopção de “politicas positivas de natalidade” que tenham em conta esta vertente, porque “se há o direito ao trabalho, também há o direito de viver em família”.

Desemprego estrutural. Sabe o que é?
Desemprego estrutural. Sabe o que é?

Esta segunda-feira, a Renascença contou a história de Rosário Ferreira, uma ex-operária fabril que quer trabalhar, mas não consegue porque não há quem lhe abra as portas. Tem 56 anos e há quatro que não tem um emprego com salário. O subsídio de desemprego de Rosário Ferreira termina no próximo ano.

Durante esta semana, a Renascença olha para o desemprego estrutural, uma ferida social que a transformação económica abriu em Portugal.

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  • Pinto
    02 mai, 2016 Custoias 23:34
    Como se pode capitalizar as empresas se uma grande percentagem não tem visão futuristas? Ainda temos empresários com mentalidade mesquinhas que só vêem lucros rápidos sem investimentos.
  • fERNANDO gOMES
    02 mai, 2016 lisboa 16:10
    Não vejo que os políticos atuais tenham politicas e capacidade para fazer desenvolver o País e criar emprego, Por outro lado os sindicatos ´s se interessam pelos que t`^em emprego e pagam as respetivas quotas do sindicato. Como se viu na celebração do 1º de maio, limitaram-se a pedir mais ordenado, menos horas de trabalho e aumento do tempo de férias Para os desempregados nem uma palavra. Simplesmente foram ignorados.
  • Manuela Silva
    02 mai, 2016 S.Marcos 16:08
    O que as pessoas fazem para subsistir ao desemprego entre os 60 até á idade da reforma. Não existe emprego as pessoas vivem de quem as ajuda após ter tido uma carreira contributiva mas não tem 40 anos de serviço. É uma desilusão, um desespero, uma chatice estou sem trabalhar á 5 anos. Recebia RSI cortaram porque não recebi carta dos CTT para uma reunião(Ctt´s não são culpados eu também não)

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